terça-feira, 13 de maio de 2008

Que droga!...

É dito que o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência luta contra o flagelo. Em Novembro de 2006, publicou o seu Relatório, que se revelou um verdadeiro programa de marketing aplicado em prol da difusão e do consumo da droga.
Em bom marketing, proclama a acessibilidade do preço, vincando a sua baixa generalizada, propiciando naturalmente a democratização do produto; em bom marketing ainda, vai avisando que o preço de algumas espécies, como a heroína, poderá subir, o que servirá para estimular, desde já e sem perda de tempo, a aquisição a grosso ou a retalho, como forma de prevenção e de poupança futura.O Relatório pormenoriza os mercados de rua, por produtos e por países, apresentando mesmo uma tabela com o preço por unidade de referência do haxixe, da heroína, da cocaína, do ecstasy e do LSD, em diversos países da Europa, incluindo os preços em países como Portugal, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Portugal é o país da Europa onde a cannabis é mais barata. Cada grama de haxixe custa 2,3 euros e cada grama de erva 2,7 euros, quando a média dos restantes Estados varia dos cinco aos dez euros, e na Noruega ascende mesmo aos 12. Face aos preços, fica a feito o convite ao abastecimento em Portugal, o que potenciará este país como um entreposto e plataforma do comércio da especialidade, atraindo investimento acrescido. Estudo razoável para as autoridades; publicado, excelente trabalho de promoção.
Muitos dos mais aguerridos na condenação da droga são os que pedem a sua liberalização. Mas liberalização provoca maior oferta, pelo acesso mais fácil, pelos preços acessíveis e pela inexistência de constrangimentos à procura. Logo, um mercado mais vasto, mais negócio para os senhores da droga. Paradoxalmente, é de bom tom combater a droga, promovendo a sua expansão.
O Instituto da Droga e da Toxicodependência visa lutar contra a droga. Como ontem referi, publicou um “dicionário do calão” para jovens a partir dos 11 anos, em que a droga é apresentada em termos entusiásticos, como “cativante e vaporosa” ou como de sedução e atracção irresistíveis e são descritos processos de a obter “pedrinha branca, pronta a snifar”. Ao mesmo tempo, qualquer não consumidor é definido como “conservador, desprezível e desinteressante”.
Exemplos, apenas, entre muitos, mas suficientes para evidenciar como, objectivamente, algumas Instituições oficiais fazem a propaganda do que dizem combater.
Os senhores da droga agradecem comovidamente tal fervor combatente!...

20 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão,

    Há muito tempo que coloquei a mim próprio esta questão: porque razão está tão facilitado o comércio da droga?

    Dito de outro modo, parece-me (mas provavelmente estou redondamente enganado) que se houvesse uma intenção séria e global para reduzir o consumo de drogas esse objectivo poderia ser conseguido com relativa facilidade.

    A minha presunção, admito-o, decorre de, felizmente, não ter tido até agora o azar de lidar directamente com o flagelo.

    De qualquer modo, há muito tempo já que me coloquei e alguns amigos meus esta outra questão: E se, de repente, acabasse a droga?

    Dito de outro modo, Caro Pinho: Se tivesses nas tuas mãos uma varinha de condão que, brandindo-a, cessaria imediatamente a produção de droga (e, portanto o seu consumo) brandias a varinha ou não?

    Para teu governo na tomada de decisão transcrevo do Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 1999 (se tiveres números mais recentes tanto melhor):

    "O comércio ilegal de droga, em 1995, foi estimado em 400 biliões de dólares, cerca de 8% do comércio mundial, mais do que a parcela de ferro e aço ou de veículos motorizados e aproximadamente o mesmo que a dos têxteis (7,5%) e do gás e petróleo (8,6%).

    Raymond W. Barker em Capitalism´s Achilles Heel - Dirty Money and How to Renew the Free Market System escreve "(...) all the global efforts made to combat drugs, the weakest link is our feeble anti-money laundering efforts. Basically, drug kingpins know that, once the sale is made, the cash is easy to move and legitimize."

    O número de toneladas confiscadas em todo o mundo representa, ainda segundo este autor, apenas 0,1% dos valores totais envolvidos.

    Mais adiante:"(...)The war on terror cannot be won without wawing an equal war on drugs, and the war on drugs cannot be won without wawing an equal war on drug money"

    Ora, meu caro Amigo, o problema está no facto de a lavagem de dinheiro (seja ele procedente de tráfico de dogas, de armas, de pessoas, etc.) utilizar os mesmos caminhos da evasão fiscal. E aqui é que a porca torce o rabo. Se vais atrás do rasto do dinheiro canalizado para uma quadrilha terrorista arriscas-te a encontrar pelo caminho capitais fugidos ao fisco, geralmente pertencente a pessoas consideradas muito idóneas, filantrópicas até.

    Chegado aqui, volto a perguntar: Então o que fazes com a varinha? Abanas ou não abanas?

    Não te esqueças que se a agitas deitas abaixo 8% (ou mais) do comércio mundial de um instante para o outro.

    Pergunta cínica, não é? Pois é.

    Ao pé de tudo isto estes tipos do IDT são uns aprendizes de feiticeiro. Acho eu. E tu?

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  2. Pessoalmente, sou a favor do comércio e do consumo de Droga e acho ainda, que o Sr. Ministro das finanças devia tomar medidas para liberalizar essas trocas comerciais (e já agora, também devia liberalizar a prostituição porque isto das moças andarem a vender serviços sem passarem facturas não está com nada e é muito dinheirinho que se perde).

    Também sou a favor da liberalização do consumo da droga (leve e pesada). Sim, porque isto de trabalhar em Portugal já só lá vai com recurso ao consumo de substâncias que alterem, significativamente, o estado de consciência. Bem... também podemos optar pelo consumo de alcóol e assim promovíamos a indústria dos vinhos Portugueses... Ah, não pode ser! O alcóol faz mal ao fígado.

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  3. Caro Rui:
    Talvez, talvez, no dicionáriojá ensinam alquimia!...
    Na melhor das hipóteses...claro está!...

    Caro Anthrax:
    Pois é...o malandro do fígado!...
    Assim como assim, como a mente já pouca serventia tem, pois que se consuma livremente toda a droga que aparecer!...
    E logo desde pequenino, para adquirir bons hábitos...

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  4. Caro Pinho Cardão,

    Fui verificar a substância do seu post fazendo uma visita ao idt:

    http://www.idt.pt

    O que o IDT tenta fazer é informar quem o lê de modo a depois decidir em conformidade.

    A decisão final será sempre do jovem.

    O Pinho Cardão com o seu post parece preferir a ignorância... Será um reflexo freudiano do apito dourado?

    Cumprimentos,
    Paulo

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  5. Fugiste à pergunta António!

    Abanas ou não abanas?

    PS(D) - Acho interessante este último comentário do Paulo: O IDT informa e cada um decide em conformidade. Parece, portanto, que o IDT não é um Instituto de Combate à Droga e à Toxidependência mas um órgão de informação especializado na matéria. Segundo Paulo, e o IDT, pelos vistos.

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  6. Algo mais simples meu caro Rui Fonseca, o IDT pensa que uma boa informação é o melhor combate à droga.

    Não é isso que o Rui fará com a sua descendência? Ou pensa que vai estar ao lado dela quando lhes for feita a primeira abordagem?

    Como pai achei a informação útil...

    Cumprimentos,
    Paulo
    PS: O Rui Fonseca leu?

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  7. Espero que as "más companhias" tenham acesso facilitado a esse documento tão informativo e bem intencionado. É que são sempre elas as culpadas por todos os desvarios não é? Já o próprio é sempre uma vítima inocente, que não sabia onde se estava a meter (faltou-lhe obviamente uma leitura atempada e atenta do acima mencionado).
    O romantismo experimental continua a fazer escola neste triste país. Que droga!

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  8. Caro Paulo:
    Não posso concordar consigo. De forma nenhuma.
    Informar não é o que o IDT fez; o IDT, através da adjectivação e da qualificação cria apetência para a curiosidade de experimentar. Quando qualifica a substância de “cativante e vaporosa” ou como de "sedução e atracção irresistíveis" não está a convidar à experiência? E logo a miúdos a partir dos 11 anos, ávidos por tudo o que lhes pode dar sensações novas?
    E quando qualifica de "betinho" quem nunca experimentou, não está a induzir ao consumo?
    Meu caro Paulo, neste aspecto o IDT comportou-se como o Instituto de Promoção da Droga e da Toxicodependência.
    Com o alto patrocínio, que não é de admirar do M.Educação.
    E deixando de apoiar iniciativas como a da Câmara do Porto de tirar toxicodependentes da rua, porque o dinheiro não dá para tudo.
    E, por fim, caro Paulo, acho que foi de gosto no mínimo discutível misturar o fait divers do apito dourado com uma coisa realmente séria, o problema da propaganda objectiva da droga.Tenha paciência. Têm alguma coisa a ver?
    Pena é que nenhum governante tenha é sacado de um apito bem vermelho para expulsar os infractores do IDT.
    E continuo na minha: com textos destes, é dinheiro em caixa para os barões da droga.

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  9. Caro Pinho Cardão,

    Apesar de o meu post ser deliberadamente apimentado não tinha como objectivo irritá-lo. Parece-me que isso se passou e aqui ficam as minhas desculpas. Terçamos armas, mas sem golpes!

    Agora vamos então à sua tese de que o IDT é irresponsável. Devo dizer que voltei ao dito cujo à procura das suas palavras. O site infanto-juvenil onde se encontram é

    http://www.tu-alinhas.pt/

    Facilmente chegamos ao link dos dicionários e, em particular, do dicionário do calão.

    1) O Pinho Cardão cita entradas fora do contexto. Em particular as entradas

    "Bolha --
    O aquecimento da heroína transforma o pó em líquido cujo fumo será inalado. "olha a bolha" expressão irónica reveladora do fascínio que o brilho dessa bolha exerce junto dos heroinómanos, sedução e atracção "irresistíveis". "

    "Betinho --
    Aquele que não se droga. Conservador e desinteressante."

    É o calão usado no mundo da droga. Onde é que isto incentiva o uso da droga?

    2) O site, que qualquer um pode consultar, apresenta muita informação de modo cativante para os jovens. O Pinho Cardão prefere que estes sejam mantidos na ignorância? O que propõe? O que faria melhor?

    Meu caro, estamos a discutir um site que de modo nenhum incentiva ao consumo de droga. Argumento que ao "bater no ceguinho" de modo descontextualizado não prestou nenhum serviço ao combate à droga que todos defendemos. Mais argumento que criticou uma boa iniciativa, não dando valor ao que de bom se faz.

    Fico pois à espera de argumentos que substanciem o seu caso, tendo como base o site supramencionado.

    Cumprimentos,
    Paulo
    PS: A primeira vez que ouvi falar do IDT foi por intermédio do post do nosso amigo Pinho Cardão. Obrigado meu caro! por me apontar mais um caso em que os meus impostos são bem gastos...

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  10. Caro Paulo
    E se o IDT mostrasse aos jovens as consequências reais dos efeitos da droga?
    Se mostrasse os "arrumadores" de carros no seu antes e no depois?
    Se mostrasse o que aconteceu a tantos bétinhos?
    Se mostrasse os efeitos da droga sobre as famílias dos drogados?
    Se mostrasse os casos absolutamente degradantes de adolescentes que se destruíram e destruíram toda a família?
    Uma praga só pode ser combatida com insecticida, não vai lá com perfume!

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  11. Cara Maria Fernanda:
    Tirou-me as palavras da boca para responder ao Paulo!...

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  12. Anónimo12:49

    Maria Fernanda, Abençoada seja pelo que escreveu.

    Eu queria comentar este post e os comentários do Paulo mas não conseguia encontrar as palavras para o fazer dado que tudo o que me vinha à cabeça era demasiado forte para ser escrito aqui. Não imagina o alívio e a paz que me trouxe ao escrever o que escreveu e como escreveu.

    Não posso, senão, aplaudir de pé! BRAVO! BRAVO!

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  13. Cara Maria Fernanda e Pinho Cardão,

    O combate à droga tem várias frentes, na juventude o site é uma delas. O site combate a droga. Por exemplo em:

    http://www.tu-alinhas.pt/InfantoJuvenil/displayconteudo.do2?numero=18797

    tem lugar um diálogo bem argumentado que ensina um jovem a dizer não. É isso que se quer -- um jovem bem informado capaz de argumentar com os amigos porque razão que não vai fumar um charro em vilar de mouros ou tomar ecstasy na discoteca. Porque, meus caros, quando a situação tiver lugar os paizinhos não estarão por perto. Nesse momento é a argumentação madura (que o site tenta dar) que lhes permitirá dizer não e salvar a face no grupinho de amiguinhos...

    Os meus caros amigos sugerem que se ponham imagens de choque no site. Acham que algum jovem vai ouvir adultos com indicador em riste enquanto viaja na rede? Ou não será mais razoavel discutir a situação e informar como faz o tal site?

    O site é atractivo? Mas não é esse o objectivo? Atrair os jovens, para lerem, discutirem e assim estarem mais maduros quando decidirem. Ou os meus amigos acham que educar um jovem não é antes de mais ensiná-lo a tomar decisões ao longo da vida?

    Aguardando uma argumentação mais sólida...

    Cumprimentos,
    Paulo

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  14. Caro Paulo
    O modo como tem sido conduzido o combate à tóxico-dependência tem obtido resultados positivos?
    O Dr. Goulão tem tido "rédea solta" de todos os governos para gerir a questão e os resultados estão à vista.
    As "imagens chocantes" podem ser atractivas e a prová-lo está a publicidade da Benneton, que tem feito disso bandeira.
    Pode igualmente esclarecer-se sem que esse esclarecimento seja aliciante.
    O que não está certo é o modo como se utilizam expressões depreciativas para o fazer. Quantos jovens serão levados ao consumo para não serem bétinhos?
    A utilização de "ídolos de futebol" que destruíram as carreiras com a droga, não poderia ser apresentada?
    Costuma dizer-se que «há muitas maneiras de matar pulgas» e este é um dos melhores exemplos.
    Graças a Deus nunca tive problemas com as minhas filhas, mas vi o que aconteceu à casa da minha irmã e sei que não foi sem um sofrimento brutal que conseguiram afastar a filha do caminho degradante para onde foi atirada pela “droga”, não foi com “paninhos quentes” e pode crer que estava bem esclarecida.
    O que o Dr. Goulão tem proposto, desde as “casas de chuto”, à substituição de uma droga por outra não nos levará a bom caminho!

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  15. Quanta mais droga e drogados houver mais lugares no Estado para combater a "doença" existirão... e "empresas" ui, ui a participar...
    O que me chateia é que o Estado promove a irresponsabilidade e depois "saca-me" os impostos para a pagar.
    O combate á droga tem que ser feita com medidas duras e logo desde o inicio.O que só é possível com a criminalização dos consumos, que o nosso 1º em tempos Gutérricos, descriminalizou.Donde derivariam os "tratamentos" obrigatórios e musculados.
    Mas se o governo impede que "loucos" sejam internados porque haveria de se chatear com os drogados?É o salve-se quem puder, e em nome da liberdade mas depois alguém paga...em insegurança de pessoas e bens e nos custos acrescidos em matéria de saúde pública, de justiça e atracção de traficantes...

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  16. Li, li, esse texto lapidar...agora além de cócó e careta sou um ser desprezível. Pois.

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  17. Anónimo16:43

    Caro Paulo, perante aquela bonecada absurda do site o jovem não vai ter que se preocupar em pensar se dirá sim, se dirá não. Já sabe de antemão que dirá sim por saber, precisamente, que quem diz que não é mimago com alguns epítetos nada simpáticos quando se está na adolescência. Aquela altura em que os jovens querem integrar-se, ser bem vistos pelos seus pares, enfim, fazer parte do grupo.

    Cada vez mais a nossa juventude está totalmente entregue à sua sorte. É a educação, é a ausência de referencias, agora mais esta. Vamos por bom caminho!

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  18. Meus caros amigos,

    Tenho estado a assistir a esta troca interessante de argumentos, de um lado e de outro, sempre intercalando com alguma parvoíce da minha parte porque também é preciso rir e sempre com a consciência de que o mundo não pára, seja qual for a via pela qual se opte.

    Todavia, devo recordar-vos que quando se debate a questão da droga a balança pende sempre para o lado das consequências desastrosas do seu consumo e é muito pouco frequente debaterem-se as questões relacionadas com a sua produção. Por isso, não posso deixar de vos alertar para as primeiras palavras do Rui Fonseca sobre o peso que este comércio tem em termos mundiais.

    Há, efectivamente, países que dependem deste comércio e eu não estou a ver ninguém, daqui, ir dizer - por exemplo - a um Peruano que não pode plantar folhas de coca quando ele e os seus antepassados sempre fizeram isso e é o seu modo de vida.

    Quem é que vocês acham que controla(va) as plantações de papoilas no Afeganistão? Porque é que vocês acham que, meia volta, há um barraco ou outro que lá vai pelos ares? Como é que vocês explicam a populações, absolutamente miseráveis, que sempre viveram daquilo, que vão ter de arranjar outro modo de sustento porque aquele está a destruir a vida do A, do B ou do C num país que eles não sabem que existe, nem nunca ouviram falar? Coloquem-se na pele de uma pessoa dessas e pensem no que é que responderiam a alguém que vos viesse com essa conversa.

    Eu não vou aqui defender nem um lado, nem outro, mas achei que devia introduzir outra perspectiva que quando se fala do combate à Droga deve ser tida em conta.

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  19. Caro Anthrax:
    E, por cá, colocamo-nos objectivamente como parceiros dos produtores, fazendo-lhes o marketing da produção, qualificando-a com “cativante e vaporosa” ou como de sedução e atracção irresistíveis!...
    Fecha assim deste modo brilhante o círculo do comércio quem o devia combater!...
    Os produtores agradecem!...

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  20. Caro Anthrax
    A solução é simples:
    Os nossos agricultores vão lá explicar-lhes, porque graças às "políticas agricolas comuns" até parecem umas "baratas tontas" a cultivar só aquilo que a UE manda!
    Hoje "fazes" milho!
    Amanhã "fazes" vacas!
    Hoje "fazes" trigo!
    Amanhã "fazes" tabaco!
    E depois ainda são apodados de subsídio-dependentes!

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