Certas afirmações por parte de autoridades religiosas são duplamente chocantes, pelos seus conteúdos e por virem de onde vêm.
Há alguns anos, dirigentes muçulmanos da Nigéria “denunciavam” que a vacina antio-polio estava contaminada com substâncias susceptíveis de provocar infertilidade nas meninas, inserindo-se numa estratégia ocidental para “destruir” a sua civilização.
A luta contra a poliomielite, a segunda doença em vias de erradicação à escala planetária, sofreu um forte revês e um atraso considerável, originando sofrimento e morte em muitas crianças. Recentemente foi reactivado o programa.
Agora, surge mais uma que deixa qualquer um, sobretudo os profissionais de saúde, de boca aberta. O Arcebispo de Maputo, D. Francisco Chimoio, acaba de afirmar que alguns preservativos de origem europeia estariam contaminados com o HIV, assim como certos medicamentos anti-retrovirais, com o objectivo de liquidar o mais rapidamente possível os africanos. Nem mais!
Quinhentas pessoas são infectadas diariamente pelo vírus. No cômputo global a prevalência naquele país é da ordem dos 16%!
O facto da Igreja Católica não aprovar o uso de preservativos, defendendo outras medidas, como a abstinência sexual, não legitima que um destacado membro da sua cúria aponte para uma conspiração desta natureza à Europa, configurando algo muito difícil de compreender e de aceitar.
Os religiosos muçulmanos nigerianos apontavam o dedo aos americanos como sendo os responsáveis por uma campanha de esterilização em massa. D. Chimoio vem agora apontar o seu a dois países europeus (não os cita) como mentores de um acto criminoso capaz de fazer inveja à brutal e obscena criatividade de um Josef Mengele!
Mas o que é se passa na cabeça destas pessoas?
Chocante!
Há alguns anos, dirigentes muçulmanos da Nigéria “denunciavam” que a vacina antio-polio estava contaminada com substâncias susceptíveis de provocar infertilidade nas meninas, inserindo-se numa estratégia ocidental para “destruir” a sua civilização.
A luta contra a poliomielite, a segunda doença em vias de erradicação à escala planetária, sofreu um forte revês e um atraso considerável, originando sofrimento e morte em muitas crianças. Recentemente foi reactivado o programa.
Agora, surge mais uma que deixa qualquer um, sobretudo os profissionais de saúde, de boca aberta. O Arcebispo de Maputo, D. Francisco Chimoio, acaba de afirmar que alguns preservativos de origem europeia estariam contaminados com o HIV, assim como certos medicamentos anti-retrovirais, com o objectivo de liquidar o mais rapidamente possível os africanos. Nem mais!
Quinhentas pessoas são infectadas diariamente pelo vírus. No cômputo global a prevalência naquele país é da ordem dos 16%!
O facto da Igreja Católica não aprovar o uso de preservativos, defendendo outras medidas, como a abstinência sexual, não legitima que um destacado membro da sua cúria aponte para uma conspiração desta natureza à Europa, configurando algo muito difícil de compreender e de aceitar.
Os religiosos muçulmanos nigerianos apontavam o dedo aos americanos como sendo os responsáveis por uma campanha de esterilização em massa. D. Chimoio vem agora apontar o seu a dois países europeus (não os cita) como mentores de um acto criminoso capaz de fazer inveja à brutal e obscena criatividade de um Josef Mengele!
Mas o que é se passa na cabeça destas pessoas?
Chocante!
Eu diria mais que chocante,Professor,se mo permite: OBSCENO!
ResponderEliminarNão fora a entidade envolvida, diria que estamos perante um obscurantista.
ResponderEliminarÉ um obscurantista concerteza e, como tal, aproveitam e exploram a ignorância das pessoas e os seus medos.É pura falta de humanidade.
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