Estava a pôr umas leituras em dia e deparei-me com esta novidade. Ocorreram-me as seguintes perguntas: quem seriam os médicos encarregados de tão soberana tarefa e qual seria a definição legal de “a pessoa precisa de estar na plena posse dos seus meios”.
Cara DRª Margarida,
ResponderEliminarJá na anterior corrida às eleições para a Presidência da República, o candidato Mário Soares, referindo-se ao candidato Cavaco Silva numa entrevista, levantou a suspeita da incapacidade psicológica d seu adversário.
Bom... existem muitotipo de exames méicos, uns do foro físico, outros do foro mental e... não podemos considerar que um candidato que revele algum tipo de fragilidade psicológica, memso que... "sazonal" esteja tão apto a desempenhar funções de orgão de soberania, como outro, que seja sãozinho... sãzinho, como dizem lá para a zona de Coimbra.
Apesar de que, repito, apesar de que, mesmo que se prove por "a" + "b" que um candidato está na posse plena das suas qualidades físicas e mentais, dado o estado do país e do mundo, esse mesmo candidato, se eleito, não venha num curto espaço de tempo a ficar mais maluco que os malucos...
Concordo em absoluto. Um órgão de soberania deve abdicar de parte da sua privacidade. Se está a dirigir uma nação, a população deverá saber, sem exceção, de que ele/ela está apto a exercer as suas funções sem limitações de qualquer ordem. O uso do termo “meio” está politicamente correto. O sr. F. Nobre já adotou a terminologia política. Sempre soa melhor do que “faculdades mentais” ou outras faculdades. Os americanos já fazem isso há muito tempo. Estão sempre a par de como anda a saúde do senhor presidente! Sabem que ainda não deixou de fumar e interrogam-se: em que parte da Casa Branca é que ele pode dar a sua fumaça?!
ResponderEliminarEste meu texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. : )
A última análise ao colesterol de Obama deu 209 mg/dl "borderline high"! Satisfeitos? Borrifo-me para o colesterol do Obama. Mas preocupo-me com o colesterol de muitos dos meus doentes.
ResponderEliminarÉ certo que, aparentemente, faz algum sentido saber se os que ocupam altos cargos públicos sofrem ou não de alguma patologia que possa por em causa a sua missão. Mas em termos práticos é muito complicado. O candidato Fernando Nobre diz que de três em três meses dirá como está a sua situação clínica e se tiver cancro diz que tem mesmo! Acontece que pode ter um cancro qualquer que não impossibilite minimamente o exercício das altas funções de Presidente da República. Terá que dizer quais os tipos de cancros que o impossibilitem e os que não possibilitem as suas funções? Qual o impacto na população? Além do mais há muitas outras doenças, como por exemplo a diabetes ou a doença coronária. Também vai por em causa as suas funções? E se tiver alguma forma de reumatismo também vai fazer uma conferência de imprensa para dizer que “anda à rasquinha”? E se tiver litíase renal? E hipertrofia benigna da próstata? Também vai comunicar ao país o valor da glicemia? Das provas hepáticas? E as senhoras “presidentas”? Também vão dizer quão perturbadas se sentem na altura do período ou na altura da menopausa e quanto isso afeta as decisões políticas? Um perfeito disparate. Além do mais, num país em que não se pode perguntar a ninguém como é que vai de saúde, porque arrisca-se a ouvir a história clínica desde pequenino, e com todos os detalhes, um comportamento destes levaria os portugueses a não fazerem outra coisa como “míni conferências” de imprensa no local do trabalho, na mercearia, no súper mercado, na sacristia, nas reuniões de condóminos e quem sabe por em causa a capacidade administrativa dos seus chefes, dos funcionários das repartições de finanças, sobretudo quando der jeito ao contribuinte, enfim, legitimar a devassa que já é mais do que muita. Esta coisa de comparar povos europeus e “sulistas” com a visão do mundo e dos problemas à americana não me parece muito correto. Qualquer dia, o médico do trabalho na AR (não sei se tem ou não, mas se não tem, deveria ter) ainda acabaria com alguma função extra contemplado no código do trabalho para avaliar as capacidades dos deputados para o exercício das suas funções. E pelo que vejo e já vi, alguns correriam o risco de serem considerados inaptos!
Querem ser tão originais ou inéditos que acabam por cair no ridículo. Há uma coisa chamada bom senso que faz muito falta a certas pessoas...
“Cada roca com seu fuso, cada povo com seu uso.” Está certo.
ResponderEliminarMas vejamos. E quando os dirigentes têm problemas neurológicos não detectados? Quando têm problemas que afectam o seu funcionamento cognitivo e comportamental? A história fala-nos de Eisenhower, Roosevelt. Na Europa, Tito. Segundo parece, Churchill já sofreria de demência nos últimos anos em que exerceu as suas funções. E até Mao. Não vejo inconveniente em que a população saiba que o seu presidente/primeiro ministro continua a ter capacidade de tomar decisões responsáveis, considerando o impacto, as tragédias que ocorreram devido à incapacidade intelectual de alguns líderes do passado.
Com tanta coisa que há para dizer sobre o que um presidente da República não devia ter após o termo do seu mandato (gabinete com secretária e assessores, viatura topo de gama com motorista, segurança pessoal, todos os consumíveis e equipamentos pagos sem limite, vencimento cerca de 90% do activo, tudo pago pelo povinho para autopromoção do boneco, vem este senhor, agora, chamar a atenção para os problemas que possam ocorrer com o hemorroidal dos candidatos presidenciais!?...
ResponderEliminarValha-nos a Santa Paciência, como senão bastasses já aquele disparate do Santana Lopes…
Catarina:
ResponderEliminarÉ capaz de ter razão...mas no caso do sistema político português, há-de observar que mesmo que haja um presidente a babar-se, as coisas continuam, ninguém detém o poder absoluto!...
Por isso o que nos deve preocupar mais é quanto custa manter o estado actual de coisas...
:)
O piloto não retem o poder absoluto. O piloto começa a babar-se. Há o co-piloto. O avião fará uma aterragem (com a ajuda de trezentas/quinhentas orações – dependendo do tamanho do dito avião) suave e sem problemas.
ResponderEliminarE perante aquela baba toda e apesar de já ter feito o seu exame de rotina, o piloto irá fazer outro de imediato. E então, depois da obtenção dos resultados dos quais a companhia empregadora terá conhecimento, assim ele – o piloto – continuará ou não a pilotar!
As coisas acontecem... todos nós sabemos. Não regras sem exceções!
Pois é, JotaC, essas mordonomias são muito dispendiosas. E quem paga por elas? Pergunta retórica, claro! Toda a gente se aproveita, exceptuando os menos favorecidos financeiramente. Esses continuarão na penúria. Chega de lamúrias. É necessário agir.
ResponderEliminarÉ assim mesmo, Catarina, temos de agir...
ResponderEliminarReinventemos pois um Viriato e uma Padeira de Aljubarrota! Mas espere...o problema é distinguir o inimigo, os mouros e castelhanos de hoje, não se diferenciam!...
:)
JotaC.. por esse andar não se vai chegar a lado nenhum! Se continuam a pensar num Viriato ou numa Padeira de Aljobarrot, sinal que ainda estão (quem pensa assim) centenas de anos atrasados! A não ser que seja em sentido figurativo, evidentemente...: ) : ) : ) : )
ResponderEliminarConcordo com a Margarida e com o Massano Cardoso, com esta nossa mania de andar sempre a copiar um retalho ou outro do que se passa em todos os azimutes vamos otrnar-nos num País "patchwork". Havia de ser bonito os políticos - porque é que havia de ser só o Presidente e não também o 1º Ministro,o Presidente da Assembleia, etc, - terem que publicar o seu boletim de saúde a par com as contas e os rendimentos!Não sei qual o fundamento dessa prática na América, mas fiquei impressionada com o "escândalo" de se saber que o Presidente Obama ainda tem uns resquícios suspeitos desse hábito de fumar, não por ser uma doença (ainda não?) mas porque tinha prometido à mulher que deixaria o vício se ganhasse as eleições! Foi imprevidente, aposto que agora deve ter mais vontade de fumar que nunca, já não basta o stress da governação ainda por cima o de deixar de fumar, é preciso muita coragem!Donde se conclui que o tal boletim clínico não serve para ver as doenças mas para detectar fraquezas...de fumador!
ResponderEliminarÓh Catarina,então acha que eu sou um fóssil!?. Claro que Viriato e Padeira é em sentido figurado!... Acabou de me quebrar o coração!.
ResponderEliminar:(
Ohhhh! : (
ResponderEliminarComo poderei reparar esse coração?!
Retiro tudo o que disso, pronto! Tudo, tudo!
"disse"...em vez de disso, claro!
ResponderEliminarAh...assim é melhor, já o sinto a recuperar...
ResponderEliminar:)
Como me sinto aliviada!....
ResponderEliminar:)
Caros Comentadores
ResponderEliminarUm pouco tardiamente, não poderia deixar de escrever algumas linhas sobre os comentários aqui trazidos.
Devemos presumir que os titulares de cargos políticos reúnem as condições físicas e mentais para exercerem as funções. Mas se quiséssemos vistoriar essas capacidades teríamos antes de tudo o mais que estabelecer uma escala de avaliação, os meios para o fazer e como fazê-lo. Quais seriam as fronteiras entre ter e não ter as qualidades físicas e mentais? Seria mais um problema a juntar a muitos que já temos, que nos traria mais dores de cabeça do que benefícios.
O Professor Massano Cardoso mostra-nos muito bem como é complicado pôr em prática um tal sistema.
Quanto à capacidade para tomar decisões responsáveis, a questão, a meu ver, cai num outro plano Cara Catarina. O voto democrático é um excelente escrutínio para fazer o exame.
Como faz notar o nosso Caro jotaC há coisas bem mais graves com que nos ocuparmos.
Suzana, para além de gostarmos de copiar, mas depois não sabemos copiar, também gostamos de nos fazer notar pela originalidade ainda que destituída de bom senso. Parece que às vezes, o importante é mesmo inventar qualquer coisa que chame a atenção ainda que coberta de ridículo.