Publiquei há dias no 4R o texto intitulado Campos e Cunha: até que enfim, uma voz no caminho certo, comentando a sua afirmação de que "não há uma relação simples entre investimento público e crescimento…”.
A propósito, lembrei-me de um artigo que fiz para o Expresso publicado nesse jornal, creio que nos fins de Setembro ou início de Outubro de 2004 e intitulado Diminuir impostos para baixar a despesa pública. Porque se relaciona com o tema e me parece que mantém actualidade, transcrevi-o para o nosso blog gémeo o Quarto da República, onde pode ser lido.
Deixo um excerto.
Evidências mostram que os países que mais diminuíram a Despesa Pública foram os que mais cresceram. Na década de 90, das 3 grandes economias (EUA, União Europeia e Japão), a economia dos EUA foi a que mais cresceu e foi a que mais diminuiu a dívida pública. Ao contrário, a economia do Japão foi a que menos cresceu e foi a que mais aumentou a dívida pública.
A economia dos países que vieram a integrar o Euro cresceu menos que a americana, mas a sua dívida aumentou, enquanto a americana diminuiu; e cresceu mais que a japonesa, mas a sua dívida subiu menos do que esta.
A coerência é total: nas 3 grandes economias o crescimento do PIB é inversamente proporcional ao crescimento da dívida pública, o que significa a ineficiência da despesa pública como factor de crescimento.
Na Zona Euro, também os países que mais cresceram foram os que menos utilizaram a despesa pública, e a maioria dos que menos cresceram (como a França e a Alemanha) foram dos que mais recorreram à despesa pública.
Também em Portugal se verifica que o crescimento do PIB não é induzido pelo maior ou menor crescimento do consumo público.
A crise económica não se deve, pois, a menos despesa pública, mas sim à hipertrofia da despesa do Estado, que retira força à economia.
Os países que mais cresceram foram os que deixaram na posse dos cidadãos meios financeiros que anteriormente eram transferidos para o Estado, a título de impostos.
É essa a via a seguir: diminuir os impostos, para diminuir a despesa, já que a alternativa de diminuir a despesa para diminuir os impostos é pura utopia.
A propósito, lembrei-me de um artigo que fiz para o Expresso publicado nesse jornal, creio que nos fins de Setembro ou início de Outubro de 2004 e intitulado Diminuir impostos para baixar a despesa pública. Porque se relaciona com o tema e me parece que mantém actualidade, transcrevi-o para o nosso blog gémeo o Quarto da República, onde pode ser lido.
Deixo um excerto.
Evidências mostram que os países que mais diminuíram a Despesa Pública foram os que mais cresceram. Na década de 90, das 3 grandes economias (EUA, União Europeia e Japão), a economia dos EUA foi a que mais cresceu e foi a que mais diminuiu a dívida pública. Ao contrário, a economia do Japão foi a que menos cresceu e foi a que mais aumentou a dívida pública.
A economia dos países que vieram a integrar o Euro cresceu menos que a americana, mas a sua dívida aumentou, enquanto a americana diminuiu; e cresceu mais que a japonesa, mas a sua dívida subiu menos do que esta.
A coerência é total: nas 3 grandes economias o crescimento do PIB é inversamente proporcional ao crescimento da dívida pública, o que significa a ineficiência da despesa pública como factor de crescimento.
Na Zona Euro, também os países que mais cresceram foram os que menos utilizaram a despesa pública, e a maioria dos que menos cresceram (como a França e a Alemanha) foram dos que mais recorreram à despesa pública.
Também em Portugal se verifica que o crescimento do PIB não é induzido pelo maior ou menor crescimento do consumo público.
A crise económica não se deve, pois, a menos despesa pública, mas sim à hipertrofia da despesa do Estado, que retira força à economia.
Os países que mais cresceram foram os que deixaram na posse dos cidadãos meios financeiros que anteriormente eram transferidos para o Estado, a título de impostos.
É essa a via a seguir: diminuir os impostos, para diminuir a despesa, já que a alternativa de diminuir a despesa para diminuir os impostos é pura utopia.
Como se vem verificando, aliás!...
Como as finanças portuguesas acham que ainda lhe devem 17 mil milhões de euros, estamos bem arranjados.
ResponderEliminarJá agora, nesse estudo que fez sobre esses países,os ministros das finanças serviam para alguma coisa?...
Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão ajudaria o Estado/Tesouro emitir dívida "sukut", tendo como prémio, para os subscritores, umas garrafas de vinho do Porto/águas minerais nacionais(para os abstémios, se islâmicos a valer)?
Isso não facilitaria a redução dos impostos e estimularia sectores produtivos, ou pelo contrario iria estimular ainda mais o talento despesista dos nossos governantes ("talent de bien consommer")?
Caro Tonibler:
ResponderEliminarNão sou tão pessimista quanto à acção dos M. Finanças como o meu amigo.
Não tenho dúvidas de que tiveram uma acção determinante, a par dos Primeiros Ministros, para a redução do défice desses países, redução da dívida, saneamento das contas públicas e menor pressão sobre os contribuintes que levou a acréscimos de consumo e de investimento mais racionais e produtivos.
Caro Tavares Moreira:
Pois dívida "sukut" ou outra, paga com vinho do porto ou chouriços, não deixa de o ser, e estimularia, com toda a certeza, novos talentos para o consumo público.