sexta-feira, 20 de julho de 2007

Ainda novos...mas já tão antigos!...

Poderosa análise, a de Pedro Lomba, no seu artigo de opinião de ontem, no DN, Herdeiros sem Herança. Não se aplica só ao PSD. Mudados os nomes, o PS está também aí retratado. Aliás está lá quase toda a classe política profissional que nos vem governando.
"...Uma geração que chegou cedo a cargos de Governo: Mendes ou Durão não tinham 30 anos quando se tornaram secretários de Estado e, desde então, não pararam. Uma geração que criou e apadrinhou o seu artista trágico, o próprio Santana, até ele resolver cumprir o seu destino. Uma geração que só podia acabar mal .... Foi o poder que os fez, que os inventou e reinventou. Mas, precisamente, uma educação política não se faz no poder. O poder comprime, deforma, vicia. O poder ilude. Uma verdadeira educação política tem de anteceder o poder...Ao contrário disso, uma geração inteira de líderes do PSD, amigos e inimigos cíclicos, aprendeu tudo o que sabe passando pelo partido e pelos governos. Jantou e intrigou, como insiders à mistura com outros insiders. Visitou concelhias. Viveu mais por dentro do que por fora. Infelizmente para ele, Marques Mendes pertence demasiado a uma geração que não teve nunca independência para criar um pensamento político próprio, nunca reflectiu sobre o mundo em que vivia nem sobre as transformações desse mundo, nunca passou pelo choque de realidade que a personalidade exige..."
Poderosa análise, a de Pedro Lomba!...

2 comentários:

  1. Tudo isto se resume a "Lei das Incompatibilidades" que praticamente reduz os políticos aos ricos, funcionários públicos ou imprestáveis. Só quem tem meios próprios, empregos eternos ou que a sociedade nunca lhe tenha econtrado melhor préstimo (há quem pense que referi três vezes os funcionários públicos...), é que é compatível com tal ocupação.

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  2. Anónimo21:24

    É verdade, Pinho Cardão.
    Uma análise muito clarividente.

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