Não sei se repararam, mas começou hoje a Primavera. Ainda pensei que seria mais um dia tristonho, pintado de cinzento, sem sol, com chuva, vento e frio. Em Lisboa o dia foi de Primavera, diferente dos dias de mau tempo que a natureza tem ditado invariavelmente desde há muitos meses. Um dia bonito, a respirar a alegria do bom tempo!
Já se vêem as andorinhas? Ouvem-se o chilrear dos passarinhos a namoriscar? A Primavera no campo é um re-despertar para a vida. Tenho saudades dos passeios bucólicos...
ResponderEliminarE sendo os malmequeres uma das flores que gosto, mesmo ontem comprei um grande ramo delas para alegrar a minha sala.
Ontem, dia 20 de Março do ano da graça de 2010, vi andorinhas aqui no meu monte.
ResponderEliminarAinda não eram muitas, mas as poucas que são, deliciaram-me com os seus voos rasantes, rápidos e extravagantes, exuberantes, diria mesmo.
Mas elas não devem gostar muito de mim, pois constroem os ninhos no beirado de uma casa anexa que tenho ao fundo do terreno e na casa de cima, onde habito... nada.
Mas não se inibem de me brindar com as suas acrobacias aéreas e os seus chilreados... hmmm... pensando melhor... secalhar até gostam mais de mim, do que consigo perceber.
;)))
Eu Embirro com a Primavera.
ResponderEliminarOra aqui está um nickname adequado!
ResponderEliminarBatizou-se ou batizaram-no, Embirrante? :)
;))
ResponderEliminarSo levarei a sério este embirrante, quando o ler, embirrando com "O Embirrante".
Até lá, será para mim, um mero em, birra, (pera)nte.
;))
... umas quadras para este dia:
ResponderEliminarSão rimas distanciadas
dos palcos da erudição,
aqui são agraciadas
com elevada distinção.
Muitas palavras serão versadas
e muitas ficaram por rabiscar,
essas palavras desenlaçadas
serão livres para namoriscar.
Lembro-me de ver um ninho, ano após ano, na casa dos meus avós, no interior de uma divisão que servia de arrumação. Quando chegava a Primavera, abriam o postigo de uma das portas para quando as andorinhas ou os seus filhotes regressassem. Esse postigo ficava aberto noite e dia. Passei muitas horas a observar a azáfama que por lá ocorria. Também me recordo de passear pelos campos, ouvir os cucos e fingindo que fazia parte do grupo dos cinco, à procura de grutas onde estariam tesouros escondidos. E tudo isto a propósito da Primavera, do monte do caro Bartolomeu... e do post da cara Margarida, sempre atenta à diversidade de temas!
ResponderEliminarE já agora acrescento que não pude deixar de rir com o comentário do caro JM. Também tinha acabado de ver o jogo... As dois coisas combinadas resultaram numa forte gargalhada! : )
Palavras para namoriscar
ResponderEliminarAo tom da bela Primvera
Rima o nosso Manuel Brás
Para nos fazer recordar,
A vida não é sempre austera
E o mundo, de amar é capaz
Dos palcos da erudição
Tambem se avista o céu
Desenrola-se a ladaínha
Tambem se escuta a canção
Rasga-se da manhã o véu
Vê-se chegar a andorinha
;))
Excelente, amigo Bartolomeu. Excelente! Um abraço
ResponderEliminarMuito bem! Inspirado no dia dedicado à Poesia! Que coincidência!
ResponderEliminar5 meses a chover....Esteve 5 meses a chover e hoje, que fui fazer a Meia-Maratona, tive a correr 21 km com o Sol a torrar a nuca. Se deus existe, não é coisa boa! Dos 150 dias em que choveu esteve à espera de hoje para parar???
ResponderEliminarEstou com o Embirrante!!!
Já cheira a Primavera, esteve um dia morninho a desafiar uma ida à Costa da Caparica contemplar o mar, sentar no paredão ou tomar café num daqueles novos bares, é revigorante, faz bem ao corpo e à alma.
ResponderEliminarNão fosse a tromba de água e granizo localizads e o dia seria ainda mais bonito.
São lindos e delicados os malmequeres da Dra. Margarida Aguiar, mas gosto mais de os ver misturados com amarelos...
Foi uma tarde-noite tingida de vermelho. Para mim ainda estamos no inverno...
ResponderEliminarJá suspeitava, e agora tenho a confirmação, que a fauna que povoa este blogue é sulista, elitista e liberal. As andorinhas e tal, é? Pois aqui, de manhã, choveu a potes. Já não nos bastava ser a reserva para um ressurgimento industrial, se houver; ainda temos que ser o depósito de água da Nação.
ResponderEliminarCaro JMG:
ResponderEliminarNem todos, caro JMG. Sou um nortista em Lisboa, um não elitista entre muitas elites, por razões profissionais e, isso sim, liberal. E para mim hoje também foi dia invernoso e de tempestade, com a não vitória do sempre invicto FCPorto!...
Boa, caro Tonibler! Deve sentir-se exausto! Essa maratona realizou-se como uma actividade de angariação de verbas?
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão, não vá agora “apanhar” alguma eritrofobia! Por favor! Não vale a pena!: )
ResponderEliminarCara Catarina:
ResponderEliminarNada disso, mas há cores bastante mais simpáticas e repousantes... Basta olhar para o azul do céu...
Continuo a concordar. Quando estou na praia (e não só), gosto muito de olhar o céu à medida que o sol se afasta para aquecer outras terras, outras gentes. E sinto nessa altura uma paz interior que a cidade nunca me proporciona.
ResponderEliminarCara Catarina
ResponderEliminarA Primavera está a aguentar-se aqui por Lisboa. O tempo está muito instável e esquisito. Ainda ontem, a poucos quilómetros de Lisboa, no Cacém caiu uma tromba de água durante 20 minutos, o suficiente para provocar inundações de monta e estragos materiais elevados. Os habitantes não pagaram para o susto.
Este ano ainda não apanhei passarinhos a namoriscar. Mas não tarda vê-los empoleirados nos canteiros das minhas varandas a chilrear logo pela manhã…
Caro Manuel Brás e Caro Bartolomeu
Com humildade perante tão talentosos poetas, aqui lhes deixo uma dedicatória às Primaveras da vida:
“Primavera a ti dedico estas letras, guarda-as só para ti.
Primavera tempo em que a Natureza renasce, os campos estão floridos e as andorinhas varrem o céu azul.
Primavera acolhedora, o sol brilhante e quente irrompe pelos campos verdejantes emoldurados por céus cor do mar e do fogo.
Primavera tempo que convida a agarrar a alegria e a felicidade que dançam nas flores, nas suas formas, nas suas cores, nos seus cheiros.
Primavera das imagens, sensações e emoções que me enchem a alma.
Primavera eterna que me faz reflorir a vida, hoje, como sempre, pelo tempo que há-de vir.
Primavera por ti os anos passarão, em ti confio, és sempre igual a ti própria e eternamente diferente.
Obrigada Primavera por me alimentares o coração.”
Caro Tonibler
Não me diga que preferia atravessar a ponte com uma trovoada chuvosa em cima da cabeça!
Caro jotaC
Com a vinda do bom tempo retomam-se as possibilidades de passeios amenos e de confraternização com a natureza na companhia de quem gostamos.
Também gosto de malmequeres amarelos, mas desta vez não estavam à mão…
Caro JMG
Saiba que gosto muito do Norte do País. As suas gentes, tradições e muito mais têm muitos encantos. As andorinhas são apenas um detalhe…
Caro Dr. Pinho Cardão
Lamento muito o seu Porto! Há dias muito cinzentos. O que é preciso é esperança. O seu Porto ainda lhe vai continuar a dar muitas alegrias…
Cara Margarida
ResponderEliminarPor falarmos em primevera. Quando é que sairemos deste inverno político, económico e social em que nos mmergulharam de mãos e pés atados?
Caro antoniodosanzóis
ResponderEliminarFrancamente que não sei. O inverno está de tal forma cinzento que é difícil prever uma aberta!
Não disse mas pensei. Gostei desse versejar, cara Margarida!
ResponderEliminar