domingo, 27 de dezembro de 2009

O Orçamento: Dose I

Findo o Natal, voltemos ao real. E também ao virtual, que é a dramatização do Orçamento de Estado, a apresentar em 18 de Janeiro.
Se um membro da família se apropria da riqueza da família e a desbarata, a família fica mais pobre.
Se o Estado se apropria anualmente de uma parte cada vez maior da riqueza do país e a gasta por grosso, ao desbarato e sem critério, é o país que fica mais pobre.
Assim vem acontecendo em Portugal: cada vez mais despesa, mais impostos, menor crescimento.
Do que vem dizendo o Governo, intui-se que o próximo Orçamento irá prever mais despesa e mais impostos. Para quê?
Para sustentar a actividade económica e sem orçamento não haverá crescimento, dramatiza Sócrates, mas penso que é uma treta.
Para empobrecer mais o país, digo eu, porque a teta não dura sempre...
A continuar

5 comentários:

  1. Família?!
    Mas a que família se refere o caro Dr. Pinho Cardão?
    Se familia houvesse, teria de ser a família portuguesa, nacionalista, coesa, dialogante, composta por membros empenhados em amparar-se mutuamente.
    Aquilo que existe é uma faília desmembrada, uma espécie de família,onde a mãe discute permanentemente com o pai que gasta mal o dinheiro com que todos contribuem para o agregado e, um pai que se lamenta porque o dinheiro não chega e é preciso reduzir a mesada aos filhos que não trabalham e aumentar as contribuições dos que produzem.
    Pois esta família, como o meu amigo muito bem diz, tende a empobrecer, mas não só, tende ainda a correr o risco de vir a perder a sua identidade e de vir a ser governada e... subjugada por outra família.

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  2. O exercício preditivo é, quase sempre, de alto risco, como os economistas suficientemente humildes reconhecerão.

    Mas, infelizmente para a família portuguesa, também me parece pouco arriscado apostar na continuação, revigorada, da política "cainesiana tuga" como João Miranda, num momento de inspiração, baptizou.

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  3. Conclusão: uma família disfuncional e com tendência para uma maior disfuncionalidade...Uma família que há muito deixou de ter essas características portuguesas a que o caro Bartolomeu aludiu.

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  4. Para abrir o apetite...

    De uma forma disfuncional
    e totalmente despesista
    assim vai a trama ficcional
    de um orçamento farsista.

    A riqueza desbaratada
    sem qualquer critério,
    a economia enquistada
    com tanto despautério!

    A falta de fiabilidade
    das contas equivocadas
    é a triste realidade
    de práticas intrincadas.

    O exemplo é evidente
    nas contas orçamentais,
    a degradação é candente
    nas políticas regimentais.

    Mantendo a tradição
    de contas desacertadas,
    revela-se a contradição
    de políticas disparatadas.

    Contabilidade criativa
    para mascarar o orçamento,
    com esta ética putativa
    destrói-se o desenvolvimento.

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  5. Vamos talvez assistir a mais umas novidades linguísticas, em que impostos passam a ser esforço redistributivo e combate à riqueza injustificada, despesas serão esforço recentrado no desenvolvimento colectivo, investimento público serão medidas inadiáveis para adiar as consequências...

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