domingo, 22 de fevereiro de 2009

Memória e sujidade


Passear pelo Jardim Botânico é um verdadeiro privilégio, sobretudo se for acompanhado dos netos. Um espaço mais que aprazível, um Éden dentro da cidade. Mas quando passamos em frente da estátua de Brotero, da autoria de Soares dos Reis, a beleza do parque enegrece-se com a escuridão a que está votada a memória do “amante dos mortais”. Suja, muito suja, a esconder a beleza de uma obra de arte e de tudo quanto a simboliza. Enquadrada por duas belas árvores, Ginkgo biloba, símbolo da paz e da longevidade, utilizada com fins terapêuticos para oxigenar o cérebro e até para “estimular a memória”, revela falta de cuidados por parte dos responsáveis. Não haverá um “mortal” responsável que a restitua à sua beleza original? Será que se esqueceram? Podia prescrever um chá de Ginkgo biloba para estimular a memória e, ao mesmo tempo, ganharíamos todos ao respeitar a Memória...

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