terça-feira, 6 de novembro de 2007

Uma questão de qualidade!...

Regressado de sete dias no estrangeiro, ouvi os ecos do debate do Orçamento. Parece que Sócrates passou mais de metade dos seus trinta minutos a falar dos orçamentos anteriores. E ouvi que Santana gastou os cinco que tinha para do passado também falar, ao ponto de ficar sem tempo para completar as suas três perguntas sobre o futuro.
Agora, à noite, ouvi-o dizer que este primeiro debate era para o Primeiro-Ministro ganhar, já que tinha apenas cinco munições ao dispor, contra as trinta do Primeiro-Ministro.
Pois é!... Em vez de se falar do futuro, continuou-se a falar do passado; e em vez de se apresentarem propostas que interessem aos portugueses, apresentam-se queixas por falta de munições. Tudo se resumiu, então, a uma questão de quantidade.
Mas que falta faz a qualidade!...

7 comentários:

  1. Com este "renovado" elenco, não é só a qualidade que falta...falta quase tudo!

    Regionalização
    .

    ResponderEliminar
  2. Em primeiríssimo lugar, desejo registar com muita satisfação o regresso do caríssimo Dr. Pinho Cardão. Não sabia que o caro amigo estáva em viágem e, confesso, já começava a registar alguma preocupação pela sua ausência.
    Em relação ao assunto do seu post, foi efectivamente uma desilusão a forma como S.L. utilizou os minutos de que dispunha para intervir. Esqueceu-se certamente da forma como Socrates o enfrentou no parlamento, aquando do seu breve mandato de PM. A continuar assim, não estou a ver forma de preparar o eleitorado para as políticas do PPD-PSD, como ele gosta de dizer. Parece-me que se Luis Filipe Menezes deseja mesmo ganhar as próximas legislativas, vai ter de ser ele a empenhar-se em todas as frentes, porque o general escolhido, preocupa-se mais em contar as munições desperdiçadas do que em delínear estratégias ofensivas, coerentes e contundentes e em acertar nos alvos enimigos.
    Digo eu... em Finlandês...

    ResponderEliminar
  3. Pois... "enimigos", só pode ser em dialecto Finlandês, não te matricules numa escola nocturna para aprenderes a escrever, que não é preciso Bartolomeuzinho...

    ResponderEliminar
  4. Por acaso, ontem enquanto me dirigia para casa ia ouvindo - na rádio - o debate sobre o orçamento e ia pensando se, efectivamente, aquela gente estudou o documento.

    Que o governo conhecesse bem o orçamento é normal, foram eles que o elaboraram. Que a oposição não tivesse uma estratégia de debate montada, isso é que já não é nada normal e além de não ser normal, também não é nada abonatório.

    Quando se quer combater alguma coisa, a sério, há sempre um plano que se segue. Tudo é estudado ao milimetro, as respostas têm de ser todas previstas e os contra-argumentos têm de ser todos estudados. Daquilo que fui ouvindo nada pareceu preparado e o governo respondeu muito bem dando uma série de "não-respostas" a uma série de "não-perguntas".

    Todo e qualquer documento pode ser discutido à palavra e é susceptível de ser atacado desde que se saiba o que se está a fazer. Tudo tem pontos fortes e pontos fracos, e cabe a qualquer oposição minimamente profissional arrasar com os pontos fracos e transformar os pontes fortes em fracos. Para isso, só precisam de várias equipas - DE JEITO E ESPECIALIZADAS POR PONTOS - que dissequem totalmente as várias áreas do documento e que dêem o feedback aos deputados que intervém no debate. Isto consome recursos, sem dúvida, mas quando se pretende ganhar é um investimento, não é um custo.

    Quando o tempo de cada um nos debates é limitado, não há espaço para floreados. O vocabulário deve ser curto, claro, objectivo, certeiro e extremamente agressivo. E extremamente agressivo porquê? Porque quanto mais irritado e mais insultado se sentir o adversário, maiores são as probabilidades deste cometer um erro e dizer alguma coisa que não deve. Não há passado, não há futuro, o que há é o presente documento que está ali para ser arrasado porque essa é a função de uma oposição.

    É claro que depois da resposta do PM sobre a questão do QREN (que me deixou louco de fúria por saber que a pessoa que vai dirigir aquilo é de uma incompetência atroz e devia ser aropelada por um TIR, não uma mas várias vezes só para termos a certeza que ficava toda esborrachadinha)desliguei o rádio e não liguei a televisão quando cheguei a casa, porque - de facto - em determinadas alturas "ignorance is a blessing".

    ResponderEliminar
  5. Caro Pinho Cardão, bom dia!

    E eu que supunha que andavas a analisar o ornamento, perdão, o orçamento!E tu, na borga! Como é que com esta displicência vamos resolver os problemas deste país?!

    Porque, meu caro, se não há mais quem os resolva com o Santana estamos arrumados. Ontem perdeu aos pontos. Melhor teria sido que tivesse caído KO. Para bem dele e de todos, acho eu.

    O PM, reconheça-se, prepara-se bem para estas cenas. Tão bem que se deu ao luxo de irritar o Portas a propósito de uma questão que só por que sim tinha a ver com o orçamento.

    Tudo previsível. À direita e à esquerda nada de novo. Sócrates está condenado a governar até que o tempo lhe apodreça os cascos do barco.

    ResponderEliminar
  6. Anónimo11:27

    Toda a gente já percebeu que o provinciano Menezes deu um passo em falso ao chegar à Capital – deslumbramento talvez. É arrepiar caminho e de imediato.

    ResponderEliminar
  7. ... ou deixar o provinciano cair até ao fundo.

    ResponderEliminar