O nosso ilustre comentador just-in-time, comentando o meu post De novo, os métodos da InquisiçãoII, lançou o desafio de ordenar por grau de probabilidade as oito naturezas de denúncias que João Miranda elencou no Blasfémias, no texto intitulado A denúncia ao serviço da corrupção.
Pois, na minha opinião, o vencedor destacado será o funcionário corrupto que denuncia funcionário honesto a autoridade corrupta, já que a melhor defesa é o ataque e a retaguarda está assegurada.
Em segundo lugar, virá o funcionário corrupto que denuncia funcionário honesto a autoridade honesta, porque lançar suspeitas sobre outros afasta que sejam lançadas sobre si.
Em terceiro lugar, estará o funcionário corrupto que denuncia funcionário corrupto a autoridade honesta, mas tal só acontecerá em desespero de causa, porque os corruptos não se atacam.
Em último dos últimos lugares, e só como mera hipótese teórica, virá o funcionário corrupto que denuncia funcionário corrupto a autoridade corrupta. Esta situação, mais que uma improbabilidade, é mesmo uma impossibilidade. Ninguém atenta assim contra a sua vida.
Concluo, pois, que a delação superiormente oficializada apenas vai piorar a situação.
À partida, os malandros defender-se-ão, acusando os honestos; no fim, na confusão, já ninguém distinguirá uns dos outros!...
Em segundo lugar, virá o funcionário corrupto que denuncia funcionário honesto a autoridade honesta, porque lançar suspeitas sobre outros afasta que sejam lançadas sobre si.
Em terceiro lugar, estará o funcionário corrupto que denuncia funcionário corrupto a autoridade honesta, mas tal só acontecerá em desespero de causa, porque os corruptos não se atacam.
Em último dos últimos lugares, e só como mera hipótese teórica, virá o funcionário corrupto que denuncia funcionário corrupto a autoridade corrupta. Esta situação, mais que uma improbabilidade, é mesmo uma impossibilidade. Ninguém atenta assim contra a sua vida.
Concluo, pois, que a delação superiormente oficializada apenas vai piorar a situação.
À partida, os malandros defender-se-ão, acusando os honestos; no fim, na confusão, já ninguém distinguirá uns dos outros!...
Concordo inteiramente caro P.C. e se dúvidas persistirem, posso corroborar, enviando exemplos demonstrativos.
ResponderEliminareheheh... oooppsssssss!!!
ResponderEliminarEstamos a falar do dinheiro extorquido aos indefesos impostados.
Afinal não tem graça nenhuma!
Diz Pinho Cardão, em 30 de Abril último, em resposta ao comentário da Suzana Toscano: “Tem que haver o funcionamento normal das instituições e não faltam (…).”
ResponderEliminarE eu digo:
Esta poeira que o Governo lança para os olhos dos cidadãos em geral, dando a ideia de que, se tudo está mal é porque existem funcionários públicos corruptos, e portanto há que exterminá-los, pretende colher a curto prazo alguns dividendos.
As pessoas em geral, e principalmente as pessoas que têm de gerir em 30 dias um ordenado miserável, aquelas pessoas a quem um deputado chamou, e muito bem, a geração dos quinhentos euros, precisa de apontar alguém, precisa de ter um bode expiatório, e, aí está o Governo a dar a indicação!
E digo isto porque, vezes sem conta, oiço “desabafos” dos trabalhadores do privado, do tipo pago impostos para vocês…, seus calinas…, agora é que vão ver…etc..
Como diz Pinho Cardão, existem já muitos mecanismos e Instituições que, se funcionarem correctamente, detectam as situações de corrupção.
Agora, instituir a delação como atitude normal?
Só por ignorância de quem desconhece o estatuto disciplinar da função pública ( D-L. 24/84), poderá acreditar que a corrupção é um regabofe na Administração Pública. Tenham santa paciência!!!.
Infelizmente esta coisa de denuncias inquisitoriais, parece estar entranhada no nosso ser!
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarO seu desenvolvimento está perfeito.
A aplicação desta taxonomia aos casos concretos que forem vindo a lume promete ser bombástica (se é que ainda há notícias bombásticas).