Ofereceram-me o livro “Le terrorisme intellectuel”, de Jean Sévillia, jornalista e director de redacção no Figaro Magazine, conhecido por denunciar a censura moral e os preconceitos históricos alimentados pelas várias tendências políticas e intelectuais em França. Segundo o autor, a liberdade tem sido sucessivamente apropriada por grupos de intelectuais que se arrogam detentores da verdade em cada época, dominando a cena política, cultural e mediática sem deixar espaço nem oportunidade a que correntes de pensamento divergentes entrem no debate. A título de exemplo, essas elites “em 1950 exaltavam Estaline, em 1960 garantiam que a descolonização traria a felicidade aos povos além mar, em 1965 inflamavam-se por Mao ou Fidel, em 1968 queriam abolir todos os constrangimentos sociais, em 1975 saudavam a vitória do comunismo na Indochina (…)nos anos 90 afirmavam que o tempo das nações, da família e das religiões tinha terminado”.
O livro contém um levantamento noticioso em cada época em torno dos diferentes acontecimentos, com declarações e reacções dessas elites e dos seus protagonistas, numa retrospectiva impressionante, como se pudéssemos ver um filme a andar para trás.
“Durante cinquenta anos, os espíritos refractários a estes discursos foram desacreditados e os seus argumentos votados ao silêncio.É isto o terrorismo intelectual. Recorrendo à amálgama, ao processo de intenções e à caça às bruxas, este mecanismo totalitário impede qualquer debate sobre as questões que comprometem o futuro”.
Não sei o que diria o autor sobre os actuais fenómenos do politicamente correcto, dos seus processos, da sua sucessão permanente, da sua imposição e ainda do facto de muito desse pensamento dominante nem chegar muitas vezes a resultar da reflexão entre intelectuais…
O livro contém um levantamento noticioso em cada época em torno dos diferentes acontecimentos, com declarações e reacções dessas elites e dos seus protagonistas, numa retrospectiva impressionante, como se pudéssemos ver um filme a andar para trás.
“Durante cinquenta anos, os espíritos refractários a estes discursos foram desacreditados e os seus argumentos votados ao silêncio.É isto o terrorismo intelectual. Recorrendo à amálgama, ao processo de intenções e à caça às bruxas, este mecanismo totalitário impede qualquer debate sobre as questões que comprometem o futuro”.
Não sei o que diria o autor sobre os actuais fenómenos do politicamente correcto, dos seus processos, da sua sucessão permanente, da sua imposição e ainda do facto de muito desse pensamento dominante nem chegar muitas vezes a resultar da reflexão entre intelectuais…
A pedra filosofal, "é" um objecto que, quando conseguido, permite ao homem aproximar-se de Deus, permite ao homem transmutar em ouro, qualquer outro metal, permite ao homem "fabricar" o elixir da longa vida.
ResponderEliminarEntão o que será essa tal pedra filosofal?
António Gedeão, professor, cantou-a e disse que poderia ser aquela pedra cinzenta, onde se sentava e descansava, ou aquele ribeiro manso, serenamente sobressaltado, ou ainda, aquele pinheiro manso que se agita em verde e oiro, ou... aquelas aves que gritam... ou outra coisa qualquer.
Um dia, se não estou em erro, numa feira do livro, adquiri por desenjoo, um "tratado sobre mecânica automóvel". Lá dentro, logo no início aparecia a imagem de um automóvel dos anos 50's, daqueles com uns farois redondos, uma grelha frontal cromada, e um para-choques matulão, com 2 escudetes enormes, tudo reluzentemente cromado.
Mal olhei para a foto, identifiquei imediatamente uma enorme quantidade de traços fisionómicos, correspondentes aos do rosto humano. Depois, veio a mecânica, os diversos elementos que compõem o motor e a forma como funcionam e se interligam, originando o funcionamento e a animação, que por sua vez, resultam no movimento e capacidade de deslocação de cargas.
Oh cum raio, pensei.
-Mas... esta máquina infernal, afinal, assemelha-se em tudo ao homem.
-Espera Bartolomeu, falta-lhe algo.
-Falta? O quê?
-Se reparares bem, o carro não se põe sózinho em movimento, precisa que o homem lhe accione a ignição, ao passo que o homem é autónomo nesse sentido.
-Hmmmm, olha lá Bartolomeu, o homem também precisa que lhe accionem a ignição, para se colocar em movimento.
-Espera Bartolomeu, aquilo a que te estás a referir é à palmadinha no rabo, á nascensa, aquela que despoleta o primeiro choro e faz dilatar a polmunada?!
-Noooops Bartolomeu, aquilo que me refiro é a uma outra ignição, é ao estímulo para acordar todos os dias, para se erguer e para ser capaz de criar.
-Ah!!! Então na tua prespectiva o homem precisa de se sentir estimulado... ou seja, o homem precisa que todos os dias lhe accionem a ignição para que tenha vontade de se lançar à estrada, com vontade renovada de se projectar no futuro?!
Tipo... como alto forno, geradora, como bola colorida, entre as mãos de uma criança???!!!
-Olha lá Bartolomeuzinho... tu não sabes que o sonho, comanda a vida?
-Queres melhor ignição?
-Vê lá se acordas e começas a fazer alguma coisa de útil, já são horas!!!
;)))))
Cara Suzana:
ResponderEliminarO fenómeno ampliou-se devido às novas tecnologias ao serviço dos media. Na década de 50, eram predominantemente os jornais ou os livros, ou as Universidades o veículo dessa verdade imposta. Grupos restritos, mas com forte e dinástica presença na comunicação social continuam a impor a sua verdade e a praticar "terrorismo" sobre quem tem a veleidade de apresentar versão diversa. Da economia, à cultura, ou aos costumes.
Claro que por vezes lá vão aparecendo algumas caras novas e ideias diferenciadas, ms são a excepção para confirmar a regra.
Anteontem, estive na Conferência Anual dos Economistas promovida pela Ordem, para análise do OE. Na sessão da manhã, fazia-se a análise global: lá estavam como conferencistas duas ilustres e conhecidas caras, debitando, perante uma assistência preparada, o politicamente correcto que diariamente debitam nos telejornais ou programas televisivos para que são convidados. Chegou-se a um ponto em que as ideias feitas têm o caminho preparado, nem é preciso esforço para, pelo menos, lhes dar uma nova roupagem. é assim, porque é.
Vá lá, que a sessão da tarde,sobre as PPP, foi verdadeiramente útil, pela simples razão de ter havido o arrojo de convidar pessoas fora do círculo dos pensadores oficiais, que prepararam bem as intervenções e foram sólidos na argumentação.
Olhando para a comunicação social, veja a Suzana quem apresenta os grandes noticiários, ou faz as grandes entrevistas. Os mesmos, de há dez, vinte ou trinta anos a esta parte. Com os amigos de sempre...
Excepcionalmente lá aparece uma cara nova...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMuito interessante este tema!... Talvez possamos dizer à luz do verdadeiramente correcto que “terrorismo intelectual” é a corrente da elite dominante, em cada época, que detém os meios para subjugar intelectualmente pensamentos e comportamentos adversos, sem contemplações, de forma a objectivar poder e/ou estatuto social diverso...
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