Começaram a proliferar os comentadores, com sustentadas análises sobre o desaparecimento da pequena Madeleine, agora na suspeita de que foram os pais os assassinos.
Hoje, um articulista que vem escrevendo diariamente no DN, ex-inspector da Judiciária, certamente à falta de outras razões, atira dois argumentos profundamente grosseiros e boçais para sustentar a culpabilidade dos pais, com base nas incoerências e contradições do seu comportamento.
Essas incoerências e contradições que o articulista genialmente descobriu advêm do facto de os Mc Cann professarem a religião católica.
A primeira relaciona-se com o facto de os Mc Cann irem rezar à Igreja da Luz. Para o arguto analista um católico não precisa de ir à igreja. O argumento é de peso, e transcrevo: “se Deus estará em todo o lado, não seria necessária a chave da igreja, porque as conversas com Ele podem ser mantidas em qualquer lado.”!...
A segunda relaciona-se com o facto de, e também transcrevo, a “ultracatolicidade do casal esbarrar sobremaneira contra a prática da inseminação artificial que, segundo a igreja é moralmente inaceitável.” Por acaso, mero acaso, não é essa a posição da Igreja. Mas que fosse?
No fim, não sei que mais lamentar: se o facto de argumentação tão primária ter sido escrita, se o facto de ter sido publicada!...
Hoje, um articulista que vem escrevendo diariamente no DN, ex-inspector da Judiciária, certamente à falta de outras razões, atira dois argumentos profundamente grosseiros e boçais para sustentar a culpabilidade dos pais, com base nas incoerências e contradições do seu comportamento.
Essas incoerências e contradições que o articulista genialmente descobriu advêm do facto de os Mc Cann professarem a religião católica.
A primeira relaciona-se com o facto de os Mc Cann irem rezar à Igreja da Luz. Para o arguto analista um católico não precisa de ir à igreja. O argumento é de peso, e transcrevo: “se Deus estará em todo o lado, não seria necessária a chave da igreja, porque as conversas com Ele podem ser mantidas em qualquer lado.”!...
A segunda relaciona-se com o facto de, e também transcrevo, a “ultracatolicidade do casal esbarrar sobremaneira contra a prática da inseminação artificial que, segundo a igreja é moralmente inaceitável.” Por acaso, mero acaso, não é essa a posição da Igreja. Mas que fosse?
No fim, não sei que mais lamentar: se o facto de argumentação tão primária ter sido escrita, se o facto de ter sido publicada!...
Caro Pinho Cardão:
ResponderEliminarO DN, desde que abriu uma primeira página, com as desavenças conjugais de Berlusconi (18 de Abril de 20079... catalogou-se
Catalogou-se não, classificou-se
ResponderEliminarTudo se sacrifica, meu caro Pinho Cardão, à necessidade de vender papel e publicidade. A boçalidade de comentadores e jornalistas é, no meio de tudo isto, um pormenor.
ResponderEliminarPreocupante mesmo é o lastimável estado a que reduzimos, sem qualquer reacção de quem tinha obrigação de chamar a atenção, a presunção da inocência.
A coisa vai ao ponto de no Prós e Contras de 2ª feira ter sido dada voz a um "neolombrosiano" de discurso patético, professor de qualquer coisa em Espanha, que "opinava" a culpabilidade do casal com base na análise de gestos e atitudes!
Revoltante? Sim, revoltante. Espero não perder nunca este sentimento de asco perante coisas destas. Ainda que me digam que me acomodo mal a este "mundo altamente mediatizado", expressão que serve agora para justificar as mais vergonhosas sevícias morais perpetradas pelos orgãos de comunicação social.
Caro Ccz:
ResponderEliminarNotícia de referência...
Caro Ferreira de Almeida:
Completamente de acordo com o meu amigo. Um nojo!...
O estado a que o DN chegou élamentável. Mas mais lamentável ainda é chegar-se à conclusão que a imbecilidade não tem limites.
ResponderEliminarOs meus caros sabem que essas barbaridades só são produzidas porque alguém as consome, certo? Que tal deixarem de ler essa porcaria?
ResponderEliminarMeu caro Tonibler, se se deixassem de ler, como é que aqui se comentavam? E como é que o Amigo tinha a oportunidade de censurar quem as lê? ;)
ResponderEliminarAté sou capaz de dar umas dicas ao DN...é uma questão de chegarem à frente!
ResponderEliminarNotável, contra a corrente da imbecilidade dominante, a corajosa posição divulgada ontem pelo Bispo do Algarve, que não enjeita o apoio ao casal McCann,vai mesmo ao ponto de dizer que á agora que eles precisam de mais apoio e a sua Igreja está disponível para o prestar.
ResponderEliminarQuanto ao DN, meus Caros, a solução é simples - leiam mas não comprem...
Caro JMFA,
ResponderEliminarEu não censurei ninguém.
Pois não. Erro meu.
ResponderEliminarPinho Cardão,já não me lembro quem é que disse que "preferia um malandro a um imbecil. Porque os malandros, ás vezes, descansam, mas os imbecis, nunca". A notícia que aqui refere é bem um exemplo de que os imbecis nunca esgotam os seus recursos.
ResponderEliminarBem dito!...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão:
ResponderEliminarMuito bem e bem visto!
Mas saiba que a questão é mais "funda".
Saiba que há uma "justiça" portuguesa e A JUSTIÇA PORTUGUESA.
A primeira tem, ao seu serviço, "articulistas" como o que, e muito bem, critica.
A SEGUNDA é lenta como os caracóis.
Se tiver curiosidade, dê uma vista de olhos em www.vickbest.blogspot.com.