Naquele supremo instante das 16 horas em que a entrega do OE para 2009 era aguardada em ânsias pelo pelotão chefiado pelo Dr. Jaime Gama e composto pelos Grupos Parlamentares e jornalistas, foi anunciado que a parada devia destroçar. Uma crise violenta das poderosas novas tecnologias ao serviço do Ministério das Finanças, amaciada para incidente técnico, foi a explicação.
Com o relato do sucedido, os telejornais e rádios foram aproveitando para divulgar, não se sabe se por divina inspiração, as principais linhas de rumo do Orçamento virtual, por ainda não existente: apoio à famílias, aumentos reais para a função pública, criação de fundo de investimentos para a aquisição de casas.
Mercê de um esforço hercúleo, o arsenal tecnológico do Ministério logrou, por fim, três horas depois, facultar uma “pen” oca e semi-vazia com uns fragmentos do Orçamento ao pelotão mais uma vez reunido na parada do Parlamento..
Ainda na ignorância de qualquer letra orçamental impressa, os telejornais e rádios mais uma vez difundiram outras grandes luzernas do orçamento virtual: aumento do investimento público, diminuição do desemprego e da inflação.
Pela 20 horas, o Ministro das Finanças, em luzidia conferência de imprensa, apresentou publicamente o Orçamento, explicitando algumas vagas grandezas, porventura já incluídas em pen privada, laboriosamente preparada para o efeito. Os telejornais e rádios mais uma vez difundiram o apoio à famílias, aumentos reais para a função pública, criação de fundo de investimentos para a aquisição de casas, o aumento do investimento público, a diminuição do desemprego e da inflação, o crescimento do PIB e alguns outros dados ou valores que o Ministro ainda não tinha a certeza se já constariam ou não da pen ou como dela iriam constar.
Função meritíssima esta de serviço público e informação objectiva que os telejornais continuaram, em enorme afã, a exercer ao longo desta manhã!...
Com tudo isto, concluo que Sócrates é um homem de sorte, e como precisamos de homens de sorte!... E um homem sabedor, que soube transformar gloriosamente a crise tecnológica do Ministério das Finanças numa oportunidade única de propaganda exclusiva e sem direito a contradição.
Porque não posso crer que a oportunidade tenha sido ela a provocar a crise. Não, a oportunidade nunca seria a causa da crise. Isso nunca seria eu capaz de pensar de Sócrates!...
Com o relato do sucedido, os telejornais e rádios foram aproveitando para divulgar, não se sabe se por divina inspiração, as principais linhas de rumo do Orçamento virtual, por ainda não existente: apoio à famílias, aumentos reais para a função pública, criação de fundo de investimentos para a aquisição de casas.
Mercê de um esforço hercúleo, o arsenal tecnológico do Ministério logrou, por fim, três horas depois, facultar uma “pen” oca e semi-vazia com uns fragmentos do Orçamento ao pelotão mais uma vez reunido na parada do Parlamento..
Ainda na ignorância de qualquer letra orçamental impressa, os telejornais e rádios mais uma vez difundiram outras grandes luzernas do orçamento virtual: aumento do investimento público, diminuição do desemprego e da inflação.
Pela 20 horas, o Ministro das Finanças, em luzidia conferência de imprensa, apresentou publicamente o Orçamento, explicitando algumas vagas grandezas, porventura já incluídas em pen privada, laboriosamente preparada para o efeito. Os telejornais e rádios mais uma vez difundiram o apoio à famílias, aumentos reais para a função pública, criação de fundo de investimentos para a aquisição de casas, o aumento do investimento público, a diminuição do desemprego e da inflação, o crescimento do PIB e alguns outros dados ou valores que o Ministro ainda não tinha a certeza se já constariam ou não da pen ou como dela iriam constar.
Função meritíssima esta de serviço público e informação objectiva que os telejornais continuaram, em enorme afã, a exercer ao longo desta manhã!...
Com tudo isto, concluo que Sócrates é um homem de sorte, e como precisamos de homens de sorte!... E um homem sabedor, que soube transformar gloriosamente a crise tecnológica do Ministério das Finanças numa oportunidade única de propaganda exclusiva e sem direito a contradição.
Porque não posso crer que a oportunidade tenha sido ela a provocar a crise. Não, a oportunidade nunca seria a causa da crise. Isso nunca seria eu capaz de pensar de Sócrates!...
O truque da “pen” oca e semi-vazia é um truque à Zé da esquina. Pensei que a chico-espertice pudesse ter limites.
ResponderEliminarNotável este post.
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