Escreve Pedro Santana Lopes no post É demais, no seu blog, a propósito do caso do bebé de Anadia, que o ”Ministro da Saúde, quando confrontado com a perda da vida de uma criança, entendeu sorrir…”. E termina o post dizendo: ”…não estou a pedir, repito, para ser demitido. Estou a dizer que não podemos ter um Ministro da Saúde que, numa situação tão triste assim, tem uma tal risonha reacção”.
A política de saúde do Prof. Correia de Campos tem sido das políticas mais veementemente criticadas neste blog, apesar de ter nos seus autores alguns bons amigos, entre os quais eu me incluo. Criticamos a política, e eu por várias vezes a tenho criticado, não pondo nunca em causa as motivações e as intenções.
A argumentação política bate no fundo, quando se chega à ofensa pessoal, consubstanciada na acusação de o Ministro sorrir e ter uma reacção risonha perante tão trágico acontecimento. Como se o Ministro não tivesse sentimentos ou estes fossem exclusivo do Dr. Pedro Santana Lopes!...
Reprovo e não me conformo com esta maneira indigna de fazer política!...
A política de saúde do Prof. Correia de Campos tem sido das políticas mais veementemente criticadas neste blog, apesar de ter nos seus autores alguns bons amigos, entre os quais eu me incluo. Criticamos a política, e eu por várias vezes a tenho criticado, não pondo nunca em causa as motivações e as intenções.
A argumentação política bate no fundo, quando se chega à ofensa pessoal, consubstanciada na acusação de o Ministro sorrir e ter uma reacção risonha perante tão trágico acontecimento. Como se o Ministro não tivesse sentimentos ou estes fossem exclusivo do Dr. Pedro Santana Lopes!...
Reprovo e não me conformo com esta maneira indigna de fazer política!...
Pois... e a "desculpa" que o Sr. Ministro apresentou afirmando não saber de tudo e endossar a pergunta para o director da ARS...? também lhe parece uma critica desajustada de Santana Lopes, caro Dr. PC?
ResponderEliminarCaro Bartolomeu:
ResponderEliminarSão coisas substancialmente diferentes. E eu nem critiquei a crítica à desculpa apresentada!...
Agora que parece moda dizer que o que falta é explicar, o ministro anda a fugir com o rabo à seringa na defesa daquilo que é a política de saúde que, em defesa dele, é a política de saúde certa para a política do território errada do país. E aquilo que falta dizer é que salvar estas crianças é caro, que havendo urgências na Anadia estavam a morrer noutro sítio qualquer e que, finalmente, chegou a hora de ser na Anadia que morrem.
ResponderEliminarSe fizessemos um referendo com a pergunta "A Anadia parece um bom sítio para deixarmos morrer os bébes ou escolhemos outro?" acho que a esmagadora maioria do país responderia que a Anadia é uma excelente escolha. E no fundo estamos a dar razão ao ministro. Só não percebo é porque é que a Anadia quer ser Portugal. A Anadia e tudo o que está para lá do Carregado.
Quanto ao Pedro Santana Lopes, pois, o ponto de interesse seria aquele que escrevi. Mas o Pedro Santana Lopes continua na ilusão que o ponto de interesse é aquilo que ele acha sobre os pontos de interesse. Como sai sempre uma interessante asneira por ele não entender o ponto, o ponto de interesse passa a ser o próprio Santana Lopes mas não no ponto que ele julga.
Senhor Pinho Crdão
ResponderEliminarnão conheço Santana Lopes razão suficiente para que não seja ou faça de seu advogado. Li e passe a forma como cada um se expressa me parece ter razão porque:
Correia de Campos é useiro e vezeiro de "saídas" ou "apartes" muito infelizes. É uso disseminado na clique governamental... de Campos Correia a Sócrates.Pesporrência.Aquele ar de aborrecimento, de enfado que, não têm que ter...quem não está bem, quem não se quer incomodar com essas minudência prepara a albarda e vai bugiar para outras latitudes. Alguém está lá por obrigação , não?!
Correia de Campos respondeu com um esgar- a imagem vale... - de acinte em relação a isto e mal-educado na forma como se diirigiu ao coitado do jornalista... ou acha que um ministro dizer retorquindo a uma questão do profissional:"... se a sua avózinha não tivesse morrido...".
Há uma pequena diferença me parece entre mim e qualquer deles - eu não sou ministro! que me parece ser também suficiente para exigir e não me ser exigido. Haja decência.
Um abraço
David Oliveira
Caro Tonibler:
ResponderEliminarInteressante análise essa do ponto de interesse!...
Caro David Oliveira:
O que o meu amigo diz não põe em causa o que eu referi.São coisas diferentes.
E a crítica primária de Santana só faz desviar as atenções do que é essencial.
Tenho algumas dúvidas quanto à adequação da expressão "indigna" utilizada por si, Dr. Pinho Cardão.
ResponderEliminarTalvez preferisse a expressão "inoportuna" ou até "inútil".
O que me choca no actual PSD, e no duo, Santana Lopes e Menezes, é a predisposição de ambos, como representantes do principal partido da Oposição - Uma Oposição tão necessária à nossa Democracia (agora e sempre) - de fazerem política de uma forma que quase parece esquizofrénica. Um é o secretário geral, o outro é o porta-voz.
Não me parece a "receita ideal", para persuadir o eleitorado a acreditar neste partido, como alternativa de poder, nas próximas eleições.
Bem pelo contrário ....:-(
Caro Dr. Pinho Cardão, retorno ao comentário deste post para e, na qualidade de seu amigo, que me considero, assim como dos demais, referir o seguinte: Concordo que não se dê mais importância ao domentário de Santana Lopes, para além daquilo que o mesmo representa, um comentário somente. Foque-se então a nossa atenção nas reformas que o ministro Correia de Campos tem operado na saúde e na objectividade das mesmas, assim como na atitude pública do Sr. ministro.
ResponderEliminarNaquilo que diz respeito às reformas e, a mais imediata no que respeita à assistência médica efectiva, mesmo nos casos em que as populações habitam locais mais distantes e recônditos, devemos admitir que as mesmas, após ser "afinado" e convenientemente equipado, o sistema que está a ser implementado apresenta-se mais eficaz. Isto, porque se verifica inclusivamente pelos testemunhos que se vão conhecendo que, se as ambulâncias do 112 são em número suficiente bem distribuídas e equipadas, tanto a nível de técnicos como de aparelhos de suporte de vida, aumentam as hipoteses de alguem, vítima de acidente, ou doença súbita, receber mais rápidamente o auxílio de que necessita, sendo em seguida encaminhado para o cerviço central competente. Ficam a faltar os serviços de assistência regular, para os casos menos graves, para cujo atendimento bastará o médico de família.
No que respeita à atitude do Sr. Ministro, deverá o caro Dr. PC que, mais valia o Dr. Correia de Campos, fazer como o Presidente do Dragão algum tempo atrás... boicote total à comunicação social. Afinal, aquilo de que os portugueses e portugal precisam efectivamente é que os detentores dos cargos os desempenhem com inteligência, eficácia e humildade... se possível.
Olá, olá! :))
ResponderEliminarEstavam todos à minha espera, não é verdade??? Para ver se eu animava aqui as hostes :)))
Está bem. Com todo o devido respeito pelos intervenientes, eu também não estou de acordo com os termos utilizados por PSL. Por muito que possa eventualmente criticar a política de reestruturação do SNS, não me parece que o Ministro da Saúde tivesse um ar risonho porque tivesse achado uma graça bestial à situação ocorrida. É a cara dele, vai-se fazer o quê? Também é verdade que devia ter dito, simplesmente, que a situação seria investigada e remeter comentários e conclusões para uma fase posterior, mas pronto isso é outra coisa.
De resto é assim, eu posso utilizar as expressões que muito bem entender no meu blog. Sou anónimo e não me apetece fazer coisas sérias. Apetece-me criticar a brincar, usar uma linguagem vulgar e ser acessível. Não sinto necessidade de me afirmar através de textos elaborados, nem sequer estou para isso (basta-me ter de fazê-lo quando estou a trabalhar porque é isso que esperam de mim), mas tal como disse, sou anónimo. Quando se é conhecido e quando se detém cargos políticos a conversa é outra. É um trabalho e trabalho é trabalho.
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarBoicote à comunicação social? O meu amigo é um optimista!...
Mas se a principal actividade de quase todos os Ministros é falar à comunicação social, a par de discursarem por todo o país, ficaria sem qualquer conteúdo relevante a sua função!...
Caro Anthrax, nem o conheço, agora deu-lhe para o sério!...
Mas sempre oportuno, sério ou a rir!...
Concordo com o Pinho Cardão, uma coisa era PSL comentar a situação outra é aproveitar para comentar os gestos ou as expressões do ministro. Ele estava a julgar a pessoa ou a comentar um facto político que o preocupava? é esta confusão permanente que transforma a política num monte de picardias em vez de ser um debate digno, para pegar na expressão do caro Pinho Cardão.
ResponderEliminarCara Suzana, estou em desacordo.
ResponderEliminarSe alguma falta de dignidade houve, foi justamente o sorriso (que eu não vi a imagem) do ministro.
Um ministro é um ministro.
Fala para milhões de portugueses a quem deve uma justificação.
Partindo logo do princípio que foi eleito por eles.
Não era caso para risos ou sorrisos.
Antes pelo contrário, tratava-se da perda de vida de uma criança.
O ministro Correia de Campos que vá sorrir para o raio que o parta !!!
Se há coisa que me choca na Assembleia da República é ver, em certas circunstâncias, deputados a rir à gargalhada e a usar certas ironias muito a despropósito, diga-se. A AR não é o estúdio de um qq canal televisivo. É o espaço nacional onde se decide o destino do nosso país, e portanto, a vida de todos os portugueses.
Um pouco mais de respeito, por favor ... (como diz o outro)
Há tiques na forma de ser-se político que se deveriam perder, em Portugal.
Gostei muito qd PSL, deu o murro na mesa da SIC, aquando da sua entrevista no momento em que chegava José Mourinho.
Outro exº:
Há pouco tempo o Ministro Jaime Silva respondeu para os pescadores no norte do país, de uma forma, digna de uma demissão naquele exacto momento.
É um pequeno nada, aquele a que se refere PSL, mas também é dos pequenos (GRANDES) nadas de que é feita a política e a vida.
Vou ser muito sincera:
- O comentário de PSL pode ser tudo, mas indigno não é.
Agora que se queira "atacar" PSL isso já é outra coisa.
Caro Dr. PC,
ResponderEliminarEstava a sério :)
... de vez enquando, acontece.
É contagiante o desprezo que a identificação de um ponto fraco de um Ministro oferece; É estimulante da “conversa de café”,os deslizes eventualmente ridículos ou menos próprio de um Ministro;
ResponderEliminarÉ fácil comentar negativamente o estilo dos que assumem responsabilidade e obter aplausos dos que nunca as assumiram;
PSL nasceu com o dom da pequena intriga, resposta e contra resposta, apelos ao sentimento. Para se governar um país é preciso muito mais. Não será contagiante, estimulante, nem fácil.
Estas críticas da forma de expressão, de que é exemplo o sorriso no Ministro, revelam falta de conhecimento das matérias e arrogância no sentido de pensar que os bons sentimentos estão apenas do lado dos críticos.
Só não entendo porquê tendência para tanta superficialidade.
Caro Pèzinhos:
ResponderEliminarPois cada qual terá a sua opinião, e a minha ficou bem expressa. Neste caso, não estamos de acordo. Será a excepção para confirmar a regra.
Riso é sinal de satisfação, de alegria, de boa disposição. Acha alguém que o Ministro ficou satisfeito com a morte do bébé para sorrir? Pelos vistos, PSL achou, tanto assim que fez da imagem arma de arremesso político. E isto é reprovável!...
Quanto ao mais,louvo-me nos comentários da Suzana e do Agitador, com os quais concordo na íntegra.
Diz que a choca ver na Assembleia da República, em certas circunstâncias, deputados a rir à gargalhada. A mim também. Mas uma coisa é um acto continuado, outra uma expressão facial momentânea, ligada a pressão de acontecimentos e que nada significa.
Só se perdem as que caem ao chão, caro Pinho Cardão... Deixe lá isso que se não teve culpa nesta criança, teve noutra qualquer.
ResponderEliminarO Agitador vê claro, o ex-PM não tem cura. É uma montanha de superficialidade e tão previsível. Tem quase tudo para dar certo, mas não dá. Como é possível? O que se está passar no nosso país? Ainda vai a pior? Uma proposta: e se a malta começar a pensar noutra forma de agir?
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