Foi em 1987 que a Assembleia da República decidiu consagrar 24 de Março o Dia do Estudante. Uma data que guarda na memória a crise académica de 1962, essencialmente para aqueles que a viveram e dela se recordam. É uma data de reconhecimento dos direitos, liberdades e garantias dos estudantes.
Eu que não vive os anos conturbados da vida estudantil da década de 60, olho para o Dia do Estudante com muito respeito e admiração, essencialmente pelo que deve (ou deveria) simbolizar relativamente à importância do ensino e da educação na realização da pessoa e no progresso e bem estar colectivos de uma sociedade, em que são actores e agentes activos da concretização deste objectivo os estudantes.
Mas é, também, uma data que me faz relembrar as enormes e tantas vezes injustas dificuldades com que muitos estudantes se defrontam para fazerem e concluírem os seus estudos, não esquecendo, em particular, os jovens que ficam à porta da escola e da universidade e as consequências deste destino.
Educar, aprender e formar constitui um processo que cada vez mais acompanha o arco da vida. Ser estudante não tem idade, o que é importante é que cada pessoa nunca deixe de estudar e aprender, que cada dia seja um dia de estudante...
Bom dia, Carissima Magarida,
ResponderEliminarRespeito no seu tempo a importancia do Dia do Estudante.Não sou desse tempo, mas acredito que havia mais respeito, educação, consideração, melhor maneira de estudar e aprender, um ensino primário/secundário/superior mais credivel e o mais importante o relacionamento entre Professor-Estudante,nesse tempo é que se aprendia a lutar e a viver na sociedade.E, agora? As confusões,o derespeito, as mal preparações dos alunos e de alguns Professores, os problemas das Instituições do Ensino com a Justiça...Bom,o nosso ensino está a viver realmente uma "Guerra Campal".Para mim, é muito complicado investir nesta arêa, porque não sei quais serão as garantias das futuras gerações!
Um abraço
Pedro Sérgio(Palmela)
Educação é a base de tudo num pais.
ResponderEliminarÉ bom lembrar a crise da dec de 60 e a importância que os estudantes tiveram na mudança.
Cada vez se pede mais às universidades que sejam autosuficientes, o que cria um problema, a intituicionalização da visão mercantilista da educação.
As leis de base do ensino são claras as escolas devem formar um individuo não apenas técnicamente, mas também como individuo.
É bom meditar sobre a geração que estamos a criar...
Desculpem a divagação, mas deixo para pensarem esta conversa com um professor universitário.
ResponderEliminarO professor entendia que é necessário formar pessoas capazes de sobreviver no mercado de trabalho.Tornar os estudantes em máquinas de trabalhar e que devem ter o lucro pessoal acima de alguma considerações éticas...
Eu concordo até certo ponto, mas cho que os alunos deviam ter estudos de cidadania e ética. Pois temos de provocar os alunos a fazer o bem. Se queremos apenas que vençam e estejam preparados para a selva, certamente estaremos a criar selvagens. Digo eu que não sou ninguém.
Bom fim de semana, desculpem a extensão mas é um tema que me toca.
Caro Great Houdini:
ResponderEliminarSe esse Professor dizia o que o meu amigo refere é uma grande besta!...
Caro Pedro Sérgio
ResponderEliminarConcordo consigo. A educação no nosso País está a atravessar uma crise, que é o acumular de "reformas" sobre "reformas", que de reforma verdadeiramente nada tiveram.
Estamos a pagar muitos erros cometidos no passado... Nunca é tarde para mudar, mas será que estamos no caminho certo? Não me parece!?
Caro Great Houdini
ResponderEliminarA "extensão" é sempre bem vinda. Como dizia, e bem, a educação começa no berço. Educar para a cidadania é algo que deveria fazer parte do currículo escolar, desde tenra idade. Incutir nas crianças os princípios e os valores da cidadania seria uma excelente aposta. Só assim formaremos pessoas boas e boas pessoas. As competências técnicas não chegam e só cumprirão verdadeiramente a sua função se as competências comportamentais estiverem lá.
O "seu" professor é, por tudo isto e muito mais que havia para dizer, um absurdo!
Cara Margarida e caro Pinho Cardão, a vossa adjectivação do professor é correcta.
ResponderEliminarO incrivel é que não é um mau professor. Apenas alguém, cujas vivências, mataram a esperança de mudar o mundo.
Ele aceita pragmáticamente o que o mundo é e tenta tirar proveito dele e ensina a tirar partido.
Como sabem muitos mercados aprensentam muitos vicios, nem todos ilegais. Um recém licenciado que entre mercado que hipoteses terá senão dançar ao som da música.
Atenção eu acho que há sempre uma escolha, mas com muita pena minha tenho de reconhecer que alguns dos seus argumentos, encerram uma lógica sinistra, mas uma lógica.
Gosto de recordar o esforço a que fui obrigado na universidade, em ordem a possuir uma licenciatura e também as dificuldades de toda a natureza com que tínhamos de lutar. Aplaudo sem limites a coragem de alguns no quadro político de então. Só que aprendia-se e ficava-se em condições de enfrentar a etapa posterior, a de arranjar emprego. Havia empregos e a preparação académica era sem qualquer sombra de dúvida correcta. No estado em que se encontra o ensino, a mola real de desenvolvimento de uma sociedade, não é dificil de prever graves crises sociais, devidamente agudizadas pela deterioração da vida económica nacional.
ResponderEliminarCaro antoniodasiscas
ResponderEliminarTem toda a razão. O estado em que se "encontra o ensino" em conjugação com a "deterioração da vida económica nacional" só nos pode e deve preocupar.
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ResponderEliminarÉ, mas para que os alunos se relacionanem bem com os professores, precisam estarem garantidos de um bom ensino.
ResponderEliminarO ensino atualmente está sem nenhuma qualidade, pois está sem investimentos. O governo não investe mais em bons professores, na infraestrutura da escola. O governo só pensa em si mesmo, investem em empresas privadas e só fazem aumentar a quantidade de escola, mas o que adianta, se tem escola, mas não professores bem remunerados para darem aulas de qualidade? Eles tinham que investir mais no ensino básico e nas universidades, tirando o vestibular e abrindo mais vagas nas universidades públicas.
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