Ninguém duvida que as fragrâncias têm uma conotação sexual. Tudo aponta para que tenham sido utilizadas muito cedo, há mais de 5.000 anos, com esse fim. Houve períodos em que era mesmo necessário recorrer aos perfumes para esconder os maus cheiros resultantes da falta de prática higiénica tão comum em certas épocas.
A procura de fragrâncias e a capacidade olfativa para as detetar é do conhecimento geral. As feromonas desempenham um papel muito importante na atração sexual em muitas espécies. Importa saber qual o papel, se é que ele existe, na nossa espécie, dos odores que emitimos. A comunicação olfativa é uma realidade que não se esgota numa “comunicação vernácula”, traduzida pelos maus cheiros, ou excesso de odor, estende-se a fenómenos naturais que desempenharam, e quem sabe se ainda não desempenham, um papel muito importante no acasalamento. Pelo menos usamos fragrâncias com esse “desiderato”, ou seja, muitas vezes, apenas para realçar a produção natural. Resta saber se, mesmo sem as usar, os nossos organismos ainda conseguem detetá-las. Também é do conhecimento geral que, face às inúmeras fragrâncias, reagimos de forma diversa. Gostamos de algumas, detestamos outras e nem sempre somos coincidentes nos gostos.
Em todas as culturas podemos observar o comportamento ritualista do uso de perfumes que perpetua antigas práticas egípcias. A importância dos odores está também contemplada na própria Bíblia.
Face ao exposto, alguns cientistas chegam a afirmar que o uso das fragrâncias não é para esconder maus odores mas sim para realçar odores naturais.
O complexo major de histocompatibilidade representa um conjunto de genes codificadores da síntese de proteínas as quais por sua vez desempenham um papel muito importante em termos imunológicos. Este sistema influencia a resistência às doenças, desempenha um papel na aceitação e rejeição dos transplantes e facilita a tolerância ao feto durante a gravidez, além de outras funções importantes, nomeadamente o desenvolvimento do sistema nervoso. Uma das suas principais características é a extraordinária diversidade genética. Quanto maior a diversidade melhor. Deste modo, o cruzamento de genes semelhantes, que ocorre em comunidades endogâmicas, não é aconselhável, nem benéfico para os indivíduos. A procura de um parceiro com genes diferentes, em termos de sistema major de histocompatibilidade, é acompanhada de um ganho em termos evolutivos.
A produção de descendentes caracterizados por um elevado polimorfismo nesta área confere aos portadores maior resistência face aos agressores.
É aqui que as preferências por certas fragrâncias podem também desempenhar um papel importante na espécie humana. De facto, já foram testados as preferências de odores entre humanos, tendo-se verificado uma “empatia odorífica” entre os que apresentam dessemelhanças. Os que apresentam genes semelhantes não apreciam os odores um do outro, contribuindo, talvez, para evitar descendência com pouca diversidade de um sistema muito importante que nos protege face às agressões patogénicas. Claro que na espécie humana as coisas são mais difíceis de analisar, ao contrário de outras espécies. De acordo com o genótipo do sistema major de histocompatibilidade, as preferências pelas diversas fragrâncias sofrem uma grande variação, traduzindo um fenómeno que deverá ter tido um papel muito importante na evolução.
O nariz continua a desempenhar um papel muito importante na seleção natural ao contribuir para a “escolha de parceiros” mais qualificados a fim de garantir maior diversidade ao descendente, possibilitando-lhe uma maior resistência.
Quando ela lhe pergunta: - Gostas do meu perfume? E ele responde: Adoro, meu amor! É muito provável que os seus sistemas major de histocompatibilidade sejam mesmo diferentes. Mas se um dos dois achar enjoativo o after-shave ou o perfume, então o melhor é pensar duas vezes! Quem sabe se não estão a ir contra a força da seleção natural! E se não estiverem contra ela, pelo menos estão contra as fragrâncias em questão...
Ai Darwin, Darwin! Só nos arranjaste dores de cabeça!
A procura de fragrâncias e a capacidade olfativa para as detetar é do conhecimento geral. As feromonas desempenham um papel muito importante na atração sexual em muitas espécies. Importa saber qual o papel, se é que ele existe, na nossa espécie, dos odores que emitimos. A comunicação olfativa é uma realidade que não se esgota numa “comunicação vernácula”, traduzida pelos maus cheiros, ou excesso de odor, estende-se a fenómenos naturais que desempenharam, e quem sabe se ainda não desempenham, um papel muito importante no acasalamento. Pelo menos usamos fragrâncias com esse “desiderato”, ou seja, muitas vezes, apenas para realçar a produção natural. Resta saber se, mesmo sem as usar, os nossos organismos ainda conseguem detetá-las. Também é do conhecimento geral que, face às inúmeras fragrâncias, reagimos de forma diversa. Gostamos de algumas, detestamos outras e nem sempre somos coincidentes nos gostos.
Em todas as culturas podemos observar o comportamento ritualista do uso de perfumes que perpetua antigas práticas egípcias. A importância dos odores está também contemplada na própria Bíblia.
Face ao exposto, alguns cientistas chegam a afirmar que o uso das fragrâncias não é para esconder maus odores mas sim para realçar odores naturais.
O complexo major de histocompatibilidade representa um conjunto de genes codificadores da síntese de proteínas as quais por sua vez desempenham um papel muito importante em termos imunológicos. Este sistema influencia a resistência às doenças, desempenha um papel na aceitação e rejeição dos transplantes e facilita a tolerância ao feto durante a gravidez, além de outras funções importantes, nomeadamente o desenvolvimento do sistema nervoso. Uma das suas principais características é a extraordinária diversidade genética. Quanto maior a diversidade melhor. Deste modo, o cruzamento de genes semelhantes, que ocorre em comunidades endogâmicas, não é aconselhável, nem benéfico para os indivíduos. A procura de um parceiro com genes diferentes, em termos de sistema major de histocompatibilidade, é acompanhada de um ganho em termos evolutivos.
A produção de descendentes caracterizados por um elevado polimorfismo nesta área confere aos portadores maior resistência face aos agressores.
É aqui que as preferências por certas fragrâncias podem também desempenhar um papel importante na espécie humana. De facto, já foram testados as preferências de odores entre humanos, tendo-se verificado uma “empatia odorífica” entre os que apresentam dessemelhanças. Os que apresentam genes semelhantes não apreciam os odores um do outro, contribuindo, talvez, para evitar descendência com pouca diversidade de um sistema muito importante que nos protege face às agressões patogénicas. Claro que na espécie humana as coisas são mais difíceis de analisar, ao contrário de outras espécies. De acordo com o genótipo do sistema major de histocompatibilidade, as preferências pelas diversas fragrâncias sofrem uma grande variação, traduzindo um fenómeno que deverá ter tido um papel muito importante na evolução.
O nariz continua a desempenhar um papel muito importante na seleção natural ao contribuir para a “escolha de parceiros” mais qualificados a fim de garantir maior diversidade ao descendente, possibilitando-lhe uma maior resistência.
Quando ela lhe pergunta: - Gostas do meu perfume? E ele responde: Adoro, meu amor! É muito provável que os seus sistemas major de histocompatibilidade sejam mesmo diferentes. Mas se um dos dois achar enjoativo o after-shave ou o perfume, então o melhor é pensar duas vezes! Quem sabe se não estão a ir contra a força da seleção natural! E se não estiverem contra ela, pelo menos estão contra as fragrâncias em questão...
Ai Darwin, Darwin! Só nos arranjaste dores de cabeça!
Neste caso não foi Darwin, mas à matemática que está subjacente ao sucesso evolutivo e que hoje está particularmente na "berra" em processos de optimização em inúmeros campos da tecnologia. A natureza, de uma forma incrível, foge àquilo que se chamam os extremos locais (soluções boas num âmbito restrito) provocando a diversidade para atingir os extremos globais, assimptoticamente "a perfeição genética". Os algoritmos genéticos são uma descoberta tecnológica baseado nesse processo matemático natural de fugir ao bom para atingir o óptimo usando a diversidade.
ResponderEliminarAi "matemática", "matemática"! Só nos arranjaste dores de cabeça!
ResponderEliminarMas já agora! Porque razão a "matemática" não se aplica aos políticos? Pelo que vejo, a política, sobretudo a que anda por aí, não "foge àquilo que se chamam os extremos locais (soluções boas num âmbito restrito)".
Ai, Tonibler, Tonibler! Que pena não haver algoritmos políticos"!
Não podia dar uma ajudinha para os encontrar?
Ah! O Darwin entra nesta história pelo que ele significa em termos de evolução ao ter-nos dado a possibilidade de pensar e estudar estas coisitas...
ResponderEliminarRealmente a natureza é fantástica, a quantidade de sabedoria e de estratégias codificadas que há por detrás do simples olfacto!E, já agora, qual será a explicação para o facto (creio que é generalizado) de um dos primeiros sinais da gravidez ser precisamente um apuramento do sentido do olfacto? Bem, nas mulheres pelo menos é assim, assim com a "evolução" para homens grávidos não sei se a natureza se adaptou :)
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarNão lhe sei responder com propriedade à sua pergunta. Tenho que indagar. De qualquer modo, quase que me apetecia especular que se o olfacto se torna mais apurado poderá ser uma forma de evitar agressógenos que possam por em risco o novo ser. Faço este raciocínio por analogia com a tendência para os vómitos que ocorrem precisamente no momento em que o feto é mais vulnerável a agressões externas.
De qualquer modo "há sempre uma explicação evolutiva" para os diferentes fenómenos.
SIm, parece muito lógico, eu sempre pensei que era o institnto protector, defensivo, que se aguçava, uma vez que o olfacto é o primeiro a detectar alguns sinais de perigo, como a comida estragada, ou os fumos, ou o ar poluído, etc.
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