Desde há muito que o Governo e Sócrates (o 1º Ministro ainda há dois dias o repetiu na RTP), dizem que definiram e vêm concretizando como medida prioritária e essencial o investimento público, para dinamizar a economia e contrariar o aumento galopante do desemprego.
Fui ver se é verdade. E consultei a Conta Geral do Estado de 2007 e os Relatórios de Execução Orçamental de 2008 e 1º Trimestre de 2009, documentos insuspeitos.
Verifiquei que não há ponta de verdade no que diz o Governo, já que a despesa de capital da Administração Central e da Segurança Social, isto é, o investimento da responsabilidade do Governo, tem vindo a diminuir ano após ano.
Em 2005, foram investidos 4,54 mil milhões de euros; em 2006, o valor investido foi menor, 4,16 mil milhões de euros, e em 2007, o valor foi ainda mais baixo, 4, 07 mil milhões de euros.
E se em 2005 tal valor representava 3,0% do PIB, passou a representar 2,7% em 2006 e apenas 2,5% em 2007.
Comparando com a despesa total, o investimento público representava 7%, em 2005, e passou a representar 6,4% em 2006 e 6% em 2007.
Isto é, o Estado tem aumentado a Despesa Pública, mas em gastos puros e muito desperdício, pouco sobrando para investimento, pelo que a parcela investida é cada vez menor.
No que respeita a 2008, ainda não há Conta Geral do Estado. Mas compulsando o Relatório da Direcção Geral do Orçamento referente a Dezembro de 2008, aqui apenas no que respeita ao Sub-Sector Estado, verifica-se que ao investimento foi de 2,8 mil milhões de euros, equivalente a 6,1% da despesa, quando no ano anterior foi 3,2 mil milhões, equivalente a 7,1%. Portanto, o investimento público de 2008 baixou em relação a 2007.
E a tendência mantém-se em 2009. No 1º trimestre, o investimento foi de 580,5 milhões de euros, equivalente apenas a 5,6% da Despesa.
Também nesta matéria, o que o Governo diz não corresponde à realidade e a política de investimento público tão persistentemente apregoada e louvada é um mito. Cada vez mais os impostos que pagamos e a dívida que contraímos vão para puro desperdício. É esta, infelizmente, a realidade dos factos. Que nada podem, até ver, perante a realidade diariamente impingida pelo Governo.
Fui ver se é verdade. E consultei a Conta Geral do Estado de 2007 e os Relatórios de Execução Orçamental de 2008 e 1º Trimestre de 2009, documentos insuspeitos.
Verifiquei que não há ponta de verdade no que diz o Governo, já que a despesa de capital da Administração Central e da Segurança Social, isto é, o investimento da responsabilidade do Governo, tem vindo a diminuir ano após ano.
Em 2005, foram investidos 4,54 mil milhões de euros; em 2006, o valor investido foi menor, 4,16 mil milhões de euros, e em 2007, o valor foi ainda mais baixo, 4, 07 mil milhões de euros.
E se em 2005 tal valor representava 3,0% do PIB, passou a representar 2,7% em 2006 e apenas 2,5% em 2007.
Comparando com a despesa total, o investimento público representava 7%, em 2005, e passou a representar 6,4% em 2006 e 6% em 2007.
Isto é, o Estado tem aumentado a Despesa Pública, mas em gastos puros e muito desperdício, pouco sobrando para investimento, pelo que a parcela investida é cada vez menor.
No que respeita a 2008, ainda não há Conta Geral do Estado. Mas compulsando o Relatório da Direcção Geral do Orçamento referente a Dezembro de 2008, aqui apenas no que respeita ao Sub-Sector Estado, verifica-se que ao investimento foi de 2,8 mil milhões de euros, equivalente a 6,1% da despesa, quando no ano anterior foi 3,2 mil milhões, equivalente a 7,1%. Portanto, o investimento público de 2008 baixou em relação a 2007.
E a tendência mantém-se em 2009. No 1º trimestre, o investimento foi de 580,5 milhões de euros, equivalente apenas a 5,6% da Despesa.
Também nesta matéria, o que o Governo diz não corresponde à realidade e a política de investimento público tão persistentemente apregoada e louvada é um mito. Cada vez mais os impostos que pagamos e a dívida que contraímos vão para puro desperdício. É esta, infelizmente, a realidade dos factos. Que nada podem, até ver, perante a realidade diariamente impingida pelo Governo.
I Parte
ResponderEliminarSem as coisas corrigidas
e com muita hipocrisia,
estas políticas fingidas
são feitas de pura fantasia!
Quatro anos desperdiçados
com propaganda falaciosa,
deixa muitos despedaçados
com esta política ociosa.
O mexilhão trabalhador
de mangas arregaçadas,
não é merecedor
de todas estas maçadas!
II Parte
A marca da desgovernação
é terrível e escandalosa,
a teoria da negação
é de natureza ardilosa.
Esta catástrofe social
tem uma marca bem vincada,
este socialismo demencial
é feito de política tresloucada!
O mexilhão trabalhador
e perfeitamente capacitado,
não é de todo merecedor
de um (des)Governo inabilitado!
Recebi do Gabinete do Pê Mê uma nota, concedendo-me procuração para apresentar em seu nome, um comentário a este post.
ResponderEliminarNa qualidade do «cargo» para que fui indigitado, compete-me defendender com clareza o ponto do texto que me parece constituir prova argumentatória à contestação apresentada pelo autor:
«Em 2005, foram investidos 4,54 mil milhões de euros; em 2006, o valor investido foi menor, 4,16 mil milhões de euros, e em 2007, o valor foi ainda mais baixo, 4, 07 mil milhões de euros.
E se em 2005 tal valor representava 3,0% do PIB, passou a representar 2,7% em 2006 e apenas 2,5% em 2007.»
Na prespectiva do Pê Mê, esta é a prova de que a essencialidade desta política nunca esteve errada, na medida em que um investimento só o é, se as verbas que lhe são inicialmente destinadas, vierem a diminuir gradualmente, no decurso do mesmo. Contudo, essa mesma diminuição não fica a dever-se exclusivamente ao sucesso da mesma política, mas e tambem, ao aumento da taxa de inflacção, da qual descartamos toda e qualquer responsabilidade.
in: Prestidigitações Socratianas (470–399 a.C.)
Caro Manuel Braz:
ResponderEliminarOra aí está grande poesia de intervenção!...
Caro Bartolomeu:
O meu amigo devia ser desde já designado Assessor-Chefe do Grande Sócrates, com retroactivos pagos desde o séc.III a. c.!...
Caro Dr. P.C., já tenho reunião agendada com o Eme das Éfes, Tê Esse, para discutirmos a sugestão que acaba de alvitrar.
ResponderEliminarEntretanto fiz contas e... entre 399 a.C. e 2009 d.C, ou seja, entre a época das Prestidigitações Socratianas e das Prestidigitações So Cretinas... o resultado da soma dos retroactivos, ultrapassa em número de dígitos, a capacidade da minha máquina de calcular.
Preocupa-me contudo a questão da declaração da proveniência "lícita e justificada" deste inesperado enriquecimento. Ou será que aquilo que verdadeiramente me preocupa e que necessito discutir (e negociar)com o meu amigo Tê Esse, é taxa de tributação que me irá ser aplicada!?
Ai Dr. P.C., já tenho dúvidas se deva ou não aceitar a sua sugestão.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarA entrevista do PM da passada 2ª, foi um episódio burlesco de uma ópera bufa em que se trasnformou o actual Governo.
Os entrevistadores abandoram a sua tarefa para se transformarem em técnicos de motivação ocupacional, só assim compreendemos que o actual PM errou na profissão que escolheu, devia ser técnico de formação profissional.
O PM deixou de ser PM e transformou-se em monitor de cursos de formação profissional na área do apoio social. Só assim foi possível ficarmos a saber o que era o Rendimento Minímo nas suas várias versões.
Faz tempo que não assistia a tanta lateralização num espaço político.
Naturalmente que o eleitorado não é completamente idiota, e o nível de assistência foi o mais baixo de sempre.
Quanto aos números e dados, nem vale a pena comentar, como sigo o discurso deste Governo faz já alguns anos, não surpreendeu, senão no facto de começarem a não ter imaginação para o adorno.
Cumprimentos
João
Da entrevista, esperava apenas que o PM tivesse dado uma mostra de confiança na população portuguesa, instando-nos a arregaçarmos as mangas, tomarmos o destino nas nossas mãos e começarmos a trabalhar para sairmos deste buraco (ao estilo de JFK, do qual Sócrates diz partilhar a geração!).
ResponderEliminarMas não. Sócrates apenas quis passar a mensagem de que tudo deve estar no Estado e tudo deve ser para o Estado, que é, para ele, a única instituição para a qual os portugueses se viram neste tempo de crise, e à qual pedem, de joelhos e olhos lacrimejantes, que resolva os seus problemas. Ele, magnânimo e hábil condutor de gentes, será a única e derradeira esperança para nos salvar as tormentas que nos afligem. E para piorar as coisas, o nosso herói é acossado por criaturas desprezíveis e vis, cheias de bílis e inveja, que apenas procuram manchar a sua imaculada rectidão moral.
A mentira que o dr. Pinho Cardão denuncia (e que é recorrente em todas as áreas da governação, com maior ou menor gravidade), é resultante das rachas que inevitavelmente começam a estalar na capa de propaganda e ilusão que sempre acompanha o presente executivo. Os homens providenciais nunca deram bons resultados no longo prazo, e temo que Portugal caminhe para um destino muito desagradável.
Penso que chegou a altura de todos os portugueses assumirem a responsabilidade por Portugal, esta terra de que, aparentemente, tanto gostamos mas tão mal tratamos. E não esquecer, como recentemente lembrou o General Eanes, que temos o governo que merecemos. Se calhar o problema está em procurarmos as soluções no sítios errados (i.e. o Estado).
Boa malha, Pinho Cardão, boa malha!
ResponderEliminarO World Economic Outlook do FMI, divulgado há 2 dias, aponta Portugal como um dos países em que as medidas anti-crise são consideradas quase inexistentes...mesmo antes de lerem este Post! Coincidências...
Dr.Pinho Cardão: acha que alguém ainda acredita na "troupe"?Obrigada por me dar a oportunidade de ver que não tenho motivos para acreditar neles, desde o primeiro dia da sua(deles) (des)governação!
ResponderEliminarDizia, ontem, Ramalho Eanes, que "temos o governo que merecemos, a crise que merecemos, as consequências que mrecemos"...
E ele...?
Ele... quem (ou, ele... o quê), Maria Ribeiro !?
ResponderEliminarEstá muito bem assim. Sabendo nós o que é investimento público, está óptimo!
ResponderEliminarCaro João:
ResponderEliminarAcontece que mesmo os mais avisados têm surpresas perante o desfasamento entre as palavras e a realidade.
Caro RXC:
De factom um dos grandes mitos e um dos grandes obstáculos deste país é o Estado.
Cara Maria Ribeiro:
Infelizmente, ainda há muita gente que acredita no governo, claro. Mas como acreditar é uma questão de fé, pois fiquem-se com ela, que verão o tombo que levam...
Caro Tonibler:
Mas entre investir bem e gastar mal, isto é desperdiçar...
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarInvestir bem? Isso aconteceu quando? Deviam ter filmado para agora recordarmos...
Caro Tonibler:
ResponderEliminarNão vou longe disso. Mas como sou uma pessoa com esperança...