Ultimamente tenho lido assuntos muito interessantes sobre os polvos. Tudo leva a crer que são animais inteligentes, pelo menos dentro dos invertebrados, já que não há mais nenhum que se iguale. Evidências? Caso de Louis que não larga o seu brinquedo, num aquário do Sul da Inglaterra, e que se irrita se tentarem tirar-lho. Outro, na Nova Zelândia, aprendeu a abrir garrafas retirando do interior alimentos. Também são ciumentos, podendo inclusive matar os atrevidos que quiserem a sua companheira bem escondidinha por ele numa caverna. São espertos ao ponto de se disfarçarem de fêmeas para se aproximar delas e escolher a sua preferida. Verdadeiros mestres em disfarces!
Fico meio assarapantado com tantos trabalhos sobre este animal, focando a forma como aprendem, a personalidade e a memória. Agora surgiu um trabalho intitulado “Consciência do cefalópode: evidência comportamental”. Cérebros complexos, comportamentos únicos, capazes de aprendizagens extraordinárias, de espécies que se separaram de um antepassado comum há 700 milhões de anos!
Começo a ficar com alguns problemas de consciência perante tantas provas de “inteligência”. Porquê? Porque adoro polvo! Em miúdo, sempre que ouvia a peixeira ou o peixeiro anunciar a sua presença corria de imediato para ver o que estava na cesta ou na caixa cheia de gelo e coberta com um oleado. Não era para ver a sardinha, o carapau, a faneca ou a pescadita, mas sim ver se traziam polvos. Ficava de boca aberta quando via o animal. Provocava-me uma certa sensação de repulsa e de medo, sobretudo quando pegavam no “bicho” com tantos braços e com uns olhos esquisitos. Mas mesmo assim queria vê-lo. O que era curioso é que tendo sido uma criança como outra qualquer, um verdadeiro pisco que, para comer, comia de duas maneiras, tinha sempre apetite para arroz de polvo. Adorava o prato confeccionado pela minha avó. Assim que entrava na cozinha e cheirava a polvo já sabia que naquele dia não tinha que ouvir sermão nem levar palmadas! As pontinhas mais finas dos braços eram para mim e deliciava-me pescar as ventosas maiores espalhadas pelo arroz. Presumo que foi nesta altura que “oficializei” o polvo como o meu alimento preferido. Desde então, tenho comido polvo de todas as formas e feitios, arroz de povo malandrinho, cebolada de polvo, feijoada de polvo, polvo à lagareiro, polvo de fricassé, polvo frito, polvo no churrasco, filetes de polvo, polvo estufado, salada de polvo, eu sei lá que mais! É tiro e queda. Se o cardápio apresentar polvo, não preciso de ler mais nada. Claro que já tenho enfiado alguns barretes, mas, enfim, é a vida!
Mas o raio do polvo não se reduz apenas aos aspectos gastronómicos. Recordo de ter lido livrinhos de banda desenhada em que polvos monstruosos, feios, com olhares tenebrosos, atacavam os navios, destruindo-os, enquanto esmagavam os tripulantes com os fortes tentáculos. Curiosamente, não sentia nenhuma emoção face à tragédia dos aventureiros atacados por Krakens que tinham, na mitologia nórdica, a fama de destruirem navios que poluíam o mar (às tantas foi a poluição que os liquidou!). Pensava: - Como seria um arroz feito com um polvo destas dimensões?
Mesmo hoje, o polvo continua a ser alvo de atenções artísticas, muito diversificadas, com destaque para a literatura infantil, caso do simpático Polvo Coceguinhas ou dos menos simpáticos mafiosos que estiveram na base da interessante série “O Polvo”.
Agora, com tanta “inteligência”, espero não ser incomodado pelo “deus dos polvos”!
Parece que Aristóteles não tinha grande opinião sobre estes moluscos, considerando-os como “criaturas estúpidas”, porque “aproximam-se da mão humana assim que mergulha na água”.
Pois é! Hoje em dia, continuam a haver criaturas estúpidas, só que, muitas destas, deixam-se apanhar pelos tentáculos de “polvos”, realmente, muito inteligentes, que não têm qualquer dificuldade em os “papar”.
Cá por mim, polvo por polvo, prefiro antes uma saladita... E já ia!
Fico meio assarapantado com tantos trabalhos sobre este animal, focando a forma como aprendem, a personalidade e a memória. Agora surgiu um trabalho intitulado “Consciência do cefalópode: evidência comportamental”. Cérebros complexos, comportamentos únicos, capazes de aprendizagens extraordinárias, de espécies que se separaram de um antepassado comum há 700 milhões de anos!
Começo a ficar com alguns problemas de consciência perante tantas provas de “inteligência”. Porquê? Porque adoro polvo! Em miúdo, sempre que ouvia a peixeira ou o peixeiro anunciar a sua presença corria de imediato para ver o que estava na cesta ou na caixa cheia de gelo e coberta com um oleado. Não era para ver a sardinha, o carapau, a faneca ou a pescadita, mas sim ver se traziam polvos. Ficava de boca aberta quando via o animal. Provocava-me uma certa sensação de repulsa e de medo, sobretudo quando pegavam no “bicho” com tantos braços e com uns olhos esquisitos. Mas mesmo assim queria vê-lo. O que era curioso é que tendo sido uma criança como outra qualquer, um verdadeiro pisco que, para comer, comia de duas maneiras, tinha sempre apetite para arroz de polvo. Adorava o prato confeccionado pela minha avó. Assim que entrava na cozinha e cheirava a polvo já sabia que naquele dia não tinha que ouvir sermão nem levar palmadas! As pontinhas mais finas dos braços eram para mim e deliciava-me pescar as ventosas maiores espalhadas pelo arroz. Presumo que foi nesta altura que “oficializei” o polvo como o meu alimento preferido. Desde então, tenho comido polvo de todas as formas e feitios, arroz de povo malandrinho, cebolada de polvo, feijoada de polvo, polvo à lagareiro, polvo de fricassé, polvo frito, polvo no churrasco, filetes de polvo, polvo estufado, salada de polvo, eu sei lá que mais! É tiro e queda. Se o cardápio apresentar polvo, não preciso de ler mais nada. Claro que já tenho enfiado alguns barretes, mas, enfim, é a vida!
Mas o raio do polvo não se reduz apenas aos aspectos gastronómicos. Recordo de ter lido livrinhos de banda desenhada em que polvos monstruosos, feios, com olhares tenebrosos, atacavam os navios, destruindo-os, enquanto esmagavam os tripulantes com os fortes tentáculos. Curiosamente, não sentia nenhuma emoção face à tragédia dos aventureiros atacados por Krakens que tinham, na mitologia nórdica, a fama de destruirem navios que poluíam o mar (às tantas foi a poluição que os liquidou!). Pensava: - Como seria um arroz feito com um polvo destas dimensões?
Mesmo hoje, o polvo continua a ser alvo de atenções artísticas, muito diversificadas, com destaque para a literatura infantil, caso do simpático Polvo Coceguinhas ou dos menos simpáticos mafiosos que estiveram na base da interessante série “O Polvo”.
Agora, com tanta “inteligência”, espero não ser incomodado pelo “deus dos polvos”!
Parece que Aristóteles não tinha grande opinião sobre estes moluscos, considerando-os como “criaturas estúpidas”, porque “aproximam-se da mão humana assim que mergulha na água”.
Pois é! Hoje em dia, continuam a haver criaturas estúpidas, só que, muitas destas, deixam-se apanhar pelos tentáculos de “polvos”, realmente, muito inteligentes, que não têm qualquer dificuldade em os “papar”.
Cá por mim, polvo por polvo, prefiro antes uma saladita... E já ia!
Concordo consigo, polvo no prato é do melhor que há! Já para cozinhar não é asim tão fácil, o polvo até na panela é manhoso porque, se se deixa a cozer mais do que aquele tempo certo, começa a ficar rijo, ao contrário do que acontece com a generalidade dos alimentos. O polvo é teimoso, precisa de umas palmadas fortes para se deixar cozinhar, é preciso bater com ele na mesa da cozinha, zás, zás,e só depois é que se deixa levar. E é difícl de limpar, escorrega por todos os lados, cá por mim já desisti, compro congelado, ao menos já vem limpo e devidamente sovado, depois é só ficar de olho atento e apagar o lume à hora certa...Mas um arroz de "chapelinhos", como diziam as minhas filhas, é um pitéu!
ResponderEliminarOutro tipo de "polvo":
ResponderEliminar- a dependência do alcóol e das drogas.
Não se se gosta de Amy Whinehouse. Duvido que não goste...:-)
É uma figura que tem estado na ordem do dia por más razões.
Vendo estes recentes videos, torna-se comovente, como pode um ser humano com uma voz inigualável, de repente fazer este espectáculo que fez ontem em Londres, no aniversário de Mandela.
Será possível o milagre de que esta voz não acabe ? que seja ....
AMY WINEHOUSE @ MANDELA 46664 90TH BIRTHDAY BASH LONDON
http://www.youtube.com/watch?v=y8ZEnGBlGWM
http://www.youtube.com/watch?v=MfNgDi_qVE8
Bom Sábado.
Pese embora o facto de o dito ter muitos bracinhos e ao que dizem ser bué esperto, eu sou daqueles que acho que servido numa saladinha de vinagrete é uma delícia…
ResponderEliminarEu só não sabia é que o dito tem de ser sovado até chegar ao prato ! Coitadinho do polvinho…
Ali o polvo a que a cara pézinhos se refere é que merece ser sovado e bem!