Por onde quer que um sujeito se vire, nada mais consegue ouvir, ver ou ler do que o erro do árbitro. Como se fosse o primeiro e o único a influenciar resultados!...
O futebol é um jogo, não é um processo químico onde entram oxigénio e hidrogénio e sai água, ou entra eucalipto e sai papel. É um jogo onde entra habilidade e técnica, táctica e estratégia, mas também sorte e azar, a sorte e o azar dos atletas e dos treinadores e a sorte e o azar dos árbitros. Embora incorpore elementos científicos, o futebol não é ciência, nem razão, mas é sobretudo emoção. Ninguém vibra, nem ao de leve, com a lâmina de papel que sai da celulose, mas muitos se emocionam com o golo que o atleta cria e faz nascer. O futebol tornou-se indústria e arte, arte e espectáculo, espectáculo e diversão, diversão e drama, alegria, mas também tragédia.
Os erros dos árbitros desculpam a impreparação dos dirigentes, as deficiências dos treinadores, a menor qualidade dos futebolistas. No momento, das derrotas são os árbitros os únicos culpados. No dia seguinte, é o treinador que é despedido e as equipas remodeladas.
De acordo com as circunstâncias, os erros são vistos de muitas maneiras. Consoante o beneficiado, há erros que são desculpados, mas outros iguais são agravados ao infinito. Nos primeiros, o árbitro tem boa nota, e errar é humano. Nos segundos, o erro é indesculpável e a conduta reprovável. Há erros inventados e tornados suspeitosos para serem investigados. E há erros notórios, claros, transparentes, evidentes, para ficarem acima de toda a suspeita. O erro claro iliba o beneficiado e o árbitro, o erro duvidoso condena o árbitro e o beneficiado.
Os erros também variam com os dias ou até as horas. O erro contra o qual o dirigente ontem bramava, porque a sua equipa perdeu, é o erro que hoje aceita pacificamente, porque fez ganhar a sua equipa. E se o primeiro indiciava a mais torpe das corrupções, o segundo evidencia a mais clara das transparências.
O erro que beneficia os grandes é empolado; o que prejudica os pequenos, esquecido. O jornalista ou o comentador adepto, por imparciais, é que certificam os erros do árbitro, por definição parcial. E julgam-no com todo o desdém, depois de vistas e revistas as imagens do jogo.
Mas há árbitros bons e árbitros maus. O árbitro de sábado já foi, e por muitas vezes, muito, muito bom para qualquer dos clubes que se defrontaram na final da Taça da Liga. E muito, muito mau para outros que contra eles jogaram. Nunca vi nenhum denunciar esses erros. Até acharam as vitórias justas. Nessas alturas, como agora, um e outro se tomaram por justos vencedores. Os erros a seu favor eram, obviamente, virtuosos!...
O futebol é um jogo, não é um processo químico onde entram oxigénio e hidrogénio e sai água, ou entra eucalipto e sai papel. É um jogo onde entra habilidade e técnica, táctica e estratégia, mas também sorte e azar, a sorte e o azar dos atletas e dos treinadores e a sorte e o azar dos árbitros. Embora incorpore elementos científicos, o futebol não é ciência, nem razão, mas é sobretudo emoção. Ninguém vibra, nem ao de leve, com a lâmina de papel que sai da celulose, mas muitos se emocionam com o golo que o atleta cria e faz nascer. O futebol tornou-se indústria e arte, arte e espectáculo, espectáculo e diversão, diversão e drama, alegria, mas também tragédia.
Os erros dos árbitros desculpam a impreparação dos dirigentes, as deficiências dos treinadores, a menor qualidade dos futebolistas. No momento, das derrotas são os árbitros os únicos culpados. No dia seguinte, é o treinador que é despedido e as equipas remodeladas.
De acordo com as circunstâncias, os erros são vistos de muitas maneiras. Consoante o beneficiado, há erros que são desculpados, mas outros iguais são agravados ao infinito. Nos primeiros, o árbitro tem boa nota, e errar é humano. Nos segundos, o erro é indesculpável e a conduta reprovável. Há erros inventados e tornados suspeitosos para serem investigados. E há erros notórios, claros, transparentes, evidentes, para ficarem acima de toda a suspeita. O erro claro iliba o beneficiado e o árbitro, o erro duvidoso condena o árbitro e o beneficiado.
Os erros também variam com os dias ou até as horas. O erro contra o qual o dirigente ontem bramava, porque a sua equipa perdeu, é o erro que hoje aceita pacificamente, porque fez ganhar a sua equipa. E se o primeiro indiciava a mais torpe das corrupções, o segundo evidencia a mais clara das transparências.
O erro que beneficia os grandes é empolado; o que prejudica os pequenos, esquecido. O jornalista ou o comentador adepto, por imparciais, é que certificam os erros do árbitro, por definição parcial. E julgam-no com todo o desdém, depois de vistas e revistas as imagens do jogo.
Mas há árbitros bons e árbitros maus. O árbitro de sábado já foi, e por muitas vezes, muito, muito bom para qualquer dos clubes que se defrontaram na final da Taça da Liga. E muito, muito mau para outros que contra eles jogaram. Nunca vi nenhum denunciar esses erros. Até acharam as vitórias justas. Nessas alturas, como agora, um e outro se tomaram por justos vencedores. Os erros a seu favor eram, obviamente, virtuosos!...
É incrível realmente, em qualquer dos canais ao fim de um quarto de hora de telejornal ainda era a mesma notícia, os debates foram todos sobre isso, a sic notícias alterou a programação e cancelou a entrevista ao dr. Silva Lopes...Isso é que é um escândalo.
ResponderEliminarAssisti às imagens televisivas que para mim foram demonstrativas de que restaram dúvidas ao àrbitro, acerca da marcação da falta.
ResponderEliminarAcredito que a resolução de marcar falta tenha sido percipitada, mas, imagino-me, árbitro num desafio com a importância daquele a que assistimos, perante a necessidade de decidir honesta e profissionalmente a marcação daquela falta, que se por um lado me pareceu, por outro me deixou dúvidas...
A partir do momento em que o árbitro apita, a assistência no estádio e aquela que se encontra fora, aguarda uma decisão que vai ser contrária aos interesses de uma das equipes.
Na verdade, o clubismo, o facciosismo e sei lá mais o quê, fazem com que a marcação de uma falta, mesmo que justa seja sempre mal aceite e contestada pela equipe penalizada.
Sem ser especial conhecedor de futebol, mas apreciando sobretudo a justiça e a clareza em qualquer aspecto da vida privada, social e/ou desportiva, continuo a interrogar-me e a interrogar aqueles com quem troco impressões acerca destes assunto, porque carga de água não decidem colocar junto ao relvado um monitor a que os arbitros recorram para revisonar os passes e aferir com a máxima certeza se realmente aconteceu falta ou não?!
Não acredito que ainda ninguem se tenha lembrado disto, ou que esta solução não seja exequível, porem não consigo perceber porque motivo ainda não recorrem a este meio, pois é mais que óbvio, se o teleespectador assiste com toda a facilidade a um conjunto de imágens inequivocamente esclarecedoras, em tempo real, é em minha opinião de toda a utilidade que os juízes em campo tenham a mesma "ferramenta" ao seu dispor. Talvez fosse a forma de o apito dourado mudar de cor.
;)
Também julgo que o "fenómeno" tomou proporções ridículas e já enjoa. Mas, meus caros, com dizia um conhecido homem da rádio já desaparecido "é disto que o meu povo gosta!".
ResponderEliminarAgora que a atenção que as TV dão da coisa tem piada se a quisermos ver, ai isso tem. Ontem, sem fuga possivel pois todos os canais dedicaram a maior parte do tempo ao assunto (por momentos até me pareceu que o National Geographic estava a falar de Lucilio Batista...), ri-me a bom rir com o painel de comentadores da TVI24 - Barroso, Seara e Pôncio. Uns pontos! É que os homens levam a sério o seu papel e discutem aquele segundo do jogo, o esgar do assistente, a palavra dita pelo jogador, o pensamento mais profundo do treinador com uma profundidade que faz Sócrates (o outro, o filósofo) parecer um imbecil.
No final, é inevitável pensar que o episódio de Roma a arder e os romanos divertidos tem dias de renascimento.
Mas, Meu Caro Amigo, se a coisa é assim tão mínima, e eu também acho que é, como é que gastas o teu latim com estas questiúnculas menores?
ResponderEliminarEu do que tomei nota relevante foi que o BPN está a oferecer uma Conta Ordenado XL. Achas que é de aproveitar?
Por outro lado, comoveu-me a quantidade de vezes que os rapazes, de um lado e do outro, foram ao chão: mais do que duas por minuto (em média) durante grande parte do jogo. Não é queda a mais? Ou o futebol agora é assim que se joga mas eu ando desfasado?
Quanto ao nosso desafio estou a ganhar por 6-0, salvo erro e omissão.
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarA discussão sobre a utilização da tecnologia vídeo no futebol vem-se fazendo em vários países e também em Portugal. Claro que daria a verdade nalguns lances,mas noutros traria ainda maior discussão. O papel de árbitro passaria para as mãos do operador, por exemplo nos off-side. E daria azo a interrupções descabidas. No entanto, e em situações tipicadas, seria de experimentar.
Caro Ferreira de Almeida:
De facto, são uns pândegos. E acho, naturalmente, claro, o Pôncio o maior, porque me parece que está ali unicamente para passar um bom bocado, por cima ainda bem remunerado.
Mas o painel é, de facto, de pensamentos profundos e intensos...
Caro Rui Fonseca:
Mas o jogo não passou ainda do início. Tem calma, que no fim veremos...
Caro Dr. Pinho Cardão, ha minutos atrás, enquanto conduzia pela A1 rumo ao paraízo, escutava o rádio do carro,sintonizado na Antena1, eis senão quando, escuto com satisfação na rúbrica "Janela Indiscreta" com a assinatura de Pedro Rolo Duarte, ser citado o seu post, a sua pessoa e consequentemente o "4R", grande honra.
ResponderEliminarNão lhe parece que devíamos contactar o senhor e negociar um cachêzinho!?
Digo, devíamos, porque calculo que possa equacionar a hipotese de me nomear seu agente... literário... por uma exígua comissãozita de 25%!?
Nada que se compare com aquilo que, segundo consta, é oferecido aos árbitros para "intermediar" um resultado.
Posso começar os contactos?
;))
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarObrigado pela amabilidade da informação desse facto, que honra sobremaneira a RDP...mas que desconhecia.
Quanto à "agência", considere-se já dono da mesma, mas incluindo o ensino do caminho para o paraíso, que o meu amigo, pelos vistos, conhece bem!...
Caro Dr. Pinho Cardão,
ResponderEliminarCreio que já tive a oportunidade de convidar o meu amigo, assim como aos restantes autores e comentadores do 4R, para visitarem o meu pequeno Shangri-La. Não fica nos Himalaia, mas logo ao lado de Arruda dos Vinhos. Terra de gente generosa e franca que quase adoptei como minha.
O convite mantem-se.
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarMuito obrigado. Na altura, andava de canadianas e não foi possível. Mas oportunidades não hão-de faltar!...
Atenção, pois, autores de 4R!...