Os lisboetas foram hoje brindados com um feriado. Foi obra de Santo António, "patrono" de Lisboa. Um dia que os lisboetas gostam, cheio de alegria e festa, com as marchas, os casamentos, os manjericos, os petiscos e outras tradições que fazem o encanto deste dia. Santo António de Lisboa foi um exemplo de vida de que nos devemos orgulhar. Numa época em que precisamos de ser melhores e de fazer melhor, conhecer a vida de Santo António de Lisboa será certamente uma fonte de grande inspiração.
Porque é que não havemos de recordar o espólio que o nosso Portugal conservou ao longo dos séculos? Tenho ouvido muitas pessoas dizerem que não vale a pena olhar para o passado, que não é com o passado que nos governamos. Não estou nada de acordo. Temos coisas boas e devemos valorizá-las. Podemos beber aqui algum optimismo que nos faz falta para acreditar no futuro.
Porque é que não havemos de recordar o espólio que o nosso Portugal conservou ao longo dos séculos? Tenho ouvido muitas pessoas dizerem que não vale a pena olhar para o passado, que não é com o passado que nos governamos. Não estou nada de acordo. Temos coisas boas e devemos valorizá-las. Podemos beber aqui algum optimismo que nos faz falta para acreditar no futuro.
O nosso espólio é riquíssimo e grande a sua variedade, passando por reis, rainhas, princesas e amores impossíveis, santos, cientistas, economistas, engenheiros, sociólogos, arquitectos, e treinadores, poetas e artistas, música, pintura e outras artes portuguesas, o oceano e o mar, lagoas, praias e outras paisagens, baleias, cavalos e outros animais, os vinhos e a gastronomia, não esquecendo a hospitalidade e a simpatia dos portugueses e muitas outras riquezas que me esqueci, tal é o tamanho da lista.
Desculpem-me o desvio, foi feito ao sabor do pensamento, mas retomo imediatamente o nosso Santo António de Lisboa.
Foi um grande português, um homem simples e bom, protector de tudo e de todos, um missionário, um pregador, um professor, um santo.
Dedicou a sua vida aos mais pobres e ao serviço de Deus, com o seu grande coração e através da sua infinita paixão, bondade, inteligência e alegria franciscana.
Santo António de Lisboa - que sendo português é um santo do mundo - deixou-nos a lição de que "a santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas, antes, em fazer de uma forma extraordinária as coisas simples".
Foi um grande português, um homem simples e bom, protector de tudo e de todos, um missionário, um pregador, um professor, um santo.
Dedicou a sua vida aos mais pobres e ao serviço de Deus, com o seu grande coração e através da sua infinita paixão, bondade, inteligência e alegria franciscana.
Santo António de Lisboa - que sendo português é um santo do mundo - deixou-nos a lição de que "a santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas, antes, em fazer de uma forma extraordinária as coisas simples".
Só uma pequena correcção, o padroeiro de Lisboa é S. Vicente.
ResponderEliminarÉ um santo que soube ser “santo”! As histórias que se contam a seu propósito são muito bonitas e deliciam o imaginário colectivo. Li em tempos que, além de ser um bom “malandro”, também gostava da pinga, que parece que não dispensava antes de efectuar os seus notáveis sermões, o que lhe dá uma certa aura muito humana.
ResponderEliminarTomara que tivéssemos muitos Santos Antónios...
Com santos destes, eu concordo... Nem eram precisos onze meses para ser canonizado!
Caro Tonibler
ResponderEliminarTem muita razão. Penitencio-me pela "distracção". Já está reparada.
São Vicente não me levará a mal! E Santo António continua muito popular...
Cara Margarida
ResponderEliminarNão se sinta constrangida pelo lapso, pois toda a gente em Lisboa conhece Santo António e devem ser muito poucos os que sabem quem foi São Vicente, que é verdade, consta das armas de Lisboa,com os simpáticos corvos ; será esta circunstância que lhe confere a dignidade de padroeiro de Lisboa? Cheira, sem nada por em causa, a "disposiçãolegal",pois o instinto e a vocação popular popular diz-nos que o Santo António é bastante mais do que um simples padroeiro ou se se quizer, um protector. Basta recordar a vélha canção de fortíssimas raízes junto do Zé Povo que diz : enquanto houver Santo António Lisboa não morre mais!
Caro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarQue previlégio tiveram aqueles que com ele conviveram e aprenderam...
Não conhecia a sua faceta de "malandro" e o pormenor da pinga. Só lhe ficam bem...
Caro antoniodasiscas
Enfim, Lisboa tem lugar para os dois Santos, mas o Santo António é realmente o Santo Querido dos lisboetas.
Na intenção de complementar os comentários de Tonibler e antoniodasiscas, acrescento que: A explicação correntemente aceite para o facto de no brasão de armas da cidade figurarem dois corvos poisados na proa e na popa de uma nau, reporta-se à nau que transportou os restos mortais do mártir S. Vicente, que viajou do Algarve para Lisboa numa nau, sempre acompanhada por dois corvos que a protegeram e indicaram o caminho seguro até ao destino.
ResponderEliminarDaí deriva ainda o facto de por norma se chamar vicente aos corvos.
A tudo o que a Margarida, tão carinhosamente nos referiu neste post, acrescento que em minha opinião, Santo António terá sido, provavelmente visto com menos bons olhos, pelos oleiros da cidade. Uma vez que lhes aumentava a prespectiva de negócio, partindo as bilhas das moças que iam aos chafarizes e depois lhes gorava as mesmas, operando o milagre de lhas reconstruir.
:)))) Santinho brincalhão!!!
Caro Bartolomeu
ResponderEliminar"Santinho brincalhão", muito carinhosa a sua brincadeira...
Que história engraçada da vida de Santo António, como tantas outras que se contam.
Como é que um Santo assim, com tamanhas “marotices”, não havia de ser tão querido e popular?
É verdade Margarida, a par de Santo António de Lisboa, em termos de eloquência de discurso, só o Padre António Vieira, mas esse, numa corrente ideológica esotérica, diferente da de St. António.
ResponderEliminarNo aspecto de granjear o amor popular, atentemos no exemplo de Alberto João, que a par de partir umas bilhas na cabeça do nosso Socrates, vai folgando com o povo, em festas e romarias. O povo ama quem se sabe colocar ao seu nível, mortal e falível, sem no entanto perder a noção de regulador e regente.
Entretanto, sejamos carinhosos uns para com os outros, neste momento (e nos outros) pouco mais nos resta.
:))))
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarDo que se foi lembrar! Que piada! Santo António e Alberto João são ambos muito populares, mas de resto nada mais têm em comum. O primeiro tinha um poder espiritual que fez dele um Santo e o segundo tem o poder de um bulldozer que à sua passagem arruma com tudo e todos. Ai de quem se meta com ele!! Às vezes não há Santo António que nos acuda!! E ao nosso Sócrates muito menos!! Com tanta bilha, um dia destes fica mesmo sem cabeça...