terça-feira, 10 de abril de 2007

PRACE

O Diário da República de hoje publica a Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 56/2007 que cria mais uma Unidade de Missão (UM). Um bom exemplo de como está a ser conduzida a reforma da administração pública.
Com esta RCM o Governo cria a Unidade de Missão para o Recenseamento Eleitoral (UMRE).
A UMRE tem a missão que tinha o STAPE em matéria de recenseamento.
Só que o STAPE foi extinto e integrado na Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).
No entanto, como se dá a entender na RCM, a DGAI não está preparada para assegurar as tarefas de reformulação do sistema de recenseamento eleitoral. Vai daí a necessidade de criar mais uma UM.
Mais se explica que, apesar da falta de vocação da DGAI a administração do novo Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral (SIGRE) vai ser assegurada pela mesma DGAI.
Há por aí alguém que julgue falha de lógica ou de utilidade a criação desta UMRE depois da absorção do STAPE pela DGAI cuja falta de competência obriga à constituição de mais uma UM para conceber o SIGRE a ser gerido pela DGAI? Se há, digo-lhes que são injustos e malidiscentes porque se trata da boa lógica SIMPLEX do PRACE.

4 comentários:

  1. Caro Ferreira de Almeida,

    A explicação mais plausível para esta sofisticadíssima forma de "desenvolver" o PRACE poderá ser que é bem melhor confiar a Missionários do que a funcionários as delicadas tarefas do recenseamento e demais actos tré-eleitorais.
    Os Missionários são muito mais generosos, cuidam apenas do bem do próximo, não reivindicam, são simples e humildes nos seus hábitos de vida...
    Quer exemplo mais avançado de reforma da Administração Pública?

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  2. Quis dizer "pré-eleitorais" e não "tré-eleitorais", peço desculpa.

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  3. Caro Ferreira de Almeida:
    Vejamos se percebo:
    Cria-se uma UMRE para substituir o STAPE, que foi extinto, mas ao mesmo tempo absorvido pela DGAI, que, por sua vez, não tem competência e obriga a criar mais uma entidade no âmbito da mesma DGAI que não tem competência, para que esta adquira competência e fique com esta em duplicado , porque já tinha absorvido o STAPE que tinha sido extinto?
    Não, não percebo!...

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  4. Caro JMFA,

    Não vale a pena. Tanto o SIMPLEX como o PRACE são coisas que pertencem ao domínio dos iluminados (a candeeiros de petróleo e é para ser simpático).

    A título de experiência pessoal, eu já desisti de tentar comunicar com indíviduos em fase de pré-verbalização logo, também desisti de tentar explicar-lhes alguma lógica. É preferível falar com um burro (animal), ao menos a esses ainda se lhes pode fazer umas festas no focinho, dar-lhes umas cenouras etc.

    Relativamente aos iluminados, "botam-se" umas «gafas de soleil», sentamo-nos numa espreguiçadeira (a beber daqueles cocktails com sombrinhas)e ficamos a vê-los voar em direcção ao sol. Depois é só esperar que o calor faça o resto, isto é, lhes derreta as asas e eles se esborrachem cá em baixo.

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