Assisti ao espectáculo pela televisão e confesso que me atravessou uma sensação estranha.
Aquilo não me parecia normal.
A reunião tinha alguma solenidade e o discurso não colava naquele ambiente.
A ligeireza da intervenção contrastava com o ar algo surpreendido dos presentes.
A situação até podia ser criada por algum comediante.
Mas o protagonista era o Primeiro-Ministro de Portugal.
O motivo daquele momento era a promoção de um computador supostamente "português".
Magalhães, Tintim, um computador para todos, dos 7 aos 77 anos, os assessores que não o dispensam.
Será que o nosso Primeiro-Ministro não percebe que a sua figura não se pode confundir com a de um vendedor de banha da cobra?
Não Caro Vitor Reis, ele não percebe, assim como não percebe um ror de outras evidências. E porque será que essa incompreensão se mantem?
ResponderEliminarPois a explicação mais obvia é a pervalência do nacional bacoquismo.
Esta maltinha é adepta do "quanto mais me bate mais gosto de ti"
Somos certamente, sobreviventes da extinta Sodoma, misturados com uma sob-raça qualquer, perdida nos anais da sob-serviência do comodismo e da ininteligência.
Sim, claro, não somos todos, é obvio, mas somos tantos que as sondagens (?) continuam a oferecer ao nosso banha-da-cobra-mor a prespectiva de nova maioria eleitoral.
Dúvidas?
Nenhuma!
A receita mantem-se: muito folclore e muita demagogia, tudo bem misturado numa núncia palrratória, ornamentada por uns sorrisos complacentemente afáveis.
Et... Vive La Republique!!!
Por vezes, enquanto era assessor de Valentim Loureiro sentia-me com vontade que me tirassem daquele "filme". Mas ontem, ao assistir a esse episódio do Primeiro-Ministro, apeteceu-me emigrar...
ResponderEliminarNunca me senti tão envergonhado de ter nascido em Portugal!
ResponderEliminarO Primeiro Ministro, a realizar uma campanha de vendas de um computador privado numa Cimeira internacional de chefes de Estado.
Quando Portugal tem como Primeiro Ministro alguém com o currículo do Exmo. Senhor José Pinto de Sousa e que ainda por cima é um hino ao populismo mais tosco que se possa imaginar, algo vai mal, mas mesmo muito mal com a nossa Democracia.
Começo a estar convencido que este regime democrático tem que ser alterado muito rapidamente, porque este tipo de coisas não pode e não deve acontecer num país membro da União Europeia. Será que estamos mesmo na muito perto da tal descontinuidade referida pelo Doutor Joaquim Aguiar?
Ao contrário de V.Exas. acho que o engº Sócrates esteve muitíssimo bem e talvez fosse daqueles momentos em que se revelou de forma verdadeira e desinibida.
ResponderEliminarTem uma capacidade extraordinária para vendedor de ilusões. Reparem só no pormenor da garantia dada à plateia de que o Magalhães era inquebrável - o próprio Hugo Chaves já o tinha atirado ao chão e não se partiu!? Se dúvidas houvesse desvaneceram-se completamente…
Mas talvez aquela plateia não tenha ouvido a Manuela Moura Guedes no Tj a afirmar a pés juntos que países como a Índia, o Paquistão e outros têm também o mesmo Magalhães à cinco anos, só que com um nome diferente…
Não sei se rir, se chorar...
Sócrates... armou um circo, não falou de nada importante e vendeu mais uns milhões de computadores á Microsoft. Será que não é incompatível o desempenho simultâneo das funções de Primeiro-Ministro e de Delegado Comercial de Vendas? in Mudar Portugal?
ResponderEliminarOlhem, sinceramente! Aé me apetece dizer: deixem as pessoas que trabalham, trabalhar! Mas não é preciso porque quem trabalha, trabalha com barulho ou sem ele.
ResponderEliminarPorque é assim: se isto está a acontecer (a atenção que o PM lhe dedica) é porque é um projecto importante para o nosso país ou pelo menos é melhor que nada. Ou vocês queriam que os portugueses que estão por detrás deste projecto tecnológico EM PORTUGAL, estivessem a trabalhar exclusivamente para os USA? Para depois dizerem que não há políticas no país para reter os investigadores portugueses na sua pátria? Que têm que ir trabalhar para o estrangeiro?
Tende lá paciência e tomai juizinho que já tendes idade para isso!