Aqui e ali, quinze dias depois de ter um cartão do cidadão novinho em folha, o roubo da carteira deitou tudo a perder. Mais umas horas de bicha, um computador que não previa roubos, uma funcionária perplexa que me pediu conselho se deveria considerar extravio para o software aceitar, uma multa por me ter deixado roubar, o ladrão à solta e o roubado ainda multado!...
O aviso de levantamento do segundo cartão chegou célere, a 14 de Janeiro. No dia seguinte, aí estava eu na Loja do Cidadão. Entregue o aviso, o funcionário foi buscar o cartão. Olhou uma vez, duas vezes, ainda de pé, e continuou a olhar sentado, sem nada dizer.
Passa-se alguma coisa, perguntei? Passa…é que não lhe posso entregar o cartão. Não pode? Não posso, tenho que considerar o cartão inválido… Inválido, acabadinho de fazer, interroguei? O senhor António tirou a fotografia com óculos? Eu sei lá!... Tirei como me mandaram. Foi a sua colega que tirou. Mas não tirou os óculos? Já lhe disse que não me lembro. E se não tirei é porque não me mandaram tirar. Pois é, mas a fotografia tem que ser sem óculos. Não lhe posso dar o cartão e vou anulá-lo. Está a brincar comigo? Não. Tem é que tirar outro. Não vou outra vez para a bicha... Tem razão, eu acompanho-o e arranjo-lhe já lugar nos prioritários.... Descemos ao rés-do-chão e tomei de imediato o lugar de alguém que, por sorte, saía. Claro que houve protestos, que o funcionário tentou acalmar. Explicou o sucedido à colega e lá começou outra vez o processo: viram se cresci nesses dez dias, impressões digitais do indicador direito e esquerdo, fotografia sem óculos, assinatura digital, etc, etc. Como perder o cartão é uma coisa muito séria, pedi que me fosse passada certidão de anulação. A funcionária nem percebeu a pergunta. O cartão já está anulado, disse ela. Pois eu quero um comprovativo... Mas a gente não dá. Não dá? Pode é ver... E mostrou a anulação no computador. Então imprima e dê-me a certidão. Não posso... Tenho esse direito!...Levantou-se, falou com o chefe, esperei mais uns dez minutos e lá me entregou uma cópia. Como vê, foi fácil!...Pois foi...mas não estava autorizada!...
Bom, estou novamente a esperar que me entreguem o novo cartão!... Com a esperança, algo desconfiada, de que à terceira seja de vez!...Depois de ter repetido integralmente por três vezes o processo, no espaço de pouco mais de trinta dias e ainda ter sido multado por ter deixado roubar o cartão!...
Mas as peripécias ilustram bem a situação relatada pelo DN que deu origem a esta série: filas intermináveis, senhas de atendimento esgotadas pela manhã…e quando se consegue fazer o pedido, nunca se sabe quando será entregue. Está explicado!...
O aviso de levantamento do segundo cartão chegou célere, a 14 de Janeiro. No dia seguinte, aí estava eu na Loja do Cidadão. Entregue o aviso, o funcionário foi buscar o cartão. Olhou uma vez, duas vezes, ainda de pé, e continuou a olhar sentado, sem nada dizer.
Passa-se alguma coisa, perguntei? Passa…é que não lhe posso entregar o cartão. Não pode? Não posso, tenho que considerar o cartão inválido… Inválido, acabadinho de fazer, interroguei? O senhor António tirou a fotografia com óculos? Eu sei lá!... Tirei como me mandaram. Foi a sua colega que tirou. Mas não tirou os óculos? Já lhe disse que não me lembro. E se não tirei é porque não me mandaram tirar. Pois é, mas a fotografia tem que ser sem óculos. Não lhe posso dar o cartão e vou anulá-lo. Está a brincar comigo? Não. Tem é que tirar outro. Não vou outra vez para a bicha... Tem razão, eu acompanho-o e arranjo-lhe já lugar nos prioritários.... Descemos ao rés-do-chão e tomei de imediato o lugar de alguém que, por sorte, saía. Claro que houve protestos, que o funcionário tentou acalmar. Explicou o sucedido à colega e lá começou outra vez o processo: viram se cresci nesses dez dias, impressões digitais do indicador direito e esquerdo, fotografia sem óculos, assinatura digital, etc, etc. Como perder o cartão é uma coisa muito séria, pedi que me fosse passada certidão de anulação. A funcionária nem percebeu a pergunta. O cartão já está anulado, disse ela. Pois eu quero um comprovativo... Mas a gente não dá. Não dá? Pode é ver... E mostrou a anulação no computador. Então imprima e dê-me a certidão. Não posso... Tenho esse direito!...Levantou-se, falou com o chefe, esperei mais uns dez minutos e lá me entregou uma cópia. Como vê, foi fácil!...Pois foi...mas não estava autorizada!...
Bom, estou novamente a esperar que me entreguem o novo cartão!... Com a esperança, algo desconfiada, de que à terceira seja de vez!...Depois de ter repetido integralmente por três vezes o processo, no espaço de pouco mais de trinta dias e ainda ter sido multado por ter deixado roubar o cartão!...
Mas as peripécias ilustram bem a situação relatada pelo DN que deu origem a esta série: filas intermináveis, senhas de atendimento esgotadas pela manhã…e quando se consegue fazer o pedido, nunca se sabe quando será entregue. Está explicado!...
Á muitos anos também fui roubado e quando fui a Policia pediram-me 25.00 escudos para apresentar a queixa, eu disse eu estou longe de casa e fui roubado, resposta e o que eu tenho haver com isso.
ResponderEliminarO resto da incompetência dos funcionários e da estoira da foto do teu cartão, faz parte de uma função publica ande não vale nada ser profissional.
Não á despedimentos, não á multas por mau serviço, não á promoções e despromoções, nada acontece a que faz bem ou mal.
Caro Drº Pinho Cardão:
ResponderEliminarNão se deixe ir abaixo! Vai vencê-los pela perseverança e muito em breve (!?) terá o seu tão almejado cartãozinho! Contente-se! Conseguiu passar esse teste terrível sem esganar a menina que não lhe tirou os óculos!
Ainda se os documentos, independentemente de terem sido ou não furtados, tivessem expirado, compreendia-se que houvesse necessidade de procedimentos repetitivos. Agora, documentos ainda válidos…porque raio não será possível nova emissão automática!? Será que há razões que a razão desconhece para este procedimento? Alguém faz o favor de se chegar à frente com uma explicação razoável?
Não desespere caro Da Serra, em relação ao drº Pinho Cardão é um sortudo! Não teve de aguentar ali na fila horas a fio...
ResponderEliminarO mais que pode ter acontecido foi a "menina" advinhar que lhe faltam os óculos!
Bom... esta lista de "desgraças" com a finalidade de obter um simples CD, num época em que o fantástico "SIMPLEX" é (ou devia ser?) uma realidade, faz-me lembrar a estória do fulano que para conseguir comprar um mero rolo de papel higiénico, depois de ter apresentado um azulejo, a sanita e a torneira que equipavam a casa de banho de sua casa, acabou por ter de baixar as calças, para comprovar o destino do dito...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão, eu conheço um jovem talentoso que está a tentar ganhar a vida a fazer representações cómicas de improviso. Posso mandar-lhe os seus posts? e, já agora, os comentários?, já prevejo uma carreira de sucesso... na Europa! ;)
ResponderEliminarDiria mais os comentários do que os modestos posts!...
ResponderEliminarPor mim,um cómico autêntico merece tudo.
Não me refiro àqueles imitadores que pululam por aí...