Os eleitores do PSD têm amanhã a faculdade de escolher entre quatro candidatos: o candidato da matriz social democrata, Manuela Ferreira Leite; o candidato da matriz liberal, Pedro Passos Coelho; o candidato de matriz populista, Pedro Santana Lopes; e o candidato de matriz tecnocrata, Patinha Antão.
Por mim, desde o início que escolhi Manuela Ferreira Leite. Não concordo com aspectos do seu programa, nomeadamente sobre a questão fiscal. É algo que coloco no passivo da candidatura. Mas os outros candidatos têm um passivo maior. E Manuela Ferreira Leite tem um enorme activo, a sua experiência, credibilidade, peso profissional e político. A sua Situação Líquida é incomparavelmente maior.
Estou de acordo com muitas das propostas de Pedro Passos Coelho, que teve a ousadia de colocar o liberalismo na discussão pública. Esse é o seu grande activo. Mas as boas ideias para se concretizarem precisam de um veículo que PPC ainda não é. Oxalá possa vir a sê-lo, já que a experiência liberal faz todo o sentido e muita falta em Portugal.
No fim, também creio que MFLeite vai ganhar. Porque os eleitores do PSD a conhecem, porque sentem que é um valor seguro, porque a situação económica intenacional e do país exigem firmeza e rumo certo.
E Pedro Passos Coelho, não ganhando agora, poderá estar a ganhar o futuro. As ideias estão geralmente certas. Carece de demonstração de maturidade, capacidade profissional e peso político. Um bem a valorizar no mercado de futuros!...
Por mim, desde o início que escolhi Manuela Ferreira Leite. Não concordo com aspectos do seu programa, nomeadamente sobre a questão fiscal. É algo que coloco no passivo da candidatura. Mas os outros candidatos têm um passivo maior. E Manuela Ferreira Leite tem um enorme activo, a sua experiência, credibilidade, peso profissional e político. A sua Situação Líquida é incomparavelmente maior.
Estou de acordo com muitas das propostas de Pedro Passos Coelho, que teve a ousadia de colocar o liberalismo na discussão pública. Esse é o seu grande activo. Mas as boas ideias para se concretizarem precisam de um veículo que PPC ainda não é. Oxalá possa vir a sê-lo, já que a experiência liberal faz todo o sentido e muita falta em Portugal.
No fim, também creio que MFLeite vai ganhar. Porque os eleitores do PSD a conhecem, porque sentem que é um valor seguro, porque a situação económica intenacional e do país exigem firmeza e rumo certo.
E Pedro Passos Coelho, não ganhando agora, poderá estar a ganhar o futuro. As ideias estão geralmente certas. Carece de demonstração de maturidade, capacidade profissional e peso político. Um bem a valorizar no mercado de futuros!...
Meu caro, a opção MFL tem os seguintes problemas:
ResponderEliminar- política errada
- vai dividir o partido, criando um conflito de dimensões imprevisíveis com Santanistas/Menezistas
- vai perder com Sócrates em 2009, porque não é uma alternativa real
- vai provocar nova mudança de líder a curto prazo, logo que perca as eleições
- só serve as ambições de Rui Rio, que também é uma má escolha, para o pós-2009
- não traz nenhuma gente nova ao partido
- não conduz a uma "Política 2.0".
Saudações laranjas!
Caro Drº Pinho Cardão:
ResponderEliminarEstou consigo.
A meu ver a Dra. MFL é a candidata que mais garantias dá para as eleições de 2009 e, por isso, estou convencido que os eleitores a vão escolher amanhã a pensar no futuro.
Caro Pinho Cardão, um grande bem haja pelas suas opções e pelo que disse, tanto de Manuela Ferreira Leite como de Passos Coelho com que concordo, plenamente. Passos Coelho é efectivamente o futuro. Ainda lhe falta experiencia para ser o presente.
ResponderEliminarSobre Santana nada há a dizer. Demasiado gasto com tão ruim defunto, como usa dizer-se.
Agora, Pinho Cardão, gostava de lhe pedir que diga porque rejeita liminarmente Patinha Antão. Muito embora saiba que não tem hipoteses de ganhar, Patinha Antão é alguém que vejo com muito bons olhos. É, precisamente, um tecnocrata, alguém que se baseia em dados técnicos e decide. E isto é um grande activo que este candidato tem. O que o leva a reusar tão liminarmente esta candidatura à parte do facto de ser uma candidatura perdedora?
Escolheu MFL e escolheu muito bem!
ResponderEliminarDesculpe, mão o conheço, mas como 'não deverá nada a ninguém', di-lo além disso desassombradamente, que é outra virtude que escasseia e faz realmente falta no PSD (cada um pensar por si - se puder... - e não em função do baile das cadeiras e dos jobs.)
DAR A CARA, pois... Não é para todos. Basta olhar em volta...
Se MFL ganhar, ganha a decência, a ética política, o humanismo, a isenção, a responsabilidade, o cortar a direito, a sabedoria, o bom senso.
Tudo aquilo que o PSD precisa como de pão para a boca.
Senão não vale a pena :(:(
Ó Sodona Laura, mas não é o PSD que precisa de:
ResponderEliminar- "decência, ética política, humanismo, isenção, responsabilidade, cortar a direito, sabedoria, bom senso".
É o PAÍS (!!!), Sodona Laura !!!!
Desculpe-me sim, que eu sou um bocadinho emotiva.
Caro Dr. Pinho Cardão, hoje ouvi o Prof. Adelino Maltez na TSF, que disse o seguinte:
- "Há factores de Poder que já não são nacionais".
Qualquer que seja o candidato vencedor amanhã, e na eventualidade, de o PSD vir a ser Governo, é bom ter presente esta permissa.
Por outro lado, quero dizer-lhe que admiro a coragem da Dra. MFL, e sobretudo, a força que dia após dia, se pressente que vai ganhando.
Se ao conhecimento e à experiência, a Dra. MFL souber associar imaginação e criatividade, está no caminho certo.
Porque o SONHO, MFL já o tem.
Caro Dr.Pinho Cardão
ResponderEliminarNão sou apoiante da Dra.Manuela Ferreira Leite, por discordar do seu pensamento político, sobretudo no campo económico, mas também pela postura que evidencia quando não está no poder, bem como por alguns dos que alicerçam a sua candidatura.
Acho uma candidata credível, mas não acho que tenha mais credibilidade do que Santana Lopes, por exemplo. Instituiu-se que a primeira era a rainha da credibilidade e o último não era pessoa credível.
Passos Coelho poderá ter em 2009 a possibilidade de dirigir uma câmara municipal, de solidificar o seu discurso e as suas propostas e de fazer obra, vector fundamental para que exista a tal credibilidade de que fala.
O meu candidato, que espero que daqui a umas horas seja líder do PSD, Dr.Santana Lopes, sintetiza em grande medida o meu pensamento político e forma de estar na política, no que respeita à sua enorme disponibilidade e combatividade.
Não concordo que seja alguém que gosta de estar sempre no poder. Aliás permitiu a Marques Mendes uma liderança calma no que a ele diz respeito. Ele próprio e Menezes não podem dizer o mesmo de dois dos candidatos a estas eleições.
O episódio da Câmara de Lisboa foi lamentável e a compra ou aceitação de apoios de uma ou outra candidatura não me encaixam na cabeça.
Não acho que a vitória de Santana Lopes seja a debandada das elites. Mas espero, que no caso de isso não acontecer, não exista uma debandada das bases, nomeadamente o fim das directas e a escolha pelas bases dos seu candidatos a deputados e às camaras municipais.
Se vençer Passos Coelho, contará com a minha colaboração. Se vencer Manuela Ferreira Leite contará com o meu respeito e lealdade institucional. Se vençer Patinha Antão, contará com a minha colaboração e curiosidade na efectivação das suas propostas que me parecem globalmente acertadas. Se vencer Santana Lopes, contará com a minha ajuda e com todo o entusiasmo e motivação no combate ao engenheiro Sócrates em 2009.
Uma última nota, para parabenizar o 4R e os seus autores pela forma, frontal mas suficientemente distante com que trataram este assunto. Pela forma democrática como conviveram com as suas diferenças. Pela lição que continuam a dar na blogosfera.
Aqui, estão algumas pessoas que muito respeito e que apoiam outras candidaturas. Os exemplos, recorrentes, do Dr.Miguel Frasquilho um dos mais notáveis economistas do nosso país e referenciado positivamente em todas as candidaturas. A Dra.Suzana Toscano, que espero que compreenda a minha opção com a tolerância e espírito democrático que lhe conheço, quadro de inestimável valor dentro do PSD, por quem dei e voltaria a dar a cara no meu Concelho.
Mas também o Dr.David Justino, grande ministro da educação e o Dr.Pinho Cardão, claramente, no top-5 dos melhores blogers nacionais.
A todos, um muito obrigado. E que amanhã por esta hora estejamos todos empenhados no PSD e na sua vitória em 2009, quer se verifique que o futuro é agora, quer esta campanha tenha sido mesmo pelo Psd e por Portugal, ou, sobretudo, se os militantes votaram tendo em mente que o objectivo é Portugal.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarAcerca do tema de hoje escrevi nas minhas palavras cruzadas o que a seguir, se me permites, transcrevo:
AVÓ E POUCO CANDIDATA
Já tinha avisado: Se o neto nascesse por estes dias, ela abandonaria a campanha e voaria para Londres. E cumpriu. Cancelou o encerramento da campanha e, logo de manhã, embarcou para ver o neto.
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M Ferreira Leite foi empurrada para esta aventura tardia. Mas devia ter assumido plenamente a sua condição de avó acima de qualquer suspeita, e evitar esta situação estranha em candidatos a primeiro-ministro.
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Porque, definitivamente, M Ferreira Leite ou já jogou a toalha ao chão ou nunca quis sequer saber da toalha. Pressente-se que verá a sua eventual derrota amanhã com o maior alívio. Mas, se por razões a que se quis alheia, ganhar estas directas, pressente-se que não tem fôlego nem pachorra para aguentar a incumbência por muito tempo. Se não for antes, depois das legislativas de 2009, que o PSD muito provavelmente não ganhará, os sociais-democratas-liberais-personalistas-i-tutti-quanti estarão de novo em directas e congresso
Caro Pinho Cardão, francamente não sei onde o Pinho Cardão encontra a matriz social democrata em Ferreira Leite. Infelizmente para o PSD e para Portugal, perdeu-se uma oportunidade de renovar o partido com um candidato verdadeiramente social democrata.
ResponderEliminarMas penso que com Sá Carneiro, o PSD terá perdido o seu último notável de matriz social democrata. Ferreira Leite revela uma grande pobreza de cultura politica, histórica e ideológica, alias como qualquer um dos outros. Não se ouve em FL uma única palavra sobre a estratégia politica, sobre a economia politica dos nossos tempos, sobre as perspectivas do desenvolvimento do País e do mundo. FL contenta-se com o que está, como se a crise nacional caísse em nós por acaso, e apenas tem as mesmas receitas económicas que os mais duros neoliberais. A sua intervenção relativamente ao Serviço Nacional de Saúde é de uma infelicidade atroz.
É preciso acertar os passos com a história. E a história diz-nos que o modelo neoliberal, adaptado e perfilhado pela “globalização”, demonstra hoje, não responder aos anseios de progresso das sociedades. Não é possível deixar o “mercado” à solta, até porque hoje o mercado tal como se entendia há anos atrás já não existe, sendo substituído por oligarquias mundiais onde a competição económica se tornou inexistente ou demasiado débil (veja-se o caso presente da especulação dos preços dos combustíveis provocado pela especulação financeira das oligarquias mundiais).
O neoliberalismo e a divinização do mercado, tem os seus dias contados. É uma ideologia retrógada, embora tente convencer do contrário e procure sabiamente aparecer com um ar de inovação e “modernidade”.
Veja-se o excelente Post de Suzana Toscano, aqui no quartarepublica:
Uma Comissão criada em 2006 com o apoio do Banco Mundial, presidida pelo Prémio Nobel americano Michael Spencer, liberal ortodoxo, e composta por mais 20 personalidades de relevo mundial – Comissão sobre o Crescimento e Desenvolvimento – publicou um relatório que considera que é necessário um novo consenso para "tornar a mundialização menos selvagem", pondo em causa as políticas de desenvolvimento adoptadas no séc. XX na sequência do chamado “Consenso de Washington”. Este, elaborado pelo economista Jonh Williamson no fim dos anos 80, preconizou a redução dos défices, dos impostos e da despesa pública e a aceleração das privatizações e da desregulamentação.
Chegam agora à conclusão de que o Consenso de Washington “não teve em conta as consequências sociais das políticas que defendia, conduziu à insegurança económica e pôs as populações contra as reformas” consideradas necessárias no mundo global.O relatório da comissão é peremptório: “A ortodoxia tem limites e, se houvesse uma receita infalível, já a teríamos descoberto”. E qual é a principal constatação? Pois bem. É a de que “o crescimento indispensável para fazer recuar a pobreza e assegurar um desenvolvimento sustentado reclama um Estado forte”.E que entendem eles por um Estado forte? De facto, a associação entre o crescimento saudável e o papel do Estado deixa por uma vez o estribilho do apagamento a eito dos sectores públicos versus o sector privado, antes evidenciam que tem que haver um “planeamento a longo prazo que permita funcionários melhor pagos e uma administração “competente, credível e motivada”. Diz mesmo mais, diz que os “investimentos públicos em infraestruturas, educação e saúde, longe de impedir o investimento privado, o estimulam”.
Este relatório é um grande sinal de alarme e um toque de finados ao liberalismo economicista do fim do séc. XX. É que os povos querem é viver melhor, não estão muito interessados em saber quem é que segue de perto as teorias que estão mais em voga…
Meus caros,
ResponderEliminarAqui vão as minhas impressões sobre os candidatos, a minha atenção foi mais para Pedro Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite.
1) Patinha Antão: tecnocrata, não percebe o todo, só fala de economia e de medidas. Ora um primeiro-ministro não é um executivo espera-se visão global. Quando muito dará para ministro. Não apreciei a sua falta de educação nos debates.
2) Santana Lopes: está melhor que há uns anos atrás. Um político. Não me convence, não me pareceu credível.
3) Passos Coelho: problema de credibilidade. As suas prestações nos debates foram fracas não explicando quem paga a factura das suas propostas nem como um estado fraco como o português terá a força necessária para a implementação das suas ideias liberais. Tem um percurso que será escrutinado a seu tempo -- militante do PSD, curso na "universidade privada do PSD" e emprego na "finança do PSD", não tem "obra". Terá que mostrar que não é um "fantoche" de Ângelo Correia (seu "patrão" na Fomentinvest) e que já fez algo na vida por mérito próprio.
4) Manuela Ferreira Leite: explicou bem porque é que a sua situação no governo de Barroso era diferente da do Governo actual recuperando credibilidade. Discurso intelectualmente honesto. Visão social do país próxima do povo. Pareceu mais "classe média" que os outros candidatos. É uma mulher livre, não cederá a qualquer pressão, porá o interesse nacional acima de tudo o resto, condição essencial a um primeiro ministro.
Tem uma noção clara das prioridades na vida, pondo acima a condição de avó e mãe à de militante num qualquer arraial partidário. Esta parte humana e de razoabilidade é crítica num primeiro-ministro.
Senti empatia por Passos Coelho mas uma análise racional resfriou os ânimos e Ferreira Leite parece-me a melhor decisão.
Nenhum dos candidatos parece ter grande cultura nem ser genial. Mas o último PM culto que tivemos atascou o País...
Os meus cumprimentos,
Paulo
PS: O artigo de hoje de Miguel Frasquilho sobre a baixa do ISP não convence pois não parece que o preço dos combustíveis venha a baixar. Logo o argumento do anti-ciclo não cola pois não existe qualquer ciclo no preço dos combustíveis apenas um aumento.
PPS: Sobre as críticas à Avó eu já estou a ver que Passos Coelho, Santana Lopes ou outros não estariam ao lado das suas mulheres quando os seus filhos nascessem porque o arraial partidário estaria acima! O que foi cancelado foi um arraial partidário. Qualquer extrapolação não passa disso - uma extrapolação!
Para um partido que sempre contestou aquela dinâmica de "inglês técnico" do Sócrates, não deixava de ser ridículo que elegesse o Passos Coelho, que traz a mesma dinâmica do sector privado.
ResponderEliminarCaro Zuricher:
ResponderEliminarNão "recusei" Patinha Antão, que conheço há longos anos, e que apresentou muitas ideias correctas. Acontece que não tinha qualquer possibilidade de discutir a eleições. Porquê? Porque lhe faltava substracto mediático, face aos restantes candidatos. E, sem isso, quer se aceite ou não, não há vitórias, nestes tempos que correm.
Uma excelente ideia de um autor desconhecido não tem qualquer probabilidade de vingar. Uma péssima ideia de um autor mediático tem toda a probabilidade de ser vista como excelente.
Assim sendo, e por simplificação, acabei por comentar apenas as ideias ou a personalidade de dois candidatos, por sinal os que acabaram por ter mais votos.
Cara Laura:
Muito obrigado. De facto, sempre disse e referi o que pensava, em matéria política e nas outras.
E, quando aceitei ser Deputado, e fui-o durante três anos até ser "dissolvido", aceitei, porque tinha independência profissional e económica para poder exercer as funções sem constrangimentos para além daqueles que a consciência me ditasse. Em abono da verdade, posso afirmar que o PSD também nunca me tentou coagir no que quer que fosse.Honra lhe seja feita!...
Caro Tiago Mendonça:
Obrigado pelas suas palavras no que a mim me respeita. Elogio francamente imerecido...
Quanto ao que expressou, dou-lhe os meus parabéns pela forma correcta e sentida como o fez.
Acompanho-o totalmente na ideia de que, passada a euforia da vitória ou a tristeza da derrota, todos os sociais-democratas se devem unir, porque o PSD forte é absolutamente necessário a Portugal.
Caro Rui Fonseca:
Quanto a esses "ses", são tua opinião, e só o tempo poderá dizer se estás certo ou errado!...
Caro Ruy:
É a sua opinião e é respeitável.
Quanto ao artigo que citou e que a Drª Suzana comentou, olhe que estou de acordo com as conclusões, só com a prevenção de que se poderiam aplicar a qualquer teoria. Claro que quando não se têm em conta as consequências sociais das políticas que se defendem podem pôr-se em causa as populações contra as reformas”. E "a ortodoxia tem limites e, se houvesse uma receita infalível, já a teríamos descoberto”. Concordo. Aplica-se a tudo. Mas hei-de comentar em post este tema.