segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A paranóia dos processos de intenção

É uma doença grave, corrosiva, quase paranóica, esta dos processos de intenção.
Ninguém escapa.
No dia em que o País é chamado a atenção pela imprensa que a lei crismou a possibilidade de o funcionário público que apresente sinais exteriores de riqueza ser, por esse facto, alvo de processo disciplinar, o senhor Presidente da República vai hoje a Albufeira homenagear os autarcas que serviram aquele município.
O DN perguntou ao Presidente da República se não via nesta participação presidencial um "conflito de interesses" uma vez que teria sido o actual presidente da câmara de Albufeira a licenciar a casa de férias da família Cavaco Silva.
Somos, definitivamente, um País doente.
A propósito: comemorou-se ontem mais um aniversário do julgamento das bruxas de Salém...

4 comentários:

  1. Pobre do país que tem estes governantes.
    É uma autêntica caça às bruxas e, o grave da situação é que o tempo vai passando e o país - qual solteirona encalhada que busca no hi5 marido -,está cada vez mais pobre, e não encontra o rumo certo.

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  2. De facto, caro Ferreira de Almeida, estamos a chegar à paranoia extrema.
    A pergunta do jornalista revela o estado de doença comatosa a que já chegámos.
    Tanto mais grave que não houve um editor adjunto, um editor, um sub-director,um director adjunto, ou um director que interviessem...

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  3. Sim, um PR vai homenagear os autarcas de Albufeira, e logo a de Albufeira, e perguntam sobre a vivenda dele? É a vivenda do PR que levanta suspeitas? E o resto todo à volta?

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  4. Reli há semanas num Diário de um ex-diplomata português, uma frase de um também ex-diplomata/escritor romeno,Mircea Eliade, que relembrei ao ler estes posts. Merceia até se identificava com o nosso regime, que conheceu, porque cá viveu. Falava ele dos portugueses no seu dia a dia: "..estou farto das pessoas tíbias de Portugal!" cito de memória). Isto foi há 50 anos. Hoje isto está muito pior!

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