A arte é a forma mais sublime da criatividade humana. Admiro e respeito as diferentes manifestações artísticas.
Mário de Sá Carneiro escreveu na novela, O Incesto, “A arte é um refúgio. Eis a sua única utilidade – digamo-lo baixinho: Se não fossem os belos livros da minha estante e as páginas de má prosa que escrevo de quando em quando, há muito que eu teria dado talvez um tiro nos miolos”. Não deu um tiro, mas bebeu estricnina, quatro anos depois.
Portugal está mais rico com a colecção de arte contemporânea instalada no CCB. Apontam os entendidos que estamos perante uma mais valia cultural. Assim o espero.
O que é um pouco mais controverso é a forma como o “dono” se comporta, já que tem dado provas de uma desinibição surpreendente, quer na forma, quer nos conteúdos, quer em múltiplos campos de intervenção: cultural, desportiva e financeira.
Poderia afirmar que podemos estar perante um quadro de “inquietude”, semelhante a uma síndroma pouco conhecida, mas que ultimamente tem sido objecto de divulgação: “restless legs syndrome” ou em português, “sindroma das pernas inquietas ou irrequietas”, a qual afecta muitas pessoas, dificultando o sono. Muitos não conseguem dormir por causa disso com consequências nefastas para a sua saúde. Várias são as formas, desde muito graves, felizmente não muito frequentes, a formas ligeiras e ocasionais muito mais prevalentes. As causas não estão bem esclarecidas mas têm a ver com neurotransmissores cerebrais, nomeadamente a produção de dopamina.
Sendo assim, Joe Berardo pode ser rotulado como sofrendo de síndroma da “língua irrequieta”, ao passo que o comportamento de Mário Lino se encaixaria na síndroma do “ministro irrequieto”. Outras síndromas: “dirigentes desportivos irrequietos”, a propósito de presidentes de clubes de futebol; “funcionários públicos irrequietos”, “bloguistas irrequietos”, “otistas e alcochetistas irrequietos”, “publicitários irrequietos”, “comentadores políticos irrequietos”, “jornalistas irrequietos”, “vigaristas irrequietos”, “deputados irrequietos”, “boys irrequietos”, “banqueiros irrequietos”, entre muitos outros. Qual o denominador comum? Não sei se existe, mas seria interessante verificar se apresentam, também, algum “défice” de dopamina naquelas cabecinhas!
Quem parece não ter sinais de grande “inquietude”, pelo menos aparentemente, é o Zé-povinho! De um modo geral, a passividade a que estamos a assistir é mesmo patética. Será que a maioria dos portugueses anda enganada, produzindo, consequentemente, mais dopamina? Às tantas anda! Segundo Darwim, “O engano é a arte da Natureza e todos podemos aprender com ela”.
Sendo assim, e à laia de conclusão, os nossos dirigentes e comandantes poderão ser catalogados como verdadeiros artistas “contemporâneos” capazes de produzir efeitos dopaminérgicos em muitos cérebros...
Mário de Sá Carneiro escreveu na novela, O Incesto, “A arte é um refúgio. Eis a sua única utilidade – digamo-lo baixinho: Se não fossem os belos livros da minha estante e as páginas de má prosa que escrevo de quando em quando, há muito que eu teria dado talvez um tiro nos miolos”. Não deu um tiro, mas bebeu estricnina, quatro anos depois.
Portugal está mais rico com a colecção de arte contemporânea instalada no CCB. Apontam os entendidos que estamos perante uma mais valia cultural. Assim o espero.
O que é um pouco mais controverso é a forma como o “dono” se comporta, já que tem dado provas de uma desinibição surpreendente, quer na forma, quer nos conteúdos, quer em múltiplos campos de intervenção: cultural, desportiva e financeira.
Poderia afirmar que podemos estar perante um quadro de “inquietude”, semelhante a uma síndroma pouco conhecida, mas que ultimamente tem sido objecto de divulgação: “restless legs syndrome” ou em português, “sindroma das pernas inquietas ou irrequietas”, a qual afecta muitas pessoas, dificultando o sono. Muitos não conseguem dormir por causa disso com consequências nefastas para a sua saúde. Várias são as formas, desde muito graves, felizmente não muito frequentes, a formas ligeiras e ocasionais muito mais prevalentes. As causas não estão bem esclarecidas mas têm a ver com neurotransmissores cerebrais, nomeadamente a produção de dopamina.
Sendo assim, Joe Berardo pode ser rotulado como sofrendo de síndroma da “língua irrequieta”, ao passo que o comportamento de Mário Lino se encaixaria na síndroma do “ministro irrequieto”. Outras síndromas: “dirigentes desportivos irrequietos”, a propósito de presidentes de clubes de futebol; “funcionários públicos irrequietos”, “bloguistas irrequietos”, “otistas e alcochetistas irrequietos”, “publicitários irrequietos”, “comentadores políticos irrequietos”, “jornalistas irrequietos”, “vigaristas irrequietos”, “deputados irrequietos”, “boys irrequietos”, “banqueiros irrequietos”, entre muitos outros. Qual o denominador comum? Não sei se existe, mas seria interessante verificar se apresentam, também, algum “défice” de dopamina naquelas cabecinhas!
Quem parece não ter sinais de grande “inquietude”, pelo menos aparentemente, é o Zé-povinho! De um modo geral, a passividade a que estamos a assistir é mesmo patética. Será que a maioria dos portugueses anda enganada, produzindo, consequentemente, mais dopamina? Às tantas anda! Segundo Darwim, “O engano é a arte da Natureza e todos podemos aprender com ela”.
Sendo assim, e à laia de conclusão, os nossos dirigentes e comandantes poderão ser catalogados como verdadeiros artistas “contemporâneos” capazes de produzir efeitos dopaminérgicos em muitos cérebros...
É a forma de sobrevivência da espécie, caro Professor!...
ResponderEliminarThree and counting...
ResponderEliminarOs artistas são os que conseguem enganar e a passividade de que fala mostra que há gente muto fadada para as artes!
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