O Governo teve que intervir nos Bancos, porque estes emprestaram dinheiro e fizeram aplicações sem critério, em operações de grande risco (deixando de lado as fraudulentas, claro...). Utilizando, não recursos próprios, mas fundos provenientes dos depositantes e de credores.
Efectuada a intervenção, volta a acusar-se os Bancos, agora por não concederem crédito. Acusa o Governo e acusam os directamente interessados.
Pelos vistos, passou a ser dever dos Bancos emprestar dinheiro à toa e sem critério. E já não interessa que ele seja dos depositantes ou dos credores!...
Certamente para que o Governo tenha que intervir de novo!...
Vai bonita a brincadeira!...
Dr. PC,
ResponderEliminarEstes voluntarismos financeiros do Governo serão só tácticas de propaganda para impressionar os coitadinhos de sempre ou são para levar a sério? É que vamos morrer da cura!! Já estou a ver a na segunda metade do ano de 2009 iniciar-se alguma recuperação ou tendência para tal, e Portugal, continuar este ciclo longo e autónomo de empobrecimento.
As informações que tenho, é que os bancos, mesmo com o aval do estado, não têm conseguido obter crédito no exterior, ou estou mal informado? E também é expectável que os mesmos bancos precisem de renovar créditos existente até 2010. E se a nossa divida externa é de 2 ou 3 vezes o PIB, como vai ser?
Estou muito mais preocupado com o comportamento do Governo do que com a crise. Estarei a exagerar ou ainda vamos ao fundo?
Dr. PC espero que me possa tranquilizar
a mim o que me preocupa é a Caixa Geral de Depósitos porque é lá que está o meu "dinheirinho" e o da família toda.
ResponderEliminarSó ontem com todas as notícias que foram veiculadas, sobre os financiamentos da CGD a empresas e bancos em risco, deu-me vontade de ir lá levantar a "massa" toda.
Mas para depositar onde ?
E com que segurança ?
Também estou muito preocupada tal como o comentador anterior.
E quem sabe, .... talvez uns bons milhões de portugueses que têm as suas poupanças na CGD.
cumprimentos.
Tempo de comprar ouro e commodities?
ResponderEliminarO comportamento irresponsável e leviano do governo está a deixar o país num estado deveras preocupante.
ResponderEliminarÉ verdade que se trata do governo mais populista da história portuguesa depois do 25 de Abril, mas haja decoro! É o futuro que esta gente está a hipotecar.
Quem vai pagar a dívida pública? Quem emprestará dinheiro a um país hiper endividado?
Será que o Primeiro Ministro não pode pensar um pouco para além do instante mediático?
E o PSD, anda a dormir ou ainda está na fase de perceber para que lado cai o bloco central dos interesses?
Não terá chegado a hora das elites assumirem as suas responsabilidades e governarem o país?
Artigo no WSJ, a reter para memória futura: Is the Medicine Worse Than the Illness?
ResponderEliminarCaro Agitador:
ResponderEliminarNão há como um PC para responder à sua questão, não respondendo claro... Mas dando alguns elementos para reflexão.
Em 2007, a dívida pública era de 103 mil milhões de euros e o passivo dos Bancos era de 393 mil milhões de euros, num total de perto de 500 mil milhões de euros. Este valor é 3 vezes superior ao PIB, que foi de 163 mil milhões de euros.
Do passivo bancário, 182 mil milhões eram depósitos de clientes e 97 mil milhões responsabilidades representadas por títulos, onde se incluem, por exemplo, as emissões obrigacionistas e outras. As duas componentes somam 279 mil milhões de euros.
Embora o dinheiro não tenha cor, pode-se dizer que estes fundos estavam aplicados em Crédito a Clientes, que apresentava um valor similar, 282 mil milhões de euros.
Daí que tenha que haver muito bom senso e ponderação na concessão de crédito.
Na actividade bancária, e como se vê dos números, a segurança dos depositantes depende da segurança dos empréstimos concedidos.
Segundo o Banco de Portugal, daquele montante de crédito concedido 4,5 mil milhões está vencido e não pago.
A situação apresenta-se difícil e tem que ser gerida com realismo e coragem. Sem alarmismos, nem facilitismos. Ainda há pouco tempo, o 1º Ministro apregoava o oásis, agora apregoa dificuldades. A situação não se alterou entre um momento e outro, apenas a conveniência política de dizer e desdizer. O que é mau para todos, incluindo o Governo.
Concluindo, caro Agitador, respondo-lhe como o oráculo: se as políticas públicas forem correctas, sobreviveremos à tona, mas não iremos ao fundo. Se houver uma inversão da política de despesa e de “investimento” público, se houver uma inversão da política fiscal, se se privilegiarem pequenos investimentos ou o apoio a empresas exportadoras ou produtoras de bens transaccionáveis em lugar das grandes obras públicas, se se desbloquearem os inúmeros projectos presos das malhas da burocracia, se muitos e importantes empresários reconhecerem a suas obrigações sociais e não se comportarem como subsídiodependentes…se...se...
Palavra de PC!...
Caos Pèzinhos, RXC e Fartinho:
Lá irei aos vossos pertinentes comentários...
Cara Pèzinhos:
ResponderEliminarNão creio que tenha as poupanças em risco, sou eu a supor. A CGD é considerada uma instituição sólida, o que não quer dizer que não tenha que ser cada vez melhor gerida, face aos tempos que correm.
Ponto é que o Estado, ou melhor, o Governo, não queiram "abusar" da Caixa, obrigando-a a ir a todas as operações para as quais o Governo vê importância política. Aí, os gestores terão que ser profissionais.
A título de curiosidade, em 2007, a CGD tinha depósitos no valor de 58 mil milhões de euros e tinha concedido crédito a clientes no valor de 71 mil milhões de euros.
O crédito a clientes significava 25% do crédito bancário global e os depósitos eram 32% do total.
Por aqui se vê a importância da CGD na economia.
Caro RXC:
Pois, quem sabe?
Mas parece-me que é nestes tempos que a liquidez tem mais valor...
Quanto ao artigo, vou ler.
Mas, de facto, nem todos os medicamentos são benéficos e alguns são bem menos activos do que se pensa...