sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Espantosas confissões


O secretário norte-americano do tesouro, Henry Paulson, revelou esta coisa extraordinária: que a impreparação para lidar com o crescimento das economias emergentes foi um dos motivos que gerou a actual crise financeira.
Depois de Bush ter confessado não estar preparado para a guerra e ter-se metido nela com o custo de milhares e milhares de vidas humanas e incontáveis milhares de milhões de doláres, vêm agora estas sucessivas revelações de que os EUA não calcularam a bolha especulatória imobiliária, não sabiam do casino em que transformara Wall Street e não mediram as consequências da liberalização do comércio mundial.

Uma Administração próxima de um confessado estado de imbecilidade. Porém, uma imbecilidade com um preço elevadíssimo, demasiado cara para o mundo.

3 comentários:

  1. Recomendo este artigo sobre o assunto.

    Joca

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  2. Anónimo18:11

    Sem que haja nada que me leve a defender Secretários norte-americanos, acho estranho que os senhores achem estranho o que ele diz. E acho-o porque, na verdade, ainda ninguém percebeu verdadeiramente o que se está a passar e o que está para acontecer. E é confrangedor o ar doutoral com que muitos falam de uma crise, como se a estivessem a perceber em todas as suas causas e consequências, quando, afinal, foram tão surpreendidos por ela, como qualquer outro.
    Além disso, pouca gente tem falado do que se vai passar com essas economias emergentes, parecendo-me que vão sofrer mais do que qualquer outro, com consequências que não vejo citadas em parte nenhuma.
    A ver vamos até onde isto vai, e quantas sabichisses ainda vamos ter de aturar no meio do caos

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  3. Anónimo12:31

    Meu caro Henrique, não estranhe a fraca valia das sabichices de quem aqui opina, muito menos a de quem assina este post. Esse não tem, nunca teve nem a pretensão e sobretudo a responsabilidade de advinhar e muito menos resolver crises.
    O que o meu caro Henrique deve estranhar é que quem comanda a maior economia do mundo revele que não teve qualquer capacidade de prognose, em especial em relação a fenómenos que não são subterrâneos nem se desenvolvem à margem da Adminstração. Não é suposto que no governo estejam colocados os melhores? Digo eu...

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