Tive conhecimento que deu entrada na Assembleia da República, em Abril de 2006, uma petição (nº255/X/1ª) no sentido de ser reconhecido pelo nosso país o genocídio praticado na Ucrânia, conhecido pelo “Holodomor”, a “Grande Fome de 1932-1933”, em que cerca de quatro milhões de pessoas foram deliberadamente exterminadas através do maquiavélico mecanismo da fome. Autor? O regime estalinista, que assim pretendeu reprimir a identidade nacional de um povo.
Têm sido tomadas, desde há alguns anos, muitas iniciativas com o objetivo de lembrar e condenar tão hediondo comportamento, entre as quais se destacam as seguintes: Declaração conjunta de vários países-membros das Nações Unidas (A/C.3/58/9), no decurso da 58.ª Sessão da Assembleia-Geral da O.N.U., em 10/11/2003; Mensagem de Sua Santidade João Paulo II, em 23/11/2003; Mensagem do Diretor Geral da UNESCO, Sr. Koichiro Matsuura, em 16/12/2003; Resoluções aprovadas respetivamente pelo Parlamento da Estónia (20/10/1993); pelo Parlamento da Ucrânia (15/5/2003); pelo Senado do Canadá (19/6/2003); pelo Senado dos Estados Unidos da América (21/7/2003); pelo Parlamento do País Basco (5/9/2003); pelo Senado da Argentina (17/9/2003); pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (21/10/2003); pelo Senado da Austrália (31/10/2003); pelo Parlamento da Hungria (28/11/2003); pelo Parlamento da Lituânia (24/11/2005); pelo Parlamento da Geórgia (20/12/2005) e pelo Senado da Polónia (17/3/2006); Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, sobre a necessidade de uma condenação internacional dos crimes dos regimes comunistas totalitários, em 25/01/2006.
Apesar de haver apoiantes da tese da Assembleia da República “não ter por hábito abordar questões históricas” (palavras de Jaime Gama) - o que não a impede de ser bastante prolixa em “votos” de todos os tipos e géneros -, fico perplexo pelo fato de a petição não ter sido, mesmo assim, submetida a debate, e, pelo andar da carruagem, não descortino que algum dia suba ao hemiciclo, a não ser que seja subscrita pelos tais quatro milhar de cidadãos, salvo erro.
Mas haverá alguém que se incomode com algo que ocorreu há tantos anos, um estranho acontecimento que a maioria nunca ouviu falar e que matou pessoas do outro lado da Europa? Se formos por este caminho ainda vamos ter que condenar outros acontecimentos ocorridos nos séculos anteriores, o que é uma chatice! - Estão mortos, não estão? - Estão!
Convém não esquecer que a história tem o péssimo hábito de se repetir e nada melhor do que registar os acontecimentos para estimular a memória. Faz muito bem à saúde dos povos.
Perante esta situação não deixo de me interrogar: - Será que os senhores deputados têm algum receio ou “prurido” em debater este assunto? Nunca se sabe!
Têm sido tomadas, desde há alguns anos, muitas iniciativas com o objetivo de lembrar e condenar tão hediondo comportamento, entre as quais se destacam as seguintes: Declaração conjunta de vários países-membros das Nações Unidas (A/C.3/58/9), no decurso da 58.ª Sessão da Assembleia-Geral da O.N.U., em 10/11/2003; Mensagem de Sua Santidade João Paulo II, em 23/11/2003; Mensagem do Diretor Geral da UNESCO, Sr. Koichiro Matsuura, em 16/12/2003; Resoluções aprovadas respetivamente pelo Parlamento da Estónia (20/10/1993); pelo Parlamento da Ucrânia (15/5/2003); pelo Senado do Canadá (19/6/2003); pelo Senado dos Estados Unidos da América (21/7/2003); pelo Parlamento do País Basco (5/9/2003); pelo Senado da Argentina (17/9/2003); pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (21/10/2003); pelo Senado da Austrália (31/10/2003); pelo Parlamento da Hungria (28/11/2003); pelo Parlamento da Lituânia (24/11/2005); pelo Parlamento da Geórgia (20/12/2005) e pelo Senado da Polónia (17/3/2006); Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, sobre a necessidade de uma condenação internacional dos crimes dos regimes comunistas totalitários, em 25/01/2006.
Apesar de haver apoiantes da tese da Assembleia da República “não ter por hábito abordar questões históricas” (palavras de Jaime Gama) - o que não a impede de ser bastante prolixa em “votos” de todos os tipos e géneros -, fico perplexo pelo fato de a petição não ter sido, mesmo assim, submetida a debate, e, pelo andar da carruagem, não descortino que algum dia suba ao hemiciclo, a não ser que seja subscrita pelos tais quatro milhar de cidadãos, salvo erro.
Mas haverá alguém que se incomode com algo que ocorreu há tantos anos, um estranho acontecimento que a maioria nunca ouviu falar e que matou pessoas do outro lado da Europa? Se formos por este caminho ainda vamos ter que condenar outros acontecimentos ocorridos nos séculos anteriores, o que é uma chatice! - Estão mortos, não estão? - Estão!
Convém não esquecer que a história tem o péssimo hábito de se repetir e nada melhor do que registar os acontecimentos para estimular a memória. Faz muito bem à saúde dos povos.
Perante esta situação não deixo de me interrogar: - Será que os senhores deputados têm algum receio ou “prurido” em debater este assunto? Nunca se sabe!
Caro Professor:
ResponderEliminarFez bem em recordar esse episódio criminoso levado a cabo por um ditador desumano e sanguinário, mas que mereceu e merece ainda a admiração de muitos em Portugal, alguns dos quais no nosso democrático Parlamento.
O que há de pior na humanidade está bem patente nessa tragédia.
Caro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarFez bem em recordar o genocídio praticado na Ucrânia.
Recordar não só faz bem à saúde dos povos, como é também um sinal de respeito e humildade pelas pessoas que foram vítimas das barbáries cometidas por ditadores que a história também não se deve esquecer de julgar e condenar.
Com efeito caro Professor Massano Cardoso, mesmo os mais distraídos já tiveram certamente oportunidade de provar o facto incontestável e incontornável da repetição dos ciclos da histórica.
ResponderEliminarAcredito tambem que alguma dia, essa já esquecida petição, venha a ser votada no hemiciclo, não só devido a possíveis "comichões" a que alguns deputados possam ser sensíveis, mas tambem porque a maioria estará convencida que essas situações nunca se voltarão a repetir.
Até porque actualmente temos pessoas a comandar os nossos destinos, possuidoras de uma visão futurista e de antecipação que fariam corar de vergonha um Nostradamus, ou um Bandarra. Falo do Presidente da CE, Durão Barroso que num golpe de vista inter-galáctico, preveniu todo o mundo, mas sobretudo os europeus, para o aumento do desemprego que se irá continuar a sentir.Apresentando como solução a necessidade de os trabalhadores sentirem que os seus dirigentes estão preocupados!? (com quê!?)
Fico pasmo, como é que á possível, numa era em que já se respira informação por cada poro, haja ainda pessoas com o poder vidência tão acurado.
Assim, é impossível que a repetição da história nos apanhe com «as calças na mão».
O que podemos nós esperar de gente que ainda há um ano "chumbou" um voto de repúdio pelo Regicídio? Andam a pedi-las...
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