Numa inesperada decisão, o Banco de Reserva Federal dos USA (FED) decidiu esta manhã baixar em 0,5 pontos a sua taxa para operações de desconto aos Bancos, de 6,25 para 5,75%, mantendo em 5,25% a taxa dos fed-funds (operações de liquidez a muito curto prazo).
Esta decisão marca um contraste acentuado com a forma de agir do BCE – na Europa (com excepção do 4R) ainda se discute se as taxas devem manter-se ou subir.
No breve comunicado que acompanhou essa decisão, o FED alerta para as possíveis consequências da situação do mercado de crédito em especial no abrandamento do crescimento económico.
A reacção dos mercados a este decisão foi imediata e de sentido positivo.
Resta saber se os efeitos desta decisão são duradouros, ou seja se é suficiente para ultrapassar o ambiente de crise que ainda prevalece.
Do que não há dúvidas é que temos, como acima realcei, formas de agir completamente distintas dos dois principais bancos centrais.
Isto é um exemplo de serviço público. É impressionante a velocidade de reacção do FED aos aspectos conjunturais da economia americana. Tinha lido os rumores, mas não acreditava que fosse para daí a umas horas.
ResponderEliminarContinuo curioso qual vai ser a atitude do FED face à Moody's e à S&P, os grandes responsáveis desta crise, que ainda deve estar para rebentar por aí.
Caro Tonibler,
ResponderEliminarElucidativa esta capacidade de resposta do FED a circunstâncias imprevistas.
Em contraste, a rigidez mental e da máquina do BCE, numa atávica postura de defesa de um objectivo (estabilidade de preços) que não parece de todo estar em causa.
Até parece que o bnco velho é o BCE - que ainda não completou 10 anos - e o novo o FED, que já leva mais de 90.
Quanto às agências de rating, sugiro a leitura do artigo de opinião de John Plender no FT de hoje, página 2, com citação de Bill Gross da gestora de fundos Pimco.