Sentíamos, sofríamos, incomodavam-nos os sucessivos episódios...
Os comentadores comentavam.
Os críticos criticavam.
Os tácticos calculavam.
Os "sucessores" ameaçavam...
Os genuínos Sociais Democratas (notáveis ou bases) demarcavam-se pelo afastamento e pela pseudo indiferença...
Tudo vale pelas Pessoas, os Países, os Partidos, as Famílias; são as Pessoas que destroem ou constroem, independentemente da solidez dum passado ou dum recém novo caminho.
Não sei o que vai seguir-se no PSD.
Mas sei que, como estávamos, o estiolamento era o próximo passo; sei eu e sabe toda a gente!
Que o nosso patriotismo obrigue, agora e já, a centrar esforços numa "lufada" de credibilidade dum partido que nunca esteve ausente das grandes reformas no Portugal pós Abril, dum partido que traçou uma matriz ideológica e demarcou um espaço político que só ele preencherá.
Haja coragem, haja autenticidade e pense-se "primeiro o País e depois o PSD"!
Mas rápido!
"(...)traçou uma matriz ideológica (...)"
ResponderEliminarCom todo o respeito, penso o contrário (muita gente pensa o contrário): O PSD não tem passado para a opinião pública a ideia de possuir uma matriz de governação política consistente. Designa-se social democrata mas afirma-se, frequentemente, liberal envergonhado.
E é dessa conflitualidade de posições que resulta a permanente instabilidade porque a ausência de de uma matriz de ideias congregadoras é colmatada pela agregação à volta de uma liderança forte. E esta, nem sempre aparece.
A opinião antecedente tornou-se quase "oficial". O PSD não tem ideologia, diz-se, e se a tem não é social-democrata mas liberal envergonhado.
ResponderEliminarTema para muitas mangas, que obrigaria a perceber-se o que é hoje a social-democracia e a fazer uma excursão sobre a praxis dos partidos do arco governativo.
Mas se bem se reparar, nos últimos trinta anos, as políticas que se aproximaram mais do ideário social-democrata, após o seu aggiornamento dos anos 70 do século passado, foram as de um governo chefiado por um lider do PSD: Cavaco Silva.
Não precisou meter, como outros, a ideologia na gaveta, nem afirmar-se de esquerda ou de direita no discurso. Conjugou os princípios da liberdade de iniciativa, com preocupações redistributivas do rendimento, reforçando as vertentes de apoio social.
Se bem se pensar, foi precisamente nesta altura que o PSD se sentiu melhor consigo próprio. Justamente porque foi fiel ao seu código genético de partido interclassista e profundamente radicado em valores tradicionais.
Mas estou de acordo que essas referências se foram perdendo à medida que se foi afirmando uma excessiva pessoalização, ambições individuais que não olham a meios para singrarem e a busca permanente pelo que é politicamente conveniente, desprezando o que é politicamente devido.
Estou de acordo com a Dr.a Clara Carneiro. Era importante que o PSD voltasse a pensar, primeiro, no País antes de pensar nele próprio. Mas já não era mau de todo se no PSD os dirigentes deixassem, para já, de pensar primeiro neles próprios e passassem a pensar no que é decisivo para a sobrevivência do PSD...
Ora nem mais, caroFerreira de Almeida. Concordo com tudo o que disse!...
ResponderEliminarOra cá vai a minha contribuição (dura) para a renovação do PSD:
ResponderEliminarE que tal fazer uso dessa enorme virtude que é ser pragmático? Alguém é contra a melhoria de vida das populações? O que é que isso tem de mal enquanto ideologia? É preciso desfilar 32 páginas de palavras ôcas e verbos no infinitivo para formar uma matriz ideológica ou basta assumir que em casa instante se fará aquilo que seja o melhor para o máximo de pessoas no máximo de tempo?
Não há nada de pior neste mundo que ideologia e, se pensarem bem, ideologia só serviu dois fins - morte e fome - e toda a ausência de ideologia levou à melhoria de vida. Pensem em ter gente de jeito, honesta e trabalhadora, em vez de gentinha vaidosa e sem préstimo e vão ver que as coisas acontecem.
Pois foi isso a que o meu Amigo chama de pragmatismo que conduziu o PSD até aqui, meu caro Tonibler.
ResponderEliminarA ausência de ideais, diferenciados, que permitem confrontar modelos de sociedade cria uma nova União Nacional. Ou, o que é pior mas retrata o que se tem vivido em Portugal, escolhe-se o governo não porque se adere a um projecto, mas porque a pessoa que se candidato parece melhor que a que se apresenta pelo partido concorrente.
É verdade que melhorar a qualidade de vida das populações é um bom programa. Creio que nesse, alinhamos todos. Só que, para que o resultado seja de facto o que o programa anuncia, as minhas ideias são muito diferentes da dos meus amigos comunistas ou bloquistas.
Ausência de ideário - salvo o ideário do deficite que tudo justifica - é ausência, afinal, da política que se faz da salutar dialéctica, do confronto de visões de um mundo, ele mesmo plural.
Não me parece, caro JMFA. Quem conduziu o PSD até aqui foi o conjunto das ideias e manias de cada um dos militantes PSD e, agora com directas, mais que nunca.
ResponderEliminarIdeologia é pacote e é negativo. Significa que fará coisas erradas apenas por fazerem sentido dentro do pacote, sendo que um país reage de forma diferente em cada instante e em cada conjuntura. Só por isto, ideologia está errada quase por definição.
O que está errado no seu raciocínio, caro JMFA, é o pressuposto de que o partido terá que existir, com pacote ou sem. O existir sem pacote leva a uma União Nacional. Mas tem que existir?? Porquê?
Não meu caro Tonibler, não pressuponho a sobrevivência do PSD a qualquer preço. Pelo contrario. Digo-lhe mais. Se nesta coisa da liderança se procura um pragmático caudilho que se afirme pela habilidade das tacticas e não pelos principios e ideias, então nada se perderá se desaparecer. Felizmente para o PSD há gente que já o percebeu.
ResponderEliminarPelos princípios, pelos princípios, e aí concordamos caro JMFA, que é disso que as boas pessoas são feitas. Se isso corresponde a um partido ou não, é secundário.
ResponderEliminar