segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A coutada do chico-esperto

Nesta coisa do aproveitamento da máquina do Estado ou das empresas controladas ou dependentes do Estado para acções de propaganda em período eleitoral, não está tanto em causa o efeito que têm essas acções sobre o eleitor comum, mas sobretudo o nível maturidade da democracia. Se as instituições da democracia fossem maduras, os seus responsáveis seriam os primeiros a acautelar que os meios que gerem e os dinheiros que administram jamais seriam utilizados em apoio das teses de algumas candidaturas, sobretudo quando passou a estar claro que o sentido e a necessidade da actividade que prosseguem são politicamente controversos e serão objecto do julgamento pelo eleitorado em breve.
Atrevo-me até a dizer que numa democracia madura os responsáveis se deveriam precaver contra a simples suspeita de quebra de neutralidade.
Não é, infelizmente, assim. Continua a prevalecer a atávica atitude de chico-espertismo de alguns, que ainda não perceberam que o Povo não é parvo. Resta ao Povo dizer-lhes que não é.

3 comentários:

  1. Claramente, caro Ferreira de Almeida, claramente.
    Esta "habilidade" de incluir um encarte em jornais do fim-de-semana, pago majestaticamente pela RAVE e pelo MOPTC (por nós em última instância), contendo um execício de propaganda serôdia ao projecto da Alta-Velocidade é bem uma manifestação do que apelida "chico-espertismo"...
    Vi por mero acaso o dito texto e confesso-lhe que fiquei de boca aberta com a saloiada da propaganda.
    Convidando o leitor a escolher entre três hipóteses, em realação a um leque de perguntas sobre o TGV - duas das quais manifestamente absurdas pelo que qualquer leitor "inteligente" (parvo na realidade) só poderia escolher a resposta correspondente à verdade oficial!!!
    É difícil imaginar maior "pantominice" educativa!
    E andamos a pagar impostos para isto...e é por estas e outras semelhantes que os impostos não podem baixar, segundo a douta opinião das vestais do regime!

    ResponderEliminar
  2. A quebra de neutralidade
    da máquina estatal,
    revela a imbecilidade
    da cultura regimental.

    É atávica a atitude
    do “Chico-espertismo”,
    sendo torpe a magnitude
    deste ignóbil pedantismo.

    ResponderEliminar
  3. Aqui está mais um exemplo de Chico-Espertismo, à custa dos mais frágeis e mais carenciados, para que "pseudo-solidários" se enriqueçam despudoradamente.


    http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=7DA33307-F0F5-46D5-8746-EC4C8534E0CD&channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011


    Prisão com eles !!!

    PARABÉNS Á POLÍCIA JUDICIÁRIA.

    ResponderEliminar