segunda-feira, 30 de junho de 2008

Fardeta minimalista!...


Referiu há dias o DN que um polícia foi alvo de processo disciplinar, por ser encontrado de calças rotas em pleno exercício da sua função. Ao contrário, penso eu, o agente deveria ser louvado, já que se limitou a procurar as melhores condições para exercer o seu múnus, lembrando-se que uma ranhura na vestimenta lhe daria arejo e conforto para melhor atender o cidadão na via pública. Mas o DN, que investigou o caso, não pensa assim. Atribui a ranhura à falta de liquidez do agente para renovar o hábito que o faz polícia, sendo que as calças vão encarecendo dia a dia e o subsídio é o mesmo de há 19 anos. Claro que eu penso que um sujeito que é principescamente pago com 750 euros mensais tem toda a obrigação de andar com a fardeta inteira e bem reluzente!...
E, se estiver curto de disponibilidades, tem que saber imitar a perspicácia de uma sua colega que, para não andar de sapatos rotos, os compra na candonga:”compro-os nos ciganos por 5 euros e são mais confortáveis. No depósito custam 23 euros”, referiu. Desconto ciganal, certamente em contrapartida de maior liberdade para expor e vender pacatamente o material contrafeito… Amor com amor se paga. Também as policiais blusas, assim compradas na feira, se vão reduzindo ao mínimo, depois da primeira lavagem, mas com a enorme vantagem de fazerem ver as polícias com olhares muito mais atentos.
Também ontem vi, na Praia Grande, 4 policiais garbosamente montados em bicicletas. Soube que o privilégio de pertencer à Divisão Velocipédica e andar na praia tem os seus ónus, nomeadamente o de se ter que reparar as bicicletas, por conta própria, claro, quando estas se avariam. Mas as vantagens são claramente maiores, pelo que tal Divisão não tem mãos a medir para seleccionar os candidatos. É que, usando calções e camisola de manga curta, uma parte importante do vestuário não é susceptível de se rasgar, e o risco de processo disciplinar sai consideravelmente diminuído.
De qualquer forma, compreendo agora nunca ver os polícias no encalço dos ladrões: é que, para além do incómodo, se rasgam as calças na corrida, ainda têm que as pagar, para além de levarem com processo disciplinar!...Mais vale estar quieto!...

5 comentários:

  1. Pois, pois, eu até concordo com aberturas bem pronunciadas nas fardas...
    Chamem a polícia...
    :)

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  2. Anónimo18:46

    Caro Pinho Cardão, ri a bom rir com este seu post, ahahahah! Quando nada mais há a fazer e as desgraças ocorrem por debaixo do nosso nariz, olhe, rir é o melhor remédio!

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  3. Ó Dr. Pinho Cardão, o Senhor acabou de descobrir a fórmula de resolver a necessidade urgentíssima de mais efectivos na PSP, reduzindo custos.

    Estou certa que os agentes irão desempenhar a "função" com mais afinco, se as colegas usarem camisas destas. Nem é previso mais agentes.

    Além de que se poupa tecido de camisas.

    Dois em um ! Na redução de custos com pessoal e com fardamento.


    ehehehehehhe ... boa, gostei.
    Do post e da foto.

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  4. Estou a ver que o meu amigo tira belas fotos por esses sítios exóticos onde passeia, vejo que o bastão que a senhora leva não o intimidou...! :)

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  5. Cara Suzana:
    Pelo contrário, na mão de quem está, o bastão saté é um adorno atractivo...

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