quarta-feira, 28 de abril de 2010

Continuem, pois, a ouvi-los!...

Infelizmente, a crise continua instalada e a agravar-se, agora devido ao downgrading da Standard & Poors.
Em Junho do ano passado, em resposta ao Manifesto de 28 Economistas que propunham uma reavaliação do Programa de Investimentos Públicos, logo surgiram dois Contra-Manifestos de economistas, ditos economistas e equiparados, professores de economia, catedráticos ou aspirantes, sociólogos e jornalistas, cientistas políticos e etc, o Manifesto dos 52, e o Manifesto dos 31. Que defendiam a inadiável continuação dos grandes projectos de investimento público, necessários para infraestruturar o país e, sobretudo, nesta época de crise.
Entre os 52 e os 31 estão figuras que todos conhecemos pela ciência económica, e não só, que todos os dias sabiamente nos debitam nos jornais, rádios e televisões.
A economia real, todavia, sempre lhes tem negado a doutrina que empertigadamente defendem, e que nos levou à maior crise das últimas décadas, ao maior endividamento de sempre, às mais altas taxas de desemprego e ao maior défice. O que não impede de continuarem a ser, neste país onde se negam as evidências, autoridades na matéria.
Suportaram, com fraca teoria e propaganda grosseira, as decisões do governo. Mas, ao contrário do governo, que mais tarde ou mais cedo cairá, eles continuarão, impantes e sem vergonha, a aparecer na casa das pessoas. Defendendo o que defendiam ou, se nisso virem vantagem, o seu contrário.
Mesmo que a realidade sempre os contrarie, eles são a suma autoridade. Continuem, pois, a ouvi-los!...

5 comentários:

  1. Mali principii malus finis

    Estancar a hemorragia
    tão rápido quanto possível,
    calando a demagogia
    que é assaz inadmissível!

    Desse longínquo passado
    de asneiras renovadas
    resta um país fossado
    por medidas entrevadas.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Caro Pinho Cardão,

    É capaz de vir aí a caminho um Manifesto dos 0 ou dos Desconhecidos, ou seja daqueles que, tendo sido subscritores dos Manifestos anteriores reconhecem finalmente que estão errados - mas invocando anonimato...

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  4. É sempre mais fácil falar nas necessidades económicas em teoria, e infelizmente este autores não passam daí, esquecem é que a realidade foge a tudo o que o estudam. Portugal está mal, mas está mal em vários aspectos e não podemos ser ingénuos ao ponto de acharmos que o que o governo tem feito mudará alguma coisa, acredito que se mudar, será para pior. Pergunto-me depois, o que falta para batermos no fundo? Quantos mais erros? E quando lá chegarmos, o que faremos?

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  5. Caro Manuel Brás:
    O meu amigo terá que editar um cancioneiro com as cantigas no 4R!...

    Caro Paulo:
    O movimento de um dia não faz uma tendência...

    Caro TMoreira:
    Creio que o meu amigo lhes deu a inspiração para a obra...

    Cara Titinha:
    Pois, trabalhar para sair, o que é possível com políticas diferentes e muito sacrifício.

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