A metáfora está bem concebida, sem dúvida, porém assemelha-se a um iceberg, mostra unicamente a parte que está visível. Mas, se deixarmos a "pessoa" e nos concentrarmos no conceito, voltamos a "atracar" ao porto onde Saramago nos quis conduzir no seu romance... a tomada de consciência de uma realidade, que todos teimam em não querer ver. O capitalismo, caro Dr. F.A., é um monstro voráz, insaciável. As multidões, enganadas pelo seu brilho, perseguem-no cegamente, tão cegamente e tão hipnoticamente que perdem nesta corrida outros valores de vital importância, humanísmo e espiritualidade. Eu sei que estou parvo, é claro que sim, contudo, esta epidemia está a originar o desmoronamento de uma sociedade cujo único sustentáculo será sempre e somente, ela em si mesma. Só seremos aquilo que formos capazes de construír e este princípio não se afasta muito daquele do ditador António de Santa Comba Dão... mas, é óbvio que continuamos a esperar o regresso de El-Rei D. Sebastião e, por sinal, ontem até tivemos o tempo bastante nevoeirento, mas nada, nada de barulho de cascos de cavalo, nada de alasão branco, nada de golas folheadas, nada de cabelos loiros, nada de estandartes, só o gume da espada se mantem ameaçadora sobre as nossas cabeças.
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarDe facto, genial!...
Humoristas ao poder, já!
Pior, não conseguiam fazer e andávamos, por certo, mais risonhos!...
Caro Dr. ferreira de Almeida
ResponderEliminarEu diria tão genial, como óbvio na sua pertinência e " precisão de tiro".
A metáfora está bem concebida, sem dúvida, porém assemelha-se a um iceberg, mostra unicamente a parte que está visível.
ResponderEliminarMas, se deixarmos a "pessoa" e nos concentrarmos no conceito, voltamos a "atracar" ao porto onde Saramago nos quis conduzir no seu romance... a tomada de consciência de uma realidade, que todos teimam em não querer ver.
O capitalismo, caro Dr. F.A., é um monstro voráz, insaciável. As multidões, enganadas pelo seu brilho, perseguem-no cegamente, tão cegamente e tão hipnoticamente que perdem nesta corrida outros valores de vital importância, humanísmo e espiritualidade.
Eu sei que estou parvo, é claro que sim, contudo, esta epidemia está a originar o desmoronamento de uma sociedade cujo único sustentáculo será sempre e somente, ela em si mesma. Só seremos aquilo que formos capazes de construír e este princípio não se afasta muito daquele do ditador António de Santa Comba Dão... mas, é óbvio que continuamos a esperar o regresso de El-Rei D. Sebastião e, por sinal, ontem até tivemos o tempo bastante nevoeirento, mas nada, nada de barulho de cascos de cavalo, nada de alasão branco, nada de golas folheadas, nada de cabelos loiros, nada de estandartes, só o gume da espada se mantem ameaçadora sobre as nossas cabeças.