Li ontem notícia segundo a qual a TAP teria vindo agora ao terreno, pela voz do seu Presidente executivo, para “rejeitar" a solução "Portela + 1”.
Cabe aqui perguntar: mas quem encomendou este “sermão” ao Presidente executivo da TAP?
Que especial autoridade tem o Presidente executivo da TAP para vir rejeitar esta solução?
Porquê esta tomada de posição nesta altura em que o assunto parecia meio adormecido?
Será que vai ser reeditada toda a polémica em torno do malfadado projecto da OTA, que se considerava aparentemente (ou prematuramente) enterrado?
Tudo isto soa mal, conviria que fosse urgentemente esclarecido o que significa e que propósitos serve esta tomada de posição de um executivo da TAP em matéria que claramente transcende as suas funções.
Que o executivo da TAP tenha uma opinião pessoal sobre a matéria, com certeza, está no seu pleno direito.
Agora vir afirmar publicamente – e nesta altura - a rejeição do modelo "Portela+1" é que já me parece manifestamente um excesso de protagonismo dificilmente explicável...
Faria mais sentido – embora sem deixar de ser excessivo – que uma posição numa matéria desta natureza fosse tomada pelo Presidente não-executivo ou Chairman da TAP.
As perspectivas menos animadoras que neste momento podem vir a por em causa os cenários macro “cor de rosa” que até há pouco se alimentavam, serão susceptíveis de provocar um volte-face, inesperado para muitos, neste tormentoso dossier?
Pode estar a gerar-se por aí um estado de espírito propício ao lançamento forçado de obras públicas - obras e mais obras, novos “investimentos”, custem o que custarem...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarOntem, ao ouvir as palavras do presidente executivo da TAP na rádio, lembrei-me de um trocadilho americano antigo sobre a GM.
Será que o que é bom para a TAP, é bom para Portugal?
Hoje, nem de propósito, na minha leitura do recente livro de Medina Carreira, na página 72 encontro:
"Não são poucas as dúvidas que pairam. Para mim, a primeira e a maior respeita à Portela. Desconhece-se a razão por que em Paris existem Le Bourget, Orly e Charles de Gaulle. Em Londres, Heathrow, Gatwick e Luton. Em Nova Iorque, La Guardia e J.F.Kennedy. Por que não a Portela com Tires, ou com o Montijo, ou com Alverca, ou com Sintra, ou com outro qualquer, mais, a construir?"
Cheira-me a manobra para distorcer uma eventual concorrência futura, em detrimento dos consumidores. A administração da TAP sabe que terá a vida mais dificultada se tiver de competir com um aeroporto dedicado às low-cost e não só, mais barato. Costuma dizer-se "Tem mais olhos que barriga", aqui, parece que o guloso, como reconhece que não consegue comer tudo, prefere destruir parte do manjar, para que os outros não escolham a melhor parte, não tomem decisões diferentes.
Talvez tenha razão, caro CCz, mas tenho a impressão que há tb outras motivações por trás desta inopinada e deslocada manifestação pública de um porta-voz da TAP.
ResponderEliminarO Presidente executivo da TAP tem feito bom trabalho, parece inegável.
ResponderEliminarPode e deve ter opinião, mas deve ter o sentido do tempo e do modo de a expressar.
Não sendo assim, apetece aplicar-lhe os provérbios:
-cada macaco no seu galho!...
-quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão!...
-não vá o sapateiro além do chinelo!...
Penso não ser novidade nenhuma que tanto a Ota como Alcochete são negocios altamente aliciantes para a Banca e as empresas do betão. Pelos vistos, a febre do betão ainda não terminou em Portugal, e portanto, é preciso impressionar via betão. Será que esta mentalidade camarária já invadiu a mente do Sr."Engenheiro" ?
ResponderEliminarPortela mais um seria a solução ideal. Estuado após estudo, nada se decide, tudo se complica. Portela mais um seria benefico por dois pontos. Primeiro daria mais tempo para pensar numa solução de longo prazo de forma fira e calma e por outro lado, eram menos uns milhões para o betão.
Folgo em saber que Ccz terá ouvido a minha sugestão para a leitura do livro de Medina Carreira.
Saudações Repúblicanas
Porque é que isto é estranho e a compra da Portugália não? Isto quem sabe, sabe...
ResponderEliminarCaros Tonibler e Tavares moreira;
ResponderEliminarPerdoem a minha ingenuidade, só ao ler o último comentário de Tonibler é que me lembrei do nome do principal accionista da Portugália, antes da venda à TAP (e com desconto de liquidação)...
Tonibler,
ResponderEliminarQuem disse que a compra da Portugália não foi uma operação estranha?
Admito aue só o meu Amigo, mesmo assim em forma interrogativa, e o Presidente executivo da TAP, que a aceitou com um sorriso nos lábios...
Pinho Cardão,
" O Presidente executivo da TAP tem feito bom trabalho, parece inegável...".
Meu Amigo está mesmo certo da "inegabilidade" do bom trabalho do Presidente executivo? é assim tão inegável?
Que ele vende muito bem o produto, isso sim, parece-me inegável...
Quanto ao trabalho feito, sem querer ser injusto, já não se afigura tão inegável - embora também não me pareça que deva ser considerado "inegavelmente" mau...