A propósito do texto publicado pelo Massano Cardoso no Quarto da República vale a pena contar que um dos prémios da 7ª edição das Boas Práticas no Sector Público (iniciativa da Deloitte/Diário económico) atribuído na Gala do dia 21 de Maio distinguiu o projecto Unidade Móvel de Saúde, de Baião, que resultou de uma parceria entre a Câmara e a ARS-Norte. Trata-se de uma viatura que percorre as 20 freguesias de um concelho enorme, de habitação muito dispersa e com muitos idosos que leva um médico e um enfermeiro e, uma vez por semana, um médico de clínica geral para suprir a falta de médico de família. De 1 de Junho de 2006 até final do ano passado a UMS realizou mais de 15 mil assistências de enfermagem e de 300 consultas médicas, para além dos rastreios de glicemia e colestrol e 700 programas de vacinação. Organizam ainda a Semana da Vida Saudável e educação para a saúde, resultando tudo numa redução de custos para o Centro de Saúde e, claro, para os utentes.
É um excelente exemplo de, como incentiva o Massano cardoso, "a política ir para o terreno" como forma de combater as desigualdades sociais e os seus reflexos numa vida mais saudável e numa expectativa de longevidade. Se calhar, muitos centros de saúde em risco de fechar por falta de utentes iam encontrar muitos clientes se fossem ter com eles... com economias de custo e de esforço para todos!
Suzana
ResponderEliminarO trabalho em pareceria/rede que associa entidades que pela sua proximidade às populações conhecem bem as suas necessidades e os seus anseios, e que por isso mesmo são merecedoras da sua confiança, é uma via que, a meu ver, tem um potencial grande, e que permitirá combater as desigualdades sociais com maior eficácia, porque é no terreno que as coisas acontecem.
São entidades que se complementam nas suas diferentes mas complementares vocações e experiências e que unem esforços e recursos para no terreno prestarem serviços e apoios mais estruturados e, portanto, com maior capacidade de intervenção, o mesmo será dizer com maiores benefícios para as pessoas.
É verdade Margarida, mas dá muito trabalho de mobilização, de coordenação e de estímulo, deve ser por isso que não tantos exemplos quanto as boas vontades. Por isso é ainda mais importante o reconhecimento.
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