domingo, 20 de dezembro de 2009

Direito à indignação

"A minha atenção está no desemprego, no endividamento do país, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade", disse o Presidente da República, quando os jornalistas lhe puseram questões sobre proposta de lei do Governo que visa permitir o casamento entre homossexuais.
A estas palavras que, estou certo, obtêm a concordância de toda a população sensata do país, ripostou um meninó do Partido Socialista, que, entre outras asneiras solenes, disse que o PR "não pode intrometer-se na agenda política do partido que suporta o Governo, sob pena de estar a contribuir para a dramatização da vida política nacional" e "quer goste quer não goste, essa é a barreira que o Presidente da República não pode franquear".
Um meninó, pelos vistos, a quem o desemprego não apoquenta, muito menos o endividamento do país, ou as contas públicas, ou a produtividade ou a competitividade da economia. Porque, tanto quanto é público, esse meninó tem passado a vida entre dirigente de uma juventude partidária, deputado europeu ou deputado à Assembleia da República. De produtividade e competitividade nada sabe, de desemprego muito menos, da vida real, nada, que os seus ambientes são os ambientes liofilizados de Bruxelas e de S. Bento.
Um meninó cujo projecto de vida será aparecer na capa dos jornais ou nos écrans das televisões e que viu nos temas fracturantes o seu nicho de mercado e o meio de exibição pública.
Um meninó que, por isso, vive bem no meio do desemprego, porque sabe que a ele não vai apoquentar.
Um meninó que pretende definir os temas sobre os quais o Presidente se deve preocupar ou despreocupar.
Um meninó que se arroga o direito de traçar e delimitar a fronteira entre o que o Presidente diz ou deixa de dizer.
Um meninó que, no fundo, pretende censurar a boca do Presidente e definir os temas convenientes e apropriados sobre que deve falar aos portugueses.
Um meninó que eu pensei representar-se apenas a si próprio, mas do que começo a duvidar, perante o silêncio do partido a que pertence.
Um meninó que, no fundo, pretende recriar o antes do 25 de Abril, em que o Presidente dizia o que o Partido e o Chefe do Governo queria que fosse dito.
Este post sai do que tem sido regra nos meus escritos e neste blog. Mas todos temos, um dia, direito à indignação.

33 comentários:

  1. Concordo em absoluto com o post.
    O acto do "meninó" foi altamente provocador, trauliteiro, mal criado e completamente a despropósito.

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  2. O finório tem também direito à indignação, contudo, e para não se mostrar incongruente, seria conveniente que compreendesse dois aspectos importantes: que o Presidente da República não é, nem se comporta ou age como se fosse, oposição.
    E que, a discordância do Presidente, relativamente ao modelo que o PS pretende aprovar, ara os casamentos homosexuais, visa a protecção das crianças.
    Relativamente ao primeiro aspecto, desde que tomou posse do cargo, o PR afirmou que a sua presidência, iria respeitar a cooperação institucional. D'Isso não lhe podemos apontar incumprimento de palavra.
    quanto ao segundo aspecto, se o PR, reclama mais apoios de incentivo à natalidade, não pode concordar com a adopção de crianças por um casal homosexual.
    O incentivo à natalidade, não é sinónimo de incentivo à procriação.
    Não. A visão do PR é futurista. O PR percebe aquilo que o governo parece não entender, e que tem a ver com a estabilidade de emocional, intelectual e familiar que qualquer criança necessita para se sentir enquadrada no seio familiar e, todos esses aspectoa, estão dependentes de dois polos de importância incontornável... um pai e uma mãe. Mesmo que adoptivos.
    E isto não tem a ver com ser pro ou contra a definição, ou orientação (como lhe queiram chamar) de cada um.

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  3. Mais um episódio da fracturante imbecilidade que sempre tem caracterizado a criatura em questão.

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  4. Isto anda tudo ligado.
    Neste caso, à educação.

    Início dos anos oitenta.
    O PR recebe em audiência uma figura do PSD (ilustre mas de 2ª linha).
    No final da audiência e com os dois à porta do gabinete,
    o PR refere-lhe uma pequena peça da imprensa desse dia, onde o mesmo lhe dava forte e feio.
    R: que não tinha querido atacá-lo, nada disso, que até tinha pelo PR grande consideração e respeito.

    Um terceiro presente, registava o tipo de coluna vertebral deste tipo de gente.
    Mais ou menos invertebrados.
    BMonteiro

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  5. O post versa sobre o direito à indignação a propósito do provocador ataque do "meninó" ao Presidente da República.
    O Presidente respondia a jornalistas que o interpelavam sobre a decisão do Governo em legislar sobre casamento entre homosexuais. E limitou-se a sublinhar que estava preocupado com outros problemas da sociedade portuguesa, bem mais prioritários. E se, na resposta do Presidente, está implícita a não aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a verdade é que nem sequer isso o Presidente disse. Qualquer pessoa não destituída do mínimo de bom senso não poderá deixar de reconhecer que a iniciativa do Governo, ao legislar agora sobre tal matéria, quando outros e bem mais importantes problemas da sociedade portuguesa carecem de resolução, não poderia ser mais inoportuna. Esteve mal o Governo e esteve bem o Presidente.

    Dito isto, não é lícito, a partir deste triste episódio do "meninó", fazer outras extrapolações quanto à isenção ou falta dela por parte do PR perante o espectro político português.

    Vozes a 0 decíbeis (isto é, falam para dentro) querem dinamitar a AR!!! Valente este rapaz! Se fosse para a escola, talvez não fosse má ideia aprender o verbo "haver" e as "preposições" antes de pegar na dinamite...

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  6. Anónimo18:15

    Parece-me que o Presidente da Républica, e muito bem, tentou alertar para os riscos de se fazerem alterações sociais com este âmbito em momentos de crise económica, em que as pessoas estão preocupadas com outras coisas e não estão disponiveis para este tipo de questões recusando-as logo e à partida quando não pior. Temo que esta história toda ainda venha a ser um valente tiro no pé para os homossexuais e que possam casar, sim... mas se calhar deixem de poder sair de casa por via de haver um aumento da homofobia como reacção a algo de que a maioria da população Portuguesa discorda e lhe está a ser imposto à doida, sem debate nem discussão. Isto ainda vai gerar muito burburinho.

    Vejamos agora do lado do governo: este burburinho sobre a ampliação do casamento a pessoas do mesmo sexo é muito conveniente nesta altura. Desvia as atenções do OE2010. Quem sabe isto explica a pressa com que isto está a ser feito e a forma como o está a ser.

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  7. Sobre a indignação: Concordo com cada uma das letras deste post, só não entendo o que este .... ("meninó" não é o problema dele, o problema dele é outro) tem de diferente de todos os outros que o rodeiam.

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  8. Caríssimos:
    Independentemente de alguns "recomentários" que farei, gostava de dizer que a razão de ser do meu post não foi o casamento gay, ou a posição do Presidente sobre isso, que não sei qual é.
    O meu post foi simplesmente sobre as palavras do dirigente socialista, que ilegitimamente e insensatamente queria definir qual o tipo de preocupações do PR.
    Qualquer dia, pretenderia definir quais deveriam ser as minhas preocupações, ou as preocupações de todos nós...

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  9. Depois de querer impedir a oposição de se opor, o PS quer impedir o PR de presidir.
    Mas não só: o PS quer sobretudo fazer alarido, por tudo e por nada, para disfarçar o mal estar cada vez maior dos portugueses com a situação económica, a corrupção e a má governação.
    E tenta culpar tudo e todos pelos seus insucessos.
    Há uns dias, talvez uma semana (já não sei) ouvi dirigentes do PS criticar o PR por não intervir, agora criticam-no por intervir.
    Nada disto, no fundo, é para tomar a sério.
    O propósito: o Parlamento não tem Kindergarten?

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  10. Caro Pinho Cardão,

    As declarações deste rapazola Sérgio Sousa Pinto inserem-se na encenação do PS para acirrar o presente confronto político, convencido como está de que o acirrar das opiniões precipitará a crise política e, nesta, a sua orquestra demagógica, com a ajuda de inúmeros instrumentos espalhados pelo País, manobrará melhor que a mal aparelhada «esquadra»do PSD, conduzindo o PS e o seu querido líder a uma nova maioria absoluta.

    Esta pulsão pode tornar-se irresistível para a família socratina, levando-a a disparar sobre tudo o que mexe na oposição. De resto, José Sócrates, como bem assinalou Marcelo, continua em campanha e até a intensificou nas últimas semanas.

    Daí, a urgência concedida ao casamento dos homossexuais, que o PS sabe vai radicalizar a discussão política, «irritando a Direita» e fracturando ainda mais o PSD, que costuma morder o isco, pondo-se a divergir publicamente na matéria, para gáudio dos socratinos.

    Ou seja, o PSD tem de permanecer muito coeso, muito alerta, nesta conjuntura, sem oferecer os flancos, não entrando em guerrilhas de facções.

    Se tivessem noção das responsabilidades estas fariam um pacto interno, suspendendo divergências.

    Caso contrário, cavarão a sua própria ruína e prolongarão no nosso pobre Portugal a noite socratina, onde só haverá fartura de demagogia, de fantasia, de circo e propaganda, com a pauperização progressiva da sociedade, em contraste com a distribuição de mordomias e sinecuras para a família do costume.

    Eis um período em que a percepção política é fundamental. Para o PSD, seria caso para o JPPereira coordenar um verdadeiro gabinete de crise, directamente ligado à cabeça do Partido.

    O próprio PR vai ser levado às cordas e terá de responder com muito tacto político também, se não quiser sair desrespeitado e desprestigiado da função, porque estará a lidar com gente perversa e desleal.

    Entretanto, esperemos que o Povo recobre consciência do perigo que corre nas mãos políticas desta família socratina, porque só ele a poderá de lá tirar e tão breve quanto possível, para o bem de todos.

    Relevo a acutilância política das últimas intervenções de todos os confrades da 4R e, em particular, as do meu preclaro amigo Pinho Cardão, a quem daqui endereço as minhas especiais saudações.

    Boa noite e bom início de semana.

    AV_20-12-2009

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  11. Se aconselhei a escola à "VOZ A ZERO DECÍBEIS" é porque não sabe escrever português! Escreve-se "há 35 anos" e não "à 35 anos". Tem que aprender o verbo "haver" para não o confundir com "à", que é a resultante da contracção do artigo definido com a preposição.
    Além de não saber escrever português, não assume e trata de apagar o comentário com a asneirola!

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  12. O 4R pratica uma política de diálogo. A entrada é livre.
    Apesar da disparidade de opiniões que suscitam debates acesos, estes não deverão potenciar conflitualidade entre os comentadores e muito menos dar a liberdade a estes de, com o maior desplante e falta de educação, aludir ou salientar as competências de escrita de cada interveniente.

    HÁ que contribuir e manter um clima social favorável neste espaço cibernético.

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  13. Caro Pinho Cardão

    Apesar de todos os possíveis defeitos, a nossa classe política possui alguma sofisticação e, direi mesmo, inteligência.
    Dito isto, não tomo as declarações do incontornável Sousa Pinto, como mais uma criançada. Está incluído numa estratégia clara cujo o efeito prático,o oculto, é de distribuir as responsabilidades, da origem da crise e das medidas que venham a ser tomadas, por todos os actores nacionais.
    Uma parte importante da nossa classe política joga o seu posto de trabalho nos próximos meses.
    Por isso é que é mais eficaz criar as condições para que sejam os estrangeiros a imporem as medidas, do que sermos nós a tomar a iniciativa.
    Não se trata de um comportamento inovador, boa parte de metade do séc. XIX foi assim....
    Cumprimentos
    joão

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  14. Gostava de realçar as belas palavras e o conteúdo do comentário da Catarina. Os arrufos, se existem, não devem passar disso: simples arrufos, gesticular ligeiro, nada de toques no adversário...

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  15. Em que ficamos: "suscitam" ou "suscita"?

    Subindo a pulso, à custa da abdicação de ideias próprias, se alguma vez as teve, no intuito de incensar os autores da prometida quarta república, ei-la agora, qual guardiã do templo, a proclamar os princípios orientadores sob os quais se há-de pautar aquilo que, em seu mui elevado critério, os comentadores (certos comentadores) do 4R podem ou não podem fazer!

    "A entrada é livre", diz a dama, mas a ileteracia não só é autorizada, como é absolutamente interdita qualquer forma de expressão que tenda a corrigir os erros crassos com que alguns assassinam a língua pátria.

    Pois é, sendo livre a entrada, a asneira é também livre...
    E para manter um clima social favorável neste espaço cibernético, nada melhor que dinamitar a Assembleia da República! Eloqunte!

    De lápis azul em risque, a noviça do templo não admite nem "desplantes nem faltas de educação".

    Defender a pena de morte? Nada de mais natural para esta candidata a censora, que, finalmente, "encontrou algo de bem definido".

    Prisão perpétua, com castigos corporais e chibatadas? Obviamente toleráveis!

    Não saberá esta criatura que " debates acesos" implicam "conflitualidade"? Ou está tudo de acordo e então não há discussão nem debate, ou se há discussões e debates acesos a conflitualidade é inevitável?

    Ora, ora, para este peditório já contribuí...

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  16. "Eloquente". Faltara o "e".

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  17. Anónimo16:38

    E já agora "ilitracia" ou "iletrismo" em vez de "iletracia" (cfr. http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=13330)

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  18. Em que ficamos: "suscitam" ou "suscita"?

    Ambos. Depende.


    iliteracia
    … de lápis em riste

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  19. Anónimo16:41

    Pois é, até aos melhores acontece, quanto mais aos outros...

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  20. "Eloquente", claro!
    Foi um erro de digitação, eu sei. Tal como o “m” a mais em “suscitam”. Acontece aos melhores! Eu que o diga! :)

    “Encontrar algo bem definido” – muito bem! Fez o seu trabalho de casa! Mas já lá não se encontra. Há dias!

    Esta “Guardiã do Templo” - Gostei! Vai ao encontro dos meus instintos maternais! – é de opinião que se pode discordar e apresentar o nosso ponto de vista sem ofender, sem aludir às competências de cada um. A propensão, o ensejo de o fazer pode ser controlado, mesmo que nos (alguns) apresentemos com pseudónimos e, consequentemente, nos (alguns) sintamos ao abrigo do anonimato.

    Independentemente do percurso escolar ou ideológico que cada um de nós seguiu, há que existir uma paridade nas oportunidades de intervenção. E o 4R oferece isso. Está aberto a todos os membros da comunidade em geral. E por isso mesmo fica enriquecido. O seu horizonte abrangente permite conhecer quem pensa o quê. Desde aos iluminados, aos menos iluminados.

    Pena de morte, chibatadas – houve uma má interpretação, uma falha na análise do que leu. As (suas) emoções estiveram de permeio, apercebi-me!

    Mia Couto, num dos seus livros, escreveu:

    “Uns nasceram para cantar, outros para dançar, outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez.”

    Eu acrescentaria: Outros nasceram para ser constantemente do contra.

    E gostaria de deixar aqui também um provérbio tibetano: “Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida.”

    Quantas vezes já ouvimos alguém dizer a alguém: “Perdeste uma boa oportunidade de estar calado(a)”?

    Tudo isto sem qualquer intuito ofensivo.

    Quanto a ideias próprias ou adquiridas, nem vale a pena abordar. Aliás, dei por terminado o meu comentário sobre o assunto.

    Resta-me desejar-lhe Boas Festas - sem ironia, sem cinismo da minha parte, acredite.

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  21. Claro que é "iliteracia" e não "ileteracia". Tal como é "riste" e não "risque". Mas dispenso-me de explicar a diferença que há entre lapsos de escrita em sentido lato e erros crassos de gramática, como seja a "confusão" entre "há" (verbo haver) e "à" (contracção do artigo definido com a preposição).

    Não há meio de a convidarem para o Painel! De guardiã do Templo a Autora? Não me cheira! Quando muito, um convitezinho para o cocktail de apresentação do futuro livro da quarta... Compreende-se. De resto, já encontrou "algo de bem definido". O posto de guardiã é apelativo, satisfaz as ambições e o emprego está garantido! Já se pode retirar do "cadastro" o pedido de emprego...

    "Má interpretação" da pena de morte e das chibatadas? Falta de memória: não só se não demarcou dos trauliteiros do Valadrão e do Zuricher, como me apresentava situações hipotéticas de crimes gravíssimos, na expectativa, na expectativa de quê? De que, perante a enormidade dos crimes, eu cederia a tal "demonstração"...

    Isto de "ser de contra" depende da situação em que cada um se encontre. Por mim, sou contra a pena de morte, sou contra a prisão perpétua, sou contra os castigos corporais, chibatadas ou não. Ah, sou também contra a dinamite na AR.

    Há quem esteja a favor destas coisas. Para alguns, o 4R é um bom foro para dar guarida aos frustrados que só vêem no castigo impiedoso e desumano dos outros a sua própria realização! Por isso, estão contra tudo que não satisfaça os seus desígnios anti-democráticos. Para estes, o diálogo é dizer "Amen", é louvar e concordar!

    Já me tinha dado as Boas Festas e até as retribuí.Também já tinha prometido que não voltaria a comentar-me. No entanto...

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  22. Anónimo22:09

    Deixe de lado por momentos as amarguras, caro Spiriv. Ao menos neste período natalício em que o espírito que por aí paira tem normalmente o condão de adoçar os mais ácidos. Cá pela 4R somos por regra tolerantes, mas nesta época ainda o somos mais. Não deixamos de entender o significado de no presépio se ter encontrado lugar até para o burro...

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  23. E já que é Natal, uma prenda suplementar: claro que é ‘antidemocráticos’ e não ‘anti-democráticos’.
    Já agora…

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  24. Logo vi, caro JM Almeida, que não se iam esquecer de si! E também há lugar para a vaquinha...

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  25. Com ou sem dinamite, a sua voz a 0 db, como a de outros asininos, jamais chegará ao Céu!
    Mas olhe que a emenda é sempre pior que o soneto. Não disfarce o analfabetismo e assuma! Não apague os posts incómodos e deixe o Presidente em paz!

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  26. Ou os nomes, nicknames, pseudónimos foram alterados, mas a matriz ficou porque é inalterável ou então houve aqui um caso de “impregnação”! O tal “imprinting” de que o Prof. Massano nos falou há tempos! Interessante! Muito interessante mesmo!

    Como o seu post, caro Pinho Cardão, viria a dar azo a tantas manifestações de indignação de indignados comentadores com todo o direito a uma conduta de verdadeira indignação indignada.

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  27. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  28. Anónimo14:38

    A tolerância tem limites sob pena de deixar de ser uma virtude. Mesmo nesta data.
    Por isso, e para que conste, apaguei o último insulto de spiriv, prevenindo desde já que apagarei todos os que situarem no mesmo nível: baixo.

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  29. Caro Commonsense:
    Essa de um kindergarten no Parlamento é boa. Apesar da minha conflitualidade com a despesa pública, essa tinha a minha aprovação.

    Caro António Viriato:
    Pois muito obrigado e saudações natalícias também para si.

    Caro João:
    Não discordarei do meu amigo. Mas há formas sofisticadas e inteligentes e forma grosseiras. No caso, a forma foi muito pouco inteligente e muito rasteira. Não dignifica quem falou.

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  30. Fez bem, JM Ferreira de Almeida. Um comentário pode sempre apagar-se(ainda que não insultuoso, como era caso). Mas sua apregoada tolerância tem um peso e duas medidas. Não preciso de dizer mais nada.

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  31. Anónimo20:08

    Não faz ideia de como me custa fazê-lo, spiriv. E garanto-lhe que ao longo de cinco anos contam-se pelos dedos as vezes que fui obrigado a proceder assim. Mas tem razão. O meu sentido de tolerância tem sempre o mesmo peso, mas mede-se de uma maneira quando os comentadores se exprimem de forma combativa mas elevada, ou o fazem, como V. o fez, injustificada e gratuitamente ofensiva. A medida dessas será sempre o caixote do lixo, que é o lugar adequado a esses excessos.

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