Uma crónica muito interessante, “O desporto é custo-eficiente”, publicada no Expresso, descreve o papel do desporto a vários níveis, considerando-o com um investimento muito adequado com reflexos na saúde e no emprego.
Recordei-me que, há muitos anos, num debate sobre medicina preventiva, ter explicitado que a melhor maneira de uma comunidade ser mais saudável era “fazer” desporto a par de um elevado status cultural. À primeira vista não é nenhuma novidade. No entanto, o conceito de “fazer” que aventei é um pouco diferente do que é proposto no momento actual.
Afirmei que seria desejável transformar a Educação Física na disciplina nuclear de acesso ao ensino superior, fosse qual fosse o curso! Claro que as outras seriam seleccionadas em função do destino de cada um. Ao dar importância a esta disciplina, desde a infância até ao décimo segundo, e mesmo a nível superior, permitiria obter ganhos inimagináveis com investimentos mínimos.
Vejamos: a maioria das doenças, ditas da civilização, têm a ver com um sedentarismo crescente. Enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémias, diabetes, obesidade, algumas formas de cancro, doenças músculo-esqueléticas, osteoporose, depressões, ansiedade e agressividade, só para citar algumas, estão relacionados com a falta de utilização do corpo. Passamos a maior parte do tempo, sentados ou deitados. A falta de mobilização corporal é uma verdadeira praga. Ao criarmos uma consciência para a prática desportiva, desde tenra idade, e valorizando-a, tal como disse, como a prova número um de acesso ao ensino superior, obteríamos uma sociedade com características muito diferente da actual.
Como combater com mais eficiência a toxicodependência? Praticando desporto. Como combater o consumo de tabaco? Praticando desporto. Como combater o alcoolismo? Praticando desporto. Como combater a diabetes e a obesidade? Praticando desporto. Como tornar os jovens e adultos mais solidários e generosos? Praticando desporto. Como ensinar os jovens a serem mais respeitadores das normas e das leis? Praticando desporto. Como melhorar a aprendizagem escolar? Praticando desporto. Muitas outras perguntas de importância capital teriam a mesma resposta. E porquê? Porque os que praticam desporto têm uma vida mais longa e saudável, são mais generosos, mais simpáticos, menos agressivos, com menor tendência para o crime, têm menos depressão e ansiedade, suicidam-se menos, são mais felizes, mais ordeiros, mais produtivos, mais competitivos, com mais auto-estima e muito mais...
As consequências imediatas e a prazo traduziriam-se, além das já enunciadas, numa economia difícil de quantificar, com menos recursos às consultas, menos hospitalizações, redução do consumo de medicamentos e uma maior produtividade a todos os níveis, enfim mais riqueza. Claro que também há efeitos secundários de uma medida com este alcance, que, apesar de tudo, deveria fazer parte do programa de um governo, constituindo a pedra de toque de uma revolução, porque o corpo precisa de movimento, sinónimo de vida saudável.
Ah! Já me esquecia! Quais são os efeitos secundários? Bom, acabaríamos, muito naturalmente, por ganhar algumas medalhas olímpicas, uns torneios ou campeonatos nas diferentes modalidades por esse mundo fora! Coisitas de pequena monta, claro está...
Recordei-me que, há muitos anos, num debate sobre medicina preventiva, ter explicitado que a melhor maneira de uma comunidade ser mais saudável era “fazer” desporto a par de um elevado status cultural. À primeira vista não é nenhuma novidade. No entanto, o conceito de “fazer” que aventei é um pouco diferente do que é proposto no momento actual.
Afirmei que seria desejável transformar a Educação Física na disciplina nuclear de acesso ao ensino superior, fosse qual fosse o curso! Claro que as outras seriam seleccionadas em função do destino de cada um. Ao dar importância a esta disciplina, desde a infância até ao décimo segundo, e mesmo a nível superior, permitiria obter ganhos inimagináveis com investimentos mínimos.
Vejamos: a maioria das doenças, ditas da civilização, têm a ver com um sedentarismo crescente. Enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémias, diabetes, obesidade, algumas formas de cancro, doenças músculo-esqueléticas, osteoporose, depressões, ansiedade e agressividade, só para citar algumas, estão relacionados com a falta de utilização do corpo. Passamos a maior parte do tempo, sentados ou deitados. A falta de mobilização corporal é uma verdadeira praga. Ao criarmos uma consciência para a prática desportiva, desde tenra idade, e valorizando-a, tal como disse, como a prova número um de acesso ao ensino superior, obteríamos uma sociedade com características muito diferente da actual.
Como combater com mais eficiência a toxicodependência? Praticando desporto. Como combater o consumo de tabaco? Praticando desporto. Como combater o alcoolismo? Praticando desporto. Como combater a diabetes e a obesidade? Praticando desporto. Como tornar os jovens e adultos mais solidários e generosos? Praticando desporto. Como ensinar os jovens a serem mais respeitadores das normas e das leis? Praticando desporto. Como melhorar a aprendizagem escolar? Praticando desporto. Muitas outras perguntas de importância capital teriam a mesma resposta. E porquê? Porque os que praticam desporto têm uma vida mais longa e saudável, são mais generosos, mais simpáticos, menos agressivos, com menor tendência para o crime, têm menos depressão e ansiedade, suicidam-se menos, são mais felizes, mais ordeiros, mais produtivos, mais competitivos, com mais auto-estima e muito mais...
As consequências imediatas e a prazo traduziriam-se, além das já enunciadas, numa economia difícil de quantificar, com menos recursos às consultas, menos hospitalizações, redução do consumo de medicamentos e uma maior produtividade a todos os níveis, enfim mais riqueza. Claro que também há efeitos secundários de uma medida com este alcance, que, apesar de tudo, deveria fazer parte do programa de um governo, constituindo a pedra de toque de uma revolução, porque o corpo precisa de movimento, sinónimo de vida saudável.
Ah! Já me esquecia! Quais são os efeitos secundários? Bom, acabaríamos, muito naturalmente, por ganhar algumas medalhas olímpicas, uns torneios ou campeonatos nas diferentes modalidades por esse mundo fora! Coisitas de pequena monta, claro está...
Inteiramente de acordo.
ResponderEliminarPara ajudar à prosa, este vídeo
http://youtube.com/watch?v=sWRvsZFQXCw
e este site
http://www.ncaa.org/wps/portal
Os crescentes níveis de conforto vieram trazer problemas de sinal contrário aos que antes existiam. O meu sogro costumava contar a história de uma aldeia que se situava a 3 kms da escola e que durante anos reclamou que a camioneta passasse ali para levar os garotos à escola. Um ano depois de o terem conseguido, começaram a queixar-se de não haver ginásio na escola e que os garotos não tinham condições para dar largas à sua energia. Parecia-lhe a ele absurdo que, onde antes não faltava nada, tivesse passado a haver necessidade de um transporte e de um ginásio...Enfim, um ponto de vista certamente fora de tempo mas difícil de rebater quanto às consequências.
ResponderEliminarQuanto à relevância do desporto, deixe-me dizer-lhe que há uma polémica quanto ao facto de as notas de educação física contarem (ainda, creio eu) para a média final do secundário, por prejudicar os melhores alunos, mais dados ao estudo ou com menos tempo para o desporto, imagine o que seria considerar essa disciplina como nuclear!
Imaginar, imagino! Mas é pena, porque traduz uma corrente de ignorância. De qualquer modo, os políticos deveriam debruçar-se sobre este assunto e levá-lo em frente. As consequências seriam muito interessantes.
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