Já poucos se recordam dos Meninos de Huambo, "à volta da fogueira", cantados por Paulo de Carvalho. Uma canção que ficava no ouvido mas que sobretudo despertava, fácil, a emoção das coisas que falam das inocências, ilusões e esperanças da infância.
O País desvanecia-se sempre que o Sargentão Scolari tratava de "seus mininos" os matulões da selecção nacional (de quem as crónicas rezam modos de vida muito pouco inocentes)
Foi este sentimento que se pretendeu transmitir quando o iluminado de serviço no PSD resolveu sublimar a irrequietude de Pedro Santana Lopes na imagem do Menino Guerreiro.
Quanto se pensava que esta era a última das patéticas meninices, eis que Eduarda Maio descobre dar à biografia de Sócrates o título de Menino de Ouro do PS!
Caro Ferreira de Almeida
ResponderEliminarUm familar meu, estrangeiro, comentava com alguma graça, que os portugueses (isto é nós), não tinham a noção (colectiva) do ridículo.
O livro é um panegírico com interesse, mas sem relevância, que peca pela (má) oportunidade da publicação do mesmo. Com um pouco de sorte poderíamos tê-lo tido para a feira do livro (o que teria obrigado a antecipar a publicação) ou como leitura de férias, ( o que obrigaria a adiar por mais uma semana).
Esqueça a vaidade que todos temos em doses diferentes, esqueça a óbvia manifestção da existência de uma coorte de fãs, sintoma (em Portugal) de exercício de poder político. Na monarquia já teria, neste momento, recebido um título qualquer, em época de cultura de telenovela impressa, sempre se encontra um qualquer Corin Tellado, com capacidade para louvar o líder e escrever,( de uma forma coerente) mais do que vinte páginas, sem repetir ideias.
O que me apavora é a incapacidade revelada para adaptar às circunstâncias: é manifesto que o produto foi pensado há mais de seis meeses, em circunstâncias diferentes. Elas mudaram, mas o plano não. Se é assim na biografia, como será com algo mais importante, como seja o novo aeroporto, a alta do preço do petróleo, uma guerra regional de média escala, uma ofensiva do Islão?
Cumprimentos
Adriano Volframista
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarO meu amigo ficou tão desvanecido com a imagem do menino de ouro que até trocou o nome do ourives, atitude de todo injusta para tão excelsa criadora:Eduarda Maio,não Fernanda!...
um espanto. A Fernanda Maio conseguiu transformar um menino de chumbo, para nós todos, num menino de ouro para o ps. Esta só de prémio nobel para cima. Que bravos e grandes "alquimistas" são os portugueses!
ResponderEliminarA apresentação foi emocionante!
ResponderEliminarhttp://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=338640
Pois foi, Pinho Cardão. Tem uma explicação o lapso mas não tem que ver com as personagens...
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