sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Diz-me o que lês, …

Os votos de silêncio fizeram-se para serem quebrados quando e como as circunstâncias assim o exigem. As palavras, tal como os silêncios, são efémeras e raramente resultam das contingências da vida. Quando os silêncios se quebram e as palavras se impõem é a vontade reforçada pelo dever que nos empurra.

Por isso não é um regresso – sinto que nunca deixei de cá estar. Muito menos uma reposição de uma edição esgotada, revista ou aumentada. É um outro livro que se abre sobre a mesa pedindo uma leitura torturadora dos textos que nos transmitem o tumulto dos dias – destes últimos, particularmente.

Vou provocá-los através dos livros que leio, aqueles que por dever de ofício me desafiam ou os outros que confisco quase diariamente a uma biblioteca que não pára de crescer há mais de trinta anos.

Pelos postais que regularmente vos enviar poderei transmitir-vos os contornos desta inquietude permanente que a leitura ora alimenta, ora dissipa, sem nos descansar. Há os que não se calam, há os que não se sentam e há os que não desistem de ler para além da poeira dos … livros.

Até já.

11 comentários:

  1. Senhor Professor David Justino.

    Seja bem vindo!...E bons olhos o leiam.

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  2. Caramba, isto é um momento solene! Façamos algum silêncio «reflexivo»!

    :)

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  3. Caro Professor David Justino,
    Mas que bela surpresa! Claro que aguardamos pelos seus "alimentos" ...Então, até já.

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  4. Vou mais longe que o CMonteiro: momento soleníssimo e a pátria rejubila!...

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  5. Vou já avisar o MBR que o David está de volta

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  6. bons olhos o vejam professor dj. que me pareceu mais magro do que a imagem q tinha de si na tv ;)

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  7. Professor Justino, ouvi-o dizer um dia, e registei, que se somos escravos das nossas palavras, somos também donos dos nossos silêncios.
    Em boa hora decidiu poupar-nos ao seu silêncio e dar-nos, de novo, a alegria das suas palavras.
    É, sempre, um prazer reencontrá-lo.

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  8. Caro professor David Justino,

    Não querendo ser pouco elegante para os magnificos postadores deste blog, a verdade é que os posts do professor David Justino fazem falta a este forum.
    Serei, de novo, o seu primeiro leitor.

    José António

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  9. Este post do caro Prof. David Justino, que marca, ao que percebo a sua reentrada no círculo 4R, transportou-me ao maravilhoso mundo do início das minhas leituras.
    Comecei por ler, não me recordo com precisão da idade, mas penso que pelos 6, 7 anos as aventuras dos Cavaleiros da Távola Redonda. Amadis de Gaula e o seu amor por Oriana - A Sem par (visto que Amadis terminou assassinado), foi outra das figuras que ficou gravada na minha memória a par de, apesar numa versão diferente, D. Quixote de La Mancha e seu fidelíssimo Sancho Pança, Roncinante e o borrinho que já não me recordo o nome.
    Seguiram-se Emílio Salgari e Júlio Verne. Depois vieram os clássicos, impostos pelo programa escolar. Depois e até aos primeiros anos de casamento, uma completa e total aridez literária. Reactivei o interesse pela leitura com Vitorino Nemésio, Alexandre O´Neill, José Saramago, e mais alguns autores estrangeiros. Por último, passei a interessar-me por livros que versem os assuntos esotéricos e (ou) relacionados com a história.
    Não escolho um livro pelo autor, mas sim pelo tema, não deixo de ler um livro de saramgo porque esteja conectado com o partido comunista, ou de Miguel Sousa Tavares por outra coisa qualquer, ou de José Rodrigues dos Santos, por qualquer outra coisa. Como disse, interessam-me os temas e a forma como são escritos, as simpatias políticas, não interferem rigorosamente nada nas minhas escolhas. Neste momento releio umas entrevistas dadas pelo homem que me marcou pela forma de pensar o mundo e as pessoas, Professor Agostinho da Silva.

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  10. Anónimo18:55

    "A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exactidão"(Bacon, "Ensaios")
    Venha daí a segurança do discurso e a exactidão da palavra que estamos todos ávidos dela, meu caro David Justino.

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  11. Fico sensibilizado com tão calorosas boas vindas. Obrigado a todos, só receio não corresponder às expectativas, ou seja, não sei se o que esperam de mim corrresponde aquilo sobre que quero escrever. Nada melhor que experimentar.
    Um abraço a todos.

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