Ser concubina tinha, de facto, riscos elevados.
Propriedade dos Imperadores, alguns decretavam que não lhes podiam sobreviver. Para que não pertencessem a outrém, deveriam acompanhá-los na morte. Como aconteceu com as concubinas do Imperador de Qin Shihuang, o unificador da China, que condenou todas as suas concubinas a ser queimadas vivas.
Com a suma injustiça de algumas nunca terem passado de meras figurantes, nunca tendo sido sorteadas para participar nas imperiais festanças...
É justo. O desgraçado do homem a ouvi-las todo o dia "patati, patata,patati, patata, e aquela isto e a outra aquilo..." (em chinês, claro , que ainda deve ser pior) só poderia morrer descansado se tivesse a certeza que não deixava essa tortura a ninguém.
ResponderEliminarQin Shihuang deu também mostras de uma louvável preocupação com o equilíbrio futuro das finanças do Estado: O que as concubinas podiam gastar com vestidos, sapatos e cosméticos bem podia valer, numa estimativa um tanto grosseira, sei lá, um TGV.
ResponderEliminarCaros Tonibler e JMG:
ResponderEliminarMsas que falta de sentimentos...
Já se vê que os tempos modernos trouxeram um grande sentido prático, a avaliar pelos comentários dos caros Tonibler e JMG, mas eu tenho uma grande dúvida: queimadas VIVAS porquê? Para dissuadir futuras candidatas aos postos de lutarem pela benesse? Uma forma cruel de mostrar que a política acaba sempre mal?:)
ResponderEliminarMadame, perdoar-me-á a crueza da expressão mas V. Ex.ª embatucou-me: esqueci-me desse pormenor do VIVAS. Apenas me ocorre dizer, em minha defesa e da de Sua Majestade Imperial, que talvez Sua Majestade tivesse querido associar à sua própria cremação a das concubinas, numa derradeira manifestação de apreço por parte dele e de solidariedade da parte delas. E, nesta alevantada perspectiva das coisas, a condição de viventes das Senhoras só realça a dignidade, significado e elevação da cerimónia.
ResponderEliminarCreia que o meu atrevimento em permitir-me ter uma opinião ligeiramente divergente nesta ígnea questão em nada diminui a admiração e estima das quais, com respeito, aqui dou público testemunho.