sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Serviço público de televisão?

O sujeito, ex-inspector da Judiciária, e que no DN sugeriu, de forma nojenta, como provas da culpabilidade dos Mc Cann na morte da filha, as contradições e incoerências que advêm da sua profissão na fé católica, a que me referi ontem, passou a ser visto como um consagrado opinion maker, agora na RTP. E no telejornal das 14 horas lá estava a dar a sua insigne opinião sobre a opinião de um outro ex-agente, este inglês, que relacionava de forma indiscutível as mortes de Madeleine e a de uma outra miúda no Algarve, Joana.
Em suma, e de comentário gratuito em comentário gratuito e de opinião não fundamentada em opinião sem qualquer base, aí vai enchendo telejornais a nossa estação de serviço público.
Não informa, intriga; não tem rigor, procura o sensacionalismo barato; não aprofunda, limita-se a exibir um novo-riquismo pacóvio.Uma informação repetitiva, feita como se falasse para débeis mentais, com as mesmíssimas boatarias, sejam elas produzidas nos estúdios, em Leicester ou na Praia da Luz, mas constantemente reproduzidas praticamente ipsis verbis, para dar menos trabalho.
Serviço público de televisão? Deixem-me rir!...

14 comentários:

  1. Afinal, verifica-se a utilidade da bomba do Manuel Subtil, não fosse o reversoda moeda, perderem-se vidas humanas.
    Talvez por isso a história esteja salpicada de mártires.
    Será que o Sr. Provedor, tem alguma noção acerca do conceito "baralhar para informar"?

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  2. Drº Pinho Cardão,

    Rir nós rimos...,o diabo é que neste caso pagamos para rir!

    PS:
    Factura EDP
    item: cont. áudio-visual

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  3. Pelo andar da carruagem, vai continuar a rir-se por muito tempo, caro Cardão.

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  4. Eu acho que o Scolari está envolvido com o casal McCann. Assim fundem-se os assuntos patetas para dar um mais interessante...

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  5. Pinho Cardão,

    Estou nesta altura entretido com a leitura de um livro que vivamente recomendo para melhor entendermos o nosso tempo em que a imbecilidade e a boçalidade - esta trajando por vezes elegantes roupagens - claramente prevalecem sobre a sensibilidade e o bom-senso.
    Esse livro tem o título "Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds", foi escrito há muitos anos (1841) por Charles Macquay e constitui um repositório de histórias reais quase fantásticas, em que as multidões assumiram comportamentos idiotas e irracionais.
    Esses comportamentos foram determinados pela ganância, ou pela magia de algum talentoso que conseguiu convence-las do impossível, desde os alquimistas até verdadeiros ladrões que se tornaram famosos e mereceram a admiração e endeusamento das multidões.
    Estamos num tempo propício para a emergência de fenómenos de "madness of crowds" tal é o grau de alienação que boa parte da população evidencia em sucessivos episódios que a ritmo alucinante vão tomando conta do nosso quotidiano.
    Tudo passa, nada fica, a não ser um rasto de insanidade...Que o meu Amigo perspicazmente surpreende.

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  6. Não sei se repararam hoje nas notícias das criações atacadas pela gripe da aves que, afinal, não era gripe das aves mesmo?... :) Porque é que eram notícia, afinal????? ehehehe....

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  7. Caro Tonibler, assim vai acabar por baralhar as investigações todas...E o volume do processo, já pensou nisso? Parece que o caso Madeleine já vai em 4000 (4 mil!)páginas para o pobre do juiz ler numa semana!, quanto mais se ainda fosse apenso o video do murro, para trás e para a frente, 500 ângulos diferentes, mais o golo em fora de jogo, a culpa é do árbitro, quem sabe corrupção e tal e tal, mais doping, e a gripe das aves a agravar o stress. O caro Tonibler também não exagere!...

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  8. A evolução destes casos mediáticos lembra-me um trava-línguas que aprendi na escola a propósito das rasuras e notas de pé de página: "onde digo digo, digo que não digo digo". Toca a decifrar, se forem capazes, para quem l~e jornais deve ser canja! ;)

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  9. Caro tonibler,

    De facto, fiquei com caro de parvo a olhar para o gajo que na TV explicava que a gripe daquelas "pitas" não era motivo de preocupação... que a gripe não era igual àquela gripe contagiosa, blá blá...

    Sabe que lhe digo?

    Como diz a Drª Suzana, no comentário acima: onde digo digo não digo digo digo...porra que já me troquei todo!!!

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  10. Caro amigo P.Cardão:
    Parece-me precipitada e ousada a conclusão e relaçao entre o sr Comentador, ou lá o que é, a sua qualidade ou falta dela, e o Serviço Público de TV. Que leva, de imediato, aos habituais, ligeiros, desinformados comentários e referências a Manuel Subtil, ao Sr Provedor, às Facturas EDP...etc.
    E às já batidas e gastas expressões: " Nós, contribuintes, que pagamos "aquilo" do nosso bolso...etc ".
    Sabe, caro PC, melhor que eu, que não é bem assim e não é assim que se colocam as questões. Que as há! Mas não estas. E você sabe que eu sei que sabe que não são estas!

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  11. Caro Rui Vasco:
    Um sujeito que escreveu o que escreveu no DN, e que reproduzi num post, não pode ser entrevistado e dar opinião num telejornal da RTP, sob pena de esta ficar descredibilizada.
    A credibibilização de uma estação faz-se com pessoas credíveis. O resto é sensacionalismo barato e saloio.
    E você sabe que eu sei que nesta matéria você pensa como eu.

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  12. Caro Rui Vasco,
    Pela maneira, sobranceira, como se refere a algumas pessoas que produzem aqui alguns -desinformados comentários-, parece-me, pela parte que me toca, que Vocelência é uma pessoa sapiente e está por dentro de todas as questões.
    E, assim sendo, ao invés deste comentário que produziu de forma tão ligeiro, ficava-lhe grato que partilhasse essa sua sapiência (saindo dessa posição de autista), contribuindo para que futuros comentários fossem mais elaborados.
    Obrigado.

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  13. Desculpem lá todos... mas vocês ainda perdem o vosso tempo a ver o noticiários da RTP (que não o do Canal 2)????...

    Serviço público???? Ainda estou à espera de ver o Portugal-Nova Zelândia em Rugby!

    Como diz o outro, e para não ser mal-educado, "public service my foot!!!".

    Só vos deixo uma dica... adiram à TV Cabo (à falta de outra opção) e aprendam outras línguas, ou deixem de ver a televisão senão embrutecem e emburrecem!

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  14. Ó senhor Invisivel...quem sabe, sabe!
    Embora não esteja por dentro de todas as questões, mas só de algumas, e só dessas falo,... explicações só mediante pre-pagamento!

    Companheiro Virus: Em geral, deixei, também, de ver TV há muito e portuguesa há mais! ( O pouco que vejo procuro seleccionar bem com os meus pobres critérios!)

    Caro Pinho Cardão:
    Claro que penso como você. Não quer dizer, porém, que concordo com tudo, ou retire sempre as mesmas conclusões que o meu amigo! E vice-versa. Saudavelmente!

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