No jornal Público de hoje, o jornalista recém despedido Alfredo Mendes fala nos seguintes termos daquilo que ele classifica como Estratégia chinesa: "Todos os anos, centenas de jovens tentam entrar na profissão. Em vez de ter profissionais com experiência, com qualidade, nos quadros das empresas, tem-se estagiários a trabalhar à borla. E sai um jornalismo padronizado, sem memória, sem génio e sem arte. E as redacções transformam-se em espaços frios e tristes."
O pior, digo eu, é que esta é uma estratégia generalizada, senão mesmo global, com todas as consequências. Não serão só as artes e modelos financeiros os responsáveis por este desmoronar de uma forma de viver...
Concordo absolutamente com a análise do jornalista, tal como concordo quando a Dra. Suzana Toscano quando diz que - “esta é uma estratégia generalizada, senão mesmo global, com todas as consequências.”
ResponderEliminarCom efeito, nota-se em vários níveis uma falta muito grande de conhecimento e imaginação, e o que mais se observa é um produto final “estilizado”. Valorizam-se demasiado os currículos, em desfavor da avaliação “verdadeira” daqueles que os suportam.
Para já, ainda há alguns que sabem fazer bem, no futuro logo se verá...
Suzana
ResponderEliminarA par da estratégia descrita temos uma outra que agrava ainda mais a desvalorização do talento, do saber, da aprendizagem, do esforço e do investimento pessoal e familiar tantas vezes acompanhado de grande sacrifício.
Refiro-me à contratação de pessoas com competências e qualificações acima daquelas que exigem o desempenho de uma determinada tarefa ou profissão para a qual são contratadas.
Estamos perante comportamentos desviantes e oportunistas de efeitos altamente perversos. Estratégias destas prejudicam o normal funcionamento da sociedade e da economia que paradoxalmente acreditam e defendem o investimento em formação cada vez mais qualificada para fazer face aos desafios do futuro.
Este "modelo" não funciona. Os resultados estão à vista...
Também aqui se vê bem as estratégias de curto prazo e ganho imediato, mas duvido que se procurem as causas da crise para além das regras financeiras, da regulação e de mais modelos jurídicos que só cuidam da forma e não dos comportamentos...É que é mais difícil e leva mais tempo, talvez outra geração, para mudar atitudes que levaram á desumanização da sociedade e das empresas.
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