segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Olhos maiores que a barriga

A nossa Câmara Municipal de Lisboa - esta e as que a antecederam - não consegue dar conta do
recado.
As ruas estão cheias de buracos.
Os passeios continuam uma lástima.
O arranjo dos espaços verdes deixa muito a desejar.
A limpeza dos espaços públicos está longe de qualquer padrão de qualidade.
Abundam as peças de mobiliário urbano que há muitos anos aguardam substituição ou reparação.
Alguns sinais de trânsito só servem para nos lembrar que estão ali esquecidos.
Com tanto trabalho que a nossa Câmara Municipal tem para fazer na cidade, porque é que anda tão preocupada com os terrenos do Porto de Lisboa?
Será para nos arranjar mais um daqueles casos emblemáticos que custam milhões e que só servem para provar que em matéria de espaço público a regra é o desmazelo e a degradação?

5 comentários:

  1. Ora aí está uma observação/constatação, sobre a qual já tenho reflectido bastante, caro Vitor Reis. Exemplo da preocupação que lhe fere o sentido crítico, é, por exemplo, o espaço jardinado (?)que se encontra no final da A1, início da 2ª circular. A zona que abranje desde o final da A1, até às imediações do desvio para o aeroporto, é no meu ponto de vista o cartão de boas-vindas, para todos aqueles que nos visitam, vindo de outras cidades e do estrangeiro. E aquilo que encontramos de um e outro lado da via, é uma degradação completa, mais à frente, encontramos um edifício camarário o Instituto Bromológico, se não estou a errar na designação, inserido num espaço jardinado, construído à pressa por alturas do mundial de futebol, se não estou em erro tambem. Tanto o edifício como o jardim, como as margens do final da A1 e do início da 2ª circular, apresentam-se constantemente a necessitar de limpeza e cuidados. Inclusivamente, sempre que ocorrem acidentes de viação, por lá ficam ad-eternum, a ornamentar o espaço, pedaços de para-choques, farois e candeeiros de iluminação derrubados. Apesar de no restante percurso da 2ª circular, não se verificar um cuidado muito maior, sempre vai dando para enganar a vista, o engraçado acontece quando chegamos ao final da 2ª circular, início da IC 19 e deparamos com as barreiras laterais, rusticamente ornamentadas por hortas. Se não assistisse, quando esporadicamente ali passo, aos hortelãos em dedicada actividade, até poderia imaginar tratar-se de um novo conceito paisagístico. Mas não aquilo ali é pura arte artesanal, que ainda tem a particular faculdade de alimentar famílias. Abençoados!
    Como estou certo que os serviços camarários conhecem a situação, espero que não se lembrem de um dia proibir a actividade, perdendo-se consequentemente a limpeza e beleza que aqueles laboriosos hortelãos conferem ao espaço.
    Se a mesma câmara pensasse em lhes aproveitar os dotes e lhes estendesse a actividade a outros espaços, é que andaria avisada, afinal este país tem tradição agrícula...

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  2. Caro Vitor,

    O resto da cidade já não proporciona nenhuma forma de retribuição informal e, por isso, não interessa para nada.

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  3. A propósito, reabriu finalmente o jardim de S. Pedro de Alcântara.
    Todos os canteiros de flores foram eliminados. Só ficaram as árvores, sem folhas nesta altura do ano.
    Será este um novo conceito de jardim? Sem flores?
    Se é, acho lamentável.
    Mas, como não sou especialista, gostaria de ouvir uma opinião abalizada.

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  4. Anónimo22:43

    Tens razão Vitor. A degradação do espaço público mete dó!

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  5. Porquê?

    Porque nesses terrenos é que dá para ganhar uns cobres pela "porta do cavalo".

    Assim vai o país.
    Mas o povo cego e ignorante deixa andar. Assim é que é bom.

    Abraço
    Tiago
    http://democraciaemportugal.blogspot.com

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