segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

...Públicas virtudes!...

A fim de publicitar e assim comprovar a nossa impoluta honradez e a nossa elevada capacidade de gestão, eu, Helena Roseta, e os meus vereadores da Câmara Municipal de Lisboa, declaramos ter denunciado e ter devolvido à procedência a miserável oferta de uma prenda de Natal, no valor de 40 euros, por parte de uma empresa municipal. Mais declaramos ter dado conhecimento desta excepcional atitude de probidade moral a todos os meios de comunicação social, pois só a honra publicitada é que é verdadeira.
Assinado
Helena Roseta e demais Vereadores


A fim de publicitar e assim comprovar a nossa impoluta honradez, nós, Magistrados de Oeiras, declaramos ter denunciado publicamente e ter devolvido à procedência a miserável oferta de uma prenda de Natal, por parte da Câmara Municipal. Mais declaramos ter chegado ao fim a nossa paciência perante a reiterada prática de suborno que há dez anos se verificava e que íamos aceitando com natalícia resignação. Declaramos ainda ter dado conhecimento desta excepcional atitude de probidade moral a todos os meios de comunicação social, pois só a honra publicitada é que é verdadeira.
Assinado
Os Magistrados de Oeiras

9 comentários:

  1. Sabe-se lá o que o futuro lhes reservava.

    Há uns anos atrás a Câmara de Faro publicitou em parangonas que tinha suspenso um funcionário por ter aceite um suborno de um empreiteiro.

    O Funcionário em causa era, nem mais nem menos que Benje, um grande Guarda-Redes do Farense dos anos 70, o qual tinha sido "subornado" qual o escandaloso presente de uma garrafa de Whisky!!!

    Por isso e precavendo o futuro não me admira que certos vereadores e magistrados deixem de aceitar canetas e guarda-chuvas pelo Natal não vão ser mais trade exemplarmente punidos por tão escandalosa corrupção passiva.

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  2. Como sempre apreciei mais um artigo deste blog.www.santaeuphoria.blogspot.com,o meu blog!Visitem e adicionem!Obrigado!

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  3. Penso que a atitude é louvável, pelo facto, de gastar o dinheiro do Erário Público, i.e., dos contribuintes, com presentes, para pessoas que, ainda por cima, já são devidamente pagas pelo Estado, através de remuneração. E mesmo que assim não fôsse ...

    Contudo, a justificação do acto não me satisfaz.

    Chamar "corrupção", à oferta de canetas, chapéus de chuva e presentes de 40 euros, francamente, acho um exagero, e um bocadinho ridículo, não é ?

    Mas aplaudo o gesto.

    Já agora deviam ser devolvidos os objectos recebidos nos últimos 10 anos.:-))))

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  4. Não se se será o melhor sítio, mas como a Arquitecta faz parte desse bando que está no pelouro, posso indagar porque razão foram despender de uma soma avultada a comprar aquela bonecada para os Senhores Agentes andarem "mais rápido"?! Então e o saneamento?! Qual é a mania de "modernizar" o que não existe?
    Será que sou o único a achar que 75.000,00 € podiam ter sido mais bem investidos (como na formação DOS AGENTES!) ao invés dessa brincadeira?!

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  5. Irmãozz, atrabexamos a época natalíxia e, cumo tal, manda a tradixão que se fáxão ofertaz.
    A meu ber a xô Dona Lena Rezeta, foi ingrata, porque renunxiou a oferta, foi deslumbrada, porque desdenhou do balor da oferta e no final, num xe xabe se por prosápia, botou a boca no trumbone e badalou a notíxia aoz sete bentos.
    Irmãos, num querendo fazer cumo xão Tomáz, tenho de manifeztar o meu dezagrado perante esta atitude, izto num xe faz. Xe num axaba bem, limitaxexe a declinar a oferta, xem magoar xentimentoz. Xabese lá xe a berdadeira intenção da oferta no balor de 40€, num xeria xomente de axinalar a quadra, cum uma lembránxa? Xe a oferta foxe de córenta mil éreos...ou de cótrecentos mil éreos, ixo xim, já era motibo para tomar uma atutide denunxiadora.

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  6. Cara Pèzinhos:

    Também julgo que os presentes não se justificam. Mas vinham sendo dados e recebidos há anos!...
    Uma devolução discreta, se os beneficiários assim o entendessem,faria todo o sentido.
    Mas os Vereadores de Lisboa o que pretenderam foi propaganda na comunicação social, pois não sabem viver sem ela. A isso tudo sacrificam, até regras de boa gestão de recursos humanos.
    Mas como vieram no jornal, acham que foi bom!...

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  7. Perfeitamente de acordo, Caro Pinho Cardão !
    A devolução teria tido outro mérito se fosse discreta.
    Porque deste modo é entendido como uma tentativa de protagonismo.
    A discrição falhou, no que respeita à respeitablidade inerente às entidades públicas envolvidas.

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  8. Há um certo número de pessoas que, de há já muitos anos a esta parte, têm vindo a habituar-se de tal modo ao ridículo, que até pensarão ser essa a forma habitual de viver das pessoas normais e decentes.

    Não sei - talvez não queira saber - se HR será dessas pessoas ou não, mas lá que parece - e não só por esta atitude pretensamente naif - lá isso!...

    Cumprimentos

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  9. Caro Ruvasa:
    Temos sempre saudades dos seus comentários!...
    Bom e Feliz Natal!...

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