No post anterior, o Ferreira de Almeida evidenciou a grande notícia do DN de hoje, referindo que “os privados abrem clínicas onde o Governo fechou centros de saúde”.
O desmentido da argumentação governamental veio mais rapidamente do que se esperaria. Mas a situação não é de estranhar.
O PS costuma ganhar eleições apelando à esquerda, usando os trabalhadores da forma mais adequada aos seus propósitos, prometendo-lhes empregos que não pode dar, legislação que não pode concretizar, serviços que não pode acrescentar, nem mesmo manter. Ao mesmo tempo, ofuscado pelo acesso fácil ao mundo empresarial que lhe era estranho, mas que o poder lhe faculta, o PS consente o que em boa verdade devia proibir. Por isso, a generalidade dos empresários sempre gostou dos governos socialistas.
Gostam os grandes, porque acedem mais facilmente aos negócios suportados pela despesa pública, de que o PS é ideologicamente um lídimo defensor, género OTA ou TGV, ganhando nos fornecimentos e nas operações financeiras, fazendo reverter para si os ganhos e para o Estado os ónus da complexidade da montagem dos financiamentos. E os negociantes de ocasião prosperam, porque à esquerda se permite o que à direita, e bem, não é geralmente tolerado.
Chegamos agora ao paradoxo total, o do encerramento de unidades de saúde, por não se justificarem em termos de serviço público, e o da abertura de unidades privadas com as mesmas valências, por se justificarem em termos de rentabilidade!...Dantes, o serviço público estava onde os privados não chegavam. Neste tempo de governo socialista, o serviço privado ocupa os locais deixados livres pelo serviço público!...
Mais uma prova de que o Partido Socialista, se oportunisticamente tem sempre os trabalhadores na boca, estarategicamente tem os empresários no coração. Assim- amor com amor se paga- não hão-de os empresários gostar do Partido Socialista?...
O desmentido da argumentação governamental veio mais rapidamente do que se esperaria. Mas a situação não é de estranhar.
O PS costuma ganhar eleições apelando à esquerda, usando os trabalhadores da forma mais adequada aos seus propósitos, prometendo-lhes empregos que não pode dar, legislação que não pode concretizar, serviços que não pode acrescentar, nem mesmo manter. Ao mesmo tempo, ofuscado pelo acesso fácil ao mundo empresarial que lhe era estranho, mas que o poder lhe faculta, o PS consente o que em boa verdade devia proibir. Por isso, a generalidade dos empresários sempre gostou dos governos socialistas.
Gostam os grandes, porque acedem mais facilmente aos negócios suportados pela despesa pública, de que o PS é ideologicamente um lídimo defensor, género OTA ou TGV, ganhando nos fornecimentos e nas operações financeiras, fazendo reverter para si os ganhos e para o Estado os ónus da complexidade da montagem dos financiamentos. E os negociantes de ocasião prosperam, porque à esquerda se permite o que à direita, e bem, não é geralmente tolerado.
Chegamos agora ao paradoxo total, o do encerramento de unidades de saúde, por não se justificarem em termos de serviço público, e o da abertura de unidades privadas com as mesmas valências, por se justificarem em termos de rentabilidade!...Dantes, o serviço público estava onde os privados não chegavam. Neste tempo de governo socialista, o serviço privado ocupa os locais deixados livres pelo serviço público!...
Mais uma prova de que o Partido Socialista, se oportunisticamente tem sempre os trabalhadores na boca, estarategicamente tem os empresários no coração. Assim- amor com amor se paga- não hão-de os empresários gostar do Partido Socialista?...
Temos o que merecemos.
ResponderEliminarPedro Sérgio (Palmela)
Ou os privados travestidos se políticos (os nossos!): Grandes anúncios, grandes parangonas - tipo maternidade em Arrozais de Baixo com capacidade para 2500 partos. Em momentos oportunos!...
ResponderEliminarQuando se lê, a substância é difícil de encontrar...
Mas isto sou eu que já desconfio da própria sombra! Talvez...
Vomos ver no que dá...
“Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha.”
ResponderEliminarEça de Queiroz, 1867
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão vamos andar no "cherry picking", como dizem os outros em bom "consultês". Temos OTAs, TGVs, como tivemos Expos, CCB's. Na realidade, há capitalistas (não vamos chamar empresários a quem vive da "luva") que gostam muito do PS e outros que gostam muito do PSD e, se a possiblidade do PDA ser governo se colocasse, gostariam do PDA. O Paulo Portas gostava muito das velhinhas do mercado e o investimento público foi para ... submarinos e helicópteros.
Fundamental é juntar 10 milhões de onde se possam tirar 10 sem ninguém notar...
Irei dar devida nota deste post no Discurso Directo, com a óbvia menção ao autor.
ResponderEliminarAbraço
Muito obrigado pela distinção!...
ResponderEliminar