O PSD desce nas intenções de voto. Nem poderia ser de outra maneira. Num país doentiamente dependente do Estado, o PSD só teve o apoio da população quando se bateu por causas e essas causas serviam a generalidade dos portugueses. Foi assim, nomeadamente com Sá Carneiro, Cavaco Silva e, até certo ponto, com Durão Barroso, embora aqui o efeito cansaço de Guterres se fizesse sentir.
Sá Carneiro dizia que primeiro o país, depois a governação e, depois, só depois, o partido.
Neste momento, pese os esforços e a honestidade da Drª Manuela Ferreira Leite, nem é sequer o partido que se coloca em primeiro lugar. O que está em primeiro lugar são nomes do partido.
Para preservar a figura de Mota Amaral e a dos dirigentes sociais- democratas açorianos, o PSD tem votado a favor dessa aberração que é o Estatuto dos Açores. E hoje, mais uma vez, em lugar de votar contra, vai abster-se, depois da ameaça de cisão de Mota Amaral.
Para preservar o andar por aí de Santana Lopes, o PSD indicou-o para a Câmara de Lisboa, sem qualquer apoio explícito de Ferreira Leite. Como Mota Amaral agora, também Santana várias vezes fala de cisão, quando os ventos não lhe são favoráveis.
Nos bons tempos do PSD, a discussão ideológica era intensa e ela fazia a força do partido, e as cisões não eram a fazer de conta. Mota Pinto, Magalhães Mota, Barbosa de Melo, as personalidades que vieram a formar a ASDI e outras, saíam, quando as discordâncias eram essenciais. Batiam-se pelas suas convicções. O que não impediu o PSD de ganhar eleições.
Agora, o que está em causa são meros interesses pessoais. Satisfeitos, através da ameaça, a cisão nunca se concretiza. Discutem-se apenas lugares e imagens públicas de personalidades.
Creio que o PSD se transformou num PSD-LA, neste momento, Lopes e Amaral, ou Lisboa e Açores. Qualquer dia, será um PSD-PG&B, Porto, Gaia e Braga ou uma outra coisa qualquer.
Aos portugueses não interessa um PSD destes. As sondagens aí estão para o comprovar.
Sá Carneiro dizia que primeiro o país, depois a governação e, depois, só depois, o partido.
Neste momento, pese os esforços e a honestidade da Drª Manuela Ferreira Leite, nem é sequer o partido que se coloca em primeiro lugar. O que está em primeiro lugar são nomes do partido.
Para preservar a figura de Mota Amaral e a dos dirigentes sociais- democratas açorianos, o PSD tem votado a favor dessa aberração que é o Estatuto dos Açores. E hoje, mais uma vez, em lugar de votar contra, vai abster-se, depois da ameaça de cisão de Mota Amaral.
Para preservar o andar por aí de Santana Lopes, o PSD indicou-o para a Câmara de Lisboa, sem qualquer apoio explícito de Ferreira Leite. Como Mota Amaral agora, também Santana várias vezes fala de cisão, quando os ventos não lhe são favoráveis.
Nos bons tempos do PSD, a discussão ideológica era intensa e ela fazia a força do partido, e as cisões não eram a fazer de conta. Mota Pinto, Magalhães Mota, Barbosa de Melo, as personalidades que vieram a formar a ASDI e outras, saíam, quando as discordâncias eram essenciais. Batiam-se pelas suas convicções. O que não impediu o PSD de ganhar eleições.
Agora, o que está em causa são meros interesses pessoais. Satisfeitos, através da ameaça, a cisão nunca se concretiza. Discutem-se apenas lugares e imagens públicas de personalidades.
Creio que o PSD se transformou num PSD-LA, neste momento, Lopes e Amaral, ou Lisboa e Açores. Qualquer dia, será um PSD-PG&B, Porto, Gaia e Braga ou uma outra coisa qualquer.
Aos portugueses não interessa um PSD destes. As sondagens aí estão para o comprovar.
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ResponderEliminarÉ de estranhar que as láureadas (ou deverei escrever loureadas?) cabeças, permanentemente à cata da imagem pública que assinala no texto, não consigam vislumbrar a política e os princípios que ela serve, para além da tal discussão pelos lugares públicos.
Ainda ontem assistimos à entrevista com Manuel Alegre, onde ele referiu precisamente os motivos que o levam a pensar numa cisão com o PS. E os motivos que o estoico socialista apresenta são, Caro Dr. Pinho Cardão, em tudo idênticos aos que agora evoca, reportando-se aos bons tempos do PSD, dirigido por homens com o verdadeiro espírito de política, de estado e de sociedade.
Sabe uma coisa, caro Dr. cada vez mais encontro semelhanças entre a presente situação dos políticos nacionais e a corte de Luís XIV, só que por cá temos uma mão cheia de pretendentes a rei-sol e todos a quererem declarar "L´´Etat c'est moi"
Boa análise. Falta, no entanto, dizer para que serve o partido no meio disso tudo.
ResponderEliminarBem verdade, caro Bartolomeu, não nos faltam anões a reclamar-se de gigantes.
ResponderEliminarCaro Tonibler:
Para que serve? Olhe, apesar de tudo, e porque tem gente de bem, que há-de vir ao de cima, para mantermos alguma esperança!...
Sá Carneiro nunca aceitaria ser Presidente do Partido com 39 % dos votos.
ResponderEliminarCreio que tudo começa aí, no mais básico.
António Alvim
Peço desculpa pela minha ignorãncia, que deve ter a ver com a minha formação pessoal e profissional, mas, sobre o estatuto de Autonomia dos Ações, ainda não consegui entender como é que a obrigação de ouvir algumas das partes é uma condicionante à decisão. Eu até pensava que era enriquecedora e melhor justificava a decisão tomada, que passava a ser ponderada, a exemplo do que acontece com o Conselho de Estado. Mas, haverá entre estas situaçõesalguma diferença. Se me puder esclarecer, ficava agradecido.
ResponderEliminarCaro Rogério Paulo:
ResponderEliminarA Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses e compete-lhe fazer leis sobre todas as matérias, excepto as reservadas constitucionalmente ao Governo. Transcrevi o que diz a Constituição.
Pelo novo Estatuto, a A. República só pode legislar sobre os Açores em determinadas matérias, se a Assembleia Regional o permitir.
É o primeiro paradoxo e uma aberração.
O segundo paradoxo e a segunda aberração é que se torna mais difícil dissolver os órgãos regionais do que a A. República.
O P.R. pode dissolver a A.R., ouvido o Coneselho de Estado e os partidos políticos nela representados. E podia dissolver os órgãos regionais, ouvido o Conselho de Estado e a Assembleia da República. Agora, tem que ouvir também o órgão a dissolver, a Assembleia Regional.
Ferreira Leite ainda não é uma das figuras nacionais.
ResponderEliminarTalvez em 2009... veremos!
Vote na figura nacional de 2008 em www.odivademaquiavel.blogspot.com