A problemática do aquecimento global está na ordem dia. A actividade humana, sobretudo a dos últimos séculos, tem tido um papel determinante.
A poluição é uma realidade que não se esgota neste fenómeno, atingindo a saúde e o bem-estar de muitas espécies, a nossa incluída, como é do conhecimento geral.
As diferentes formas de poluição interagem umas com outras, originando novos vectores e desencadeando novos problemas.
O fenómeno da puberdade precoce está a preocupar vários responsáveis. Os relatos de mulheres que sofreram este fenómeno e a generalização que, entretanto, observamos, exigem reflexão e debate profundos.
Uma criança que tem a primeira menstruação aos sete anos parece algo irreal. No entanto, a realidade aponta para um início cada vez mais precoce da puberdade. É fácil deduzir, e se fosse necessário bastaria recorrer aos relatos de quem sofreu esta "agressão", as consequências no desenvolvimento e maturação de uma criança a quem foi roubada uma parte significativa da infância.
Neste momento, no Reino Unido, uma em cada seis crianças com menos de 10 anos sofre deste fenómeno, havendo mesmo crianças que iniciam a puberdade aos seis anos!
É certo que o início da puberdade reduziu-se em dois anos do século XIX para o século XX, passando para os 12 anos nas meninas e 14 nos rapazes. Se recuássemos ao período do Renascimento, verificaríamos que o inicio andaria pelos 17, 18 anos.
Quais as razões deste fenómeno? Têm sido apontadas várias. Melhor nutrição, traduzindo-se em maiores dimensões corporais, factor susceptível de despertar certas hormonas. Culpa-se, igualmente, a epidemia da obesidade infantil. Sabe-se, também, desde há algum tempo, que o stress que atinge as crianças em ambientes familiares desestruturados se acompanha de uma tendência para a puberdade precoce (mecanismo biológico defensivo, possibilitando sucesso reprodutivo de um ser ameaçado?). A ausência do pai biológico, e, consequentemente, a falta de “inibidores” químicos da puberdade precoce, tem sido reportado como um factor responsável. A tudo o que já foi dito poderíamos adicionar outros, nomeadamente, a poluição química. Muitos poluentes, dotados de actividade hormonal, mesmo em doses infinitesimais, são suficientes para induzir este fenómeno. Como os "disruptores endócrinos" são, basicamente, de origem humana, e estão amplamente disseminados, poderemos concluir que, não obstante a complexidade do problema, estamos perante mais uma agressão ambiental com repercussões difíceis de quantificar.
A situação é de tal ordem, ao ponto de se preconizarem tratamentos para retardar a puberdade precoce, evitando muitas consequências: alterações comportamentais, risco de gravidez precoce, infecções, risco aumentado de virem a contrair, no futuro, cancro e doenças cardiovasculares. Existem medicamentos para isto? Existem!
A tendência para medicalizar problemas em cuja origem se encontram múltiplas actividades e interesses económicos não é a forma mais correcta de resolver os problemas que afligem a humanidade. Mas, também, não me parece correcto, "baixar" oficialmente a idade do inicio da puberdade como sugerem alguns autores!
O que está a acontecer às crianças é o resultado de várias poluições, química, alimentar, cultural, familiar, com a sua desagregação e ausência do pai, e afectiva.
O roubo, imperdoável, de poderem gozar, em toda a sua plenitude, a infância, exige medidas de fundo, muito sérias.
Exagero? Provavelmente não!
Também há alguns anos já se alertava para os efeitos da poluição no clima e na saúde, mas, só agora..
A poluição é uma realidade que não se esgota neste fenómeno, atingindo a saúde e o bem-estar de muitas espécies, a nossa incluída, como é do conhecimento geral.
As diferentes formas de poluição interagem umas com outras, originando novos vectores e desencadeando novos problemas.
O fenómeno da puberdade precoce está a preocupar vários responsáveis. Os relatos de mulheres que sofreram este fenómeno e a generalização que, entretanto, observamos, exigem reflexão e debate profundos.
Uma criança que tem a primeira menstruação aos sete anos parece algo irreal. No entanto, a realidade aponta para um início cada vez mais precoce da puberdade. É fácil deduzir, e se fosse necessário bastaria recorrer aos relatos de quem sofreu esta "agressão", as consequências no desenvolvimento e maturação de uma criança a quem foi roubada uma parte significativa da infância.
Neste momento, no Reino Unido, uma em cada seis crianças com menos de 10 anos sofre deste fenómeno, havendo mesmo crianças que iniciam a puberdade aos seis anos!
É certo que o início da puberdade reduziu-se em dois anos do século XIX para o século XX, passando para os 12 anos nas meninas e 14 nos rapazes. Se recuássemos ao período do Renascimento, verificaríamos que o inicio andaria pelos 17, 18 anos.
Quais as razões deste fenómeno? Têm sido apontadas várias. Melhor nutrição, traduzindo-se em maiores dimensões corporais, factor susceptível de despertar certas hormonas. Culpa-se, igualmente, a epidemia da obesidade infantil. Sabe-se, também, desde há algum tempo, que o stress que atinge as crianças em ambientes familiares desestruturados se acompanha de uma tendência para a puberdade precoce (mecanismo biológico defensivo, possibilitando sucesso reprodutivo de um ser ameaçado?). A ausência do pai biológico, e, consequentemente, a falta de “inibidores” químicos da puberdade precoce, tem sido reportado como um factor responsável. A tudo o que já foi dito poderíamos adicionar outros, nomeadamente, a poluição química. Muitos poluentes, dotados de actividade hormonal, mesmo em doses infinitesimais, são suficientes para induzir este fenómeno. Como os "disruptores endócrinos" são, basicamente, de origem humana, e estão amplamente disseminados, poderemos concluir que, não obstante a complexidade do problema, estamos perante mais uma agressão ambiental com repercussões difíceis de quantificar.
A situação é de tal ordem, ao ponto de se preconizarem tratamentos para retardar a puberdade precoce, evitando muitas consequências: alterações comportamentais, risco de gravidez precoce, infecções, risco aumentado de virem a contrair, no futuro, cancro e doenças cardiovasculares. Existem medicamentos para isto? Existem!
A tendência para medicalizar problemas em cuja origem se encontram múltiplas actividades e interesses económicos não é a forma mais correcta de resolver os problemas que afligem a humanidade. Mas, também, não me parece correcto, "baixar" oficialmente a idade do inicio da puberdade como sugerem alguns autores!
O que está a acontecer às crianças é o resultado de várias poluições, química, alimentar, cultural, familiar, com a sua desagregação e ausência do pai, e afectiva.
O roubo, imperdoável, de poderem gozar, em toda a sua plenitude, a infância, exige medidas de fundo, muito sérias.
Exagero? Provavelmente não!
Também há alguns anos já se alertava para os efeitos da poluição no clima e na saúde, mas, só agora..
O mais estranho, é que todos percebemos que não tem de ser assim, que não é inevitável que assim seja, estranho ainda porque todos sabemos e conhecemos a forma correcta e ideal de ser. Estranho ainda, porque acima de tudo, sente-se uma resistência termenda à mudança, no sentido da reabilitação. Ainda ha pouco tempo, em conversa com um amigo acerca do assunto da poluição, ele afirmava que a população mundial depende da poluição, na medida em que não prescinde da utilização de produtos que são a sua causa. Eu tenho uma visão diferente, ainda ha muito poucos anos, uma fatia grande desses produtos não tinha sido inventada, assim como um grande número de doenças, não era conhecido, porque ainda não se manifestavam. Penso que a utopia generalizada é que o homem irá conseguir um estágio em que continuará a evoluir tecnológicamente inventando mais equipamentos que lhe irão dar a ilusão de conforto e imortalidade e que fará parar num futuro muito próximo a evolução de virus e o control absoluto da saúde.
ResponderEliminarAntes era o "sonho" americano, hoje é o "sonho" do mundo.
Caro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarA situação que descreve e as suas consequências não me parecem exageradas. Pensamos pouco sobre o assunto e deixamos correr a evolução de forma algo "inconsciente", só nos apercebendo das consequências à posteriori.
A evolução que descreve é, para a minha sensibilidade, um pouco "aterradora", por duas razões:
1ª Uma infância "normal" é muito importante para a formação das crianças e dos jovens e para uma partilha harmoniosa da vida familiar e colectiva.
2ª A uma puberdade física precoce não corresponde, creio, um nível de maturidade psíquica que permita à criança ou ao jovem lidar com uma situação que à partida não estava ainda "escrita" no seu quadro mental.
Como é que devemos lidar com tudo isto? Seria possível evitá-lo e recuarmos ao estado de infância considerado "normal"?
Custa-me ver crianças e jovens ser forçadamente ou forçosamente adultos! E não é apenas a puberdade precoce que causa a perda da infância em toda a sua plenitude. Há tantas outras causas e bem chocantes...