Regressado de sete dias no estrangeiro, ouvi os ecos do debate do Orçamento. Parece que Sócrates passou mais de metade dos seus trinta minutos a falar dos orçamentos anteriores. E ouvi que Santana gastou os cinco que tinha para do passado também falar, ao ponto de ficar sem tempo para completar as suas três perguntas sobre o futuro.
Agora, à noite, ouvi-o dizer que este primeiro debate era para o Primeiro-Ministro ganhar, já que tinha apenas cinco munições ao dispor, contra as trinta do Primeiro-Ministro.
Pois é!... Em vez de se falar do futuro, continuou-se a falar do passado; e em vez de se apresentarem propostas que interessem aos portugueses, apresentam-se queixas por falta de munições. Tudo se resumiu, então, a uma questão de quantidade.
Agora, à noite, ouvi-o dizer que este primeiro debate era para o Primeiro-Ministro ganhar, já que tinha apenas cinco munições ao dispor, contra as trinta do Primeiro-Ministro.
Pois é!... Em vez de se falar do futuro, continuou-se a falar do passado; e em vez de se apresentarem propostas que interessem aos portugueses, apresentam-se queixas por falta de munições. Tudo se resumiu, então, a uma questão de quantidade.
Mas que falta faz a qualidade!...
Com este "renovado" elenco, não é só a qualidade que falta...falta quase tudo!
ResponderEliminarRegionalização
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Em primeiríssimo lugar, desejo registar com muita satisfação o regresso do caríssimo Dr. Pinho Cardão. Não sabia que o caro amigo estáva em viágem e, confesso, já começava a registar alguma preocupação pela sua ausência.
ResponderEliminarEm relação ao assunto do seu post, foi efectivamente uma desilusão a forma como S.L. utilizou os minutos de que dispunha para intervir. Esqueceu-se certamente da forma como Socrates o enfrentou no parlamento, aquando do seu breve mandato de PM. A continuar assim, não estou a ver forma de preparar o eleitorado para as políticas do PPD-PSD, como ele gosta de dizer. Parece-me que se Luis Filipe Menezes deseja mesmo ganhar as próximas legislativas, vai ter de ser ele a empenhar-se em todas as frentes, porque o general escolhido, preocupa-se mais em contar as munições desperdiçadas do que em delínear estratégias ofensivas, coerentes e contundentes e em acertar nos alvos enimigos.
Digo eu... em Finlandês...
Pois... "enimigos", só pode ser em dialecto Finlandês, não te matricules numa escola nocturna para aprenderes a escrever, que não é preciso Bartolomeuzinho...
ResponderEliminarPor acaso, ontem enquanto me dirigia para casa ia ouvindo - na rádio - o debate sobre o orçamento e ia pensando se, efectivamente, aquela gente estudou o documento.
ResponderEliminarQue o governo conhecesse bem o orçamento é normal, foram eles que o elaboraram. Que a oposição não tivesse uma estratégia de debate montada, isso é que já não é nada normal e além de não ser normal, também não é nada abonatório.
Quando se quer combater alguma coisa, a sério, há sempre um plano que se segue. Tudo é estudado ao milimetro, as respostas têm de ser todas previstas e os contra-argumentos têm de ser todos estudados. Daquilo que fui ouvindo nada pareceu preparado e o governo respondeu muito bem dando uma série de "não-respostas" a uma série de "não-perguntas".
Todo e qualquer documento pode ser discutido à palavra e é susceptível de ser atacado desde que se saiba o que se está a fazer. Tudo tem pontos fortes e pontos fracos, e cabe a qualquer oposição minimamente profissional arrasar com os pontos fracos e transformar os pontes fortes em fracos. Para isso, só precisam de várias equipas - DE JEITO E ESPECIALIZADAS POR PONTOS - que dissequem totalmente as várias áreas do documento e que dêem o feedback aos deputados que intervém no debate. Isto consome recursos, sem dúvida, mas quando se pretende ganhar é um investimento, não é um custo.
Quando o tempo de cada um nos debates é limitado, não há espaço para floreados. O vocabulário deve ser curto, claro, objectivo, certeiro e extremamente agressivo. E extremamente agressivo porquê? Porque quanto mais irritado e mais insultado se sentir o adversário, maiores são as probabilidades deste cometer um erro e dizer alguma coisa que não deve. Não há passado, não há futuro, o que há é o presente documento que está ali para ser arrasado porque essa é a função de uma oposição.
É claro que depois da resposta do PM sobre a questão do QREN (que me deixou louco de fúria por saber que a pessoa que vai dirigir aquilo é de uma incompetência atroz e devia ser aropelada por um TIR, não uma mas várias vezes só para termos a certeza que ficava toda esborrachadinha)desliguei o rádio e não liguei a televisão quando cheguei a casa, porque - de facto - em determinadas alturas "ignorance is a blessing".
Caro Pinho Cardão, bom dia!
ResponderEliminarE eu que supunha que andavas a analisar o ornamento, perdão, o orçamento!E tu, na borga! Como é que com esta displicência vamos resolver os problemas deste país?!
Porque, meu caro, se não há mais quem os resolva com o Santana estamos arrumados. Ontem perdeu aos pontos. Melhor teria sido que tivesse caído KO. Para bem dele e de todos, acho eu.
O PM, reconheça-se, prepara-se bem para estas cenas. Tão bem que se deu ao luxo de irritar o Portas a propósito de uma questão que só por que sim tinha a ver com o orçamento.
Tudo previsível. À direita e à esquerda nada de novo. Sócrates está condenado a governar até que o tempo lhe apodreça os cascos do barco.
Toda a gente já percebeu que o provinciano Menezes deu um passo em falso ao chegar à Capital – deslumbramento talvez. É arrepiar caminho e de imediato.
ResponderEliminar... ou deixar o provinciano cair até ao fundo.
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