Ouvindo o Prós e Contra de hoje, com o tema Finanças do País, podemos concluir que as opiniões convergem no sentido de considerar que mais auto estradas e mais obras públicas não são a solução para os nossos males, nem para a produção de riqueza, nem para o combate ao desemprego, quer em dimensão quer em sustentabilidade. O prof. Jacinto Nunes – que lembrou que Medina Carreira, tantas vezes acusado de catastrofista, tem prestado um excelente serviço ao País quando explica a realidade das coisas - foi particularmente claro ao dizer que nos últimos dez anos se insistiu nesse caminho e o crescimento foi anémico. E sublinhou “o direito a sermos esclarecidos e a ter governantes que mereçam o nosso respeito, o que só se consegue se conseguirem esclarecer as pessoas. O Governo tem dois defeitos, falar demais e prometer coisas sem sentido nenhum, que não esclarecem as pessoas”. E acrescentou que “é precisa autoridade na Justiça, tal como é precisa nas escolas, mas que tem que ser baseada na igualdade para todos.”
Foi um debate sereno e muito interessante, em que foram exemplificadas muitas das políticas que poderiam mudar o rumo das coisas mas que exigem transparência e articulação entre as diferentes forças partidárias, para combater os interesses instalados e as chantagens que surgem sempre que se pretende alterar alguma coisa.
O que é difícil de perceber é porque é que só agora se consegue reunir um painel de pessoas que sabem manter uma conversa inteligente sobre estas questões, sem ataques nem defesas, sem recados partidários, e que se empenham realmente em que as pessoas sejam esclarecidas.
Foi um debate sereno e muito interessante, em que foram exemplificadas muitas das políticas que poderiam mudar o rumo das coisas mas que exigem transparência e articulação entre as diferentes forças partidárias, para combater os interesses instalados e as chantagens que surgem sempre que se pretende alterar alguma coisa.
O que é difícil de perceber é porque é que só agora se consegue reunir um painel de pessoas que sabem manter uma conversa inteligente sobre estas questões, sem ataques nem defesas, sem recados partidários, e que se empenham realmente em que as pessoas sejam esclarecidas.
Cara Suzana,
ResponderEliminarÉ a mesma coisa. Trocar autoestradas por outra coisa qualquer vai dar ao mesmo. Enquanto ouvir gente a dizer "o país tem que...", estamos todos tramados.
Pois, isso é verdade, mas ao menos que não se digam asneiras, sempre é meio caminho andado para que não se façam essas enquanto não nos decidimos a fazer o que devia ser feito.
ResponderEliminar"Nós" só temos direito a decidir o que deve ser feito quando cada um de nós já fez o que pôde. O problema é que o "Nós" quer fazer muita coisa porque o "Eu" não está para isso.
ResponderEliminarEstive a semana passada num debate com dois presidentes de bancos moderado exactamente pela senhora do prós&contras (ganhei um herói, o marido da senhora. Santo homem, um mártir,um símbolo para todos nós e um exemplo para todas as mulheres dizerem aos maridos "estás a queixar-te?"...) e cada vez que os ouvia falar em "estratégia nacional" sentia uma impressão estranha no bolso, assim como quem me mexia na carteira.
Filipe Gonzalez disse que na Europa estamos a converter as instiuições em Think Takns e o que nos falta é Action Tanks, ao menos nisso levamos vantagem à Europa, já começámos há muito tempo...
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarO painel de convidados desta vez sentou-se à volta da mesa sem o despique, a acusação e a rivalidade políticas a que estamos habituados, interessados em explicar de uma forma descodificada e serena os problemas e em mostrar que há caminhos possíveis.
Ficou a ideia muito clarinha que estamos em dificuldades e que se os continuarmos a negar iremos piorar as coisas. Mas ficou também a convicção de que não há problemas irresolúveis e que está ao nosso alcance resolvê-los. A mensagem de que as pessoas devem estar mais informadas, devem ser mais exigentes e mais participativas é, como focaram alguns dos convidados, essencial.
Parecem ser coisas triviais, mas não são...
Cara Suzana:
ResponderEliminarPor regra os debates fazem-se entre políticos no activo ou cidadãos próximos da política activa, o que quer dizer que repetem e repetem até ao enjoo argumentos com base ideológica e normalmente afastados da realidade e das necessidades, porque muitas dessas pessoas vivem noutro mundo.
Ouvi apenas uma pequena parte do debate de ontem, com pessoas que saem fora do politicamente dependente. E o ar que se respirou foi logo outro.
Caro Tonibler:
"Santo homem, um mártir, o marido da senhora, um exemplo para todos nós...um herói...", diz o meu amigo do marido da senhora.
Muito bem, folgo que os meus amigos sejam santificados em vida e logo com certificado de qualidade do Tonibler.
Pois o marido da senhora já foi um assíduo comentador aqui do 4R, assíduo e polémico. Julgo que continua leitor. Enfim, os bons espíritos encontram-se por aqui.
Tudo contentinho da silva com o programa de ontem!!!
ResponderEliminarNão é para admirar, pois, desta feita, em vez de Prós & Contras, o que tivemos foi só Contras...
Notas dissonantes? Não as houve! Unanimidade, pois. Assim é mais fácil.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarO seu amigo merece tudo de bom na vida. Tudo!
Lembra bem, caro Pinho Cardão, já era tempo de esse nosso activista quatrorepublicano voltar a esta tertúlia!
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